quinta-feira, 26 de março de 2015

ENQUANTO ISSO EM COSMÓPOLIS...

    Ok, eu até entendo, Cosmópolis não tem nada de diversão para o povo, opções de lazer é coisa rara quando tem. Em uma cidade que nada tem, quando acontece alguma coisa, corre todo mundo para ver o que é que tem na cidade que nada tem. Mas, francamente, o povão aglomerar mais que formiga em dia de aniversário de pobre, por causa de uma reconstituição de crime é muita falta do que fazer. (oiá eu no meio, como sempre...)

  Tem tanta gente nos arredores da reconstituição do crime, que os dois quarteirões fechados da Rua Monte Castelo para fazer a dramatização se tornaram pequenos. É gente de todo jeito chegando ao local, é tanta bececreta e hawaina colorida, calça legui colorida, camisa da Holister, que mais parece um verdadeiro festival de moda cosmopolense. Muitos aproveitando o momento para quem sabe, conseguir um amor, ou apenas uma bitocas mais salivadas. Mas pela quantia de gente amuntuada, umas passa passa mão de tiozões assanhados já é garantido.

  Tem umas véias que estão mais perfumadas que penteadeira de puta do Leãozinho, e uns tiozão quase saindo no tapa para fazer selfie com a repórter da Record. Fora a molecada fazendo corro na espera da EPTV (Record ficou beiçuda): “EPTV cadê você, eu vim aqui só pra te ver”.

  E na Cosmópolis dos oportunistas, já surgiram as figuras mais figuradas da cidade, como o vendedor de marmita, fazendo suas propagandas com carro de som, aproveitando o momento para em cada palavra acrescentar seu próprio nome. Tipo já fazendo campanha politica, já que o mesmo sonha em ser eleito a qualquer cargo.

  Entre os mais oportunistas, são os vendedores de sorvete que subiram os preços dos picolés. Segundo Edyrvelson do geladinho, são esses momentos que se ganha os dinheiru nas crise da Dilma. Perguntei-lhe por que o picolé de coco branco estava com cor de coco queimado, ele me disse: “A culpa é do Dr Antônio, que a cada dia manda água na minha torneira com uma cor diferente”.

  O show, quer dizer a dramatização da reconstituição do crime não tem hora para acabar. E assim o povo cosmopolense se “anima”, divertindo-se, fazendo arvoroso e tirando foto com pau e sem pau de selfie, na reconstituição cinematográfica da Rua Monte Castelo...

ZÉ Lindo
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