domingo, 3 de maio de 2015

FESTA DO TRABALHADOR


   02/05/2015...VIII Festa do Trabalhador, evento organizado pelo “Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas e Farmacêuticas de Cosmópolis”. Na edição 2015 do tradicional evento, enceramento da festa com o show do cantor Sérgio Reis e filhos.


     Um dos momentos mais emocionantes da apresentação, foi à participação do cosmopolense Rogério Afonso, o popular “Rogerinho do Berrante”, repicando seu berrante em dueto de berrantes com o Sergio Reis no imortal cururú “O Menino da Porteira”, um dos maiores sucessos do cantor.
  Moda que fez tanto sucesso que virou filme na década de 70, estrelando como o boiadeiro o próprio Sérgio Reis, e interpretando o menino da porteiro o jovem cantor Robson. Em Cosmópolis a película foi campeã de bilheteria no extinto “Cine Theatro Avenida”, na época com três sessões de exibição.

Texto e foto Adriano da Rocha

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DIA DO SERTANEJO

03 de Maio de 1967. Sertanejos em um registro histórico nas proximidades da antena da Rádio Aparecida.

   Hoje dia 03 de Maio, o “Dia do Sertanejo”. Uma data criada oficialmente em todo o Brasil no final da década de 60 pelo governo federal em homenagem aos artistas sertanejos. Um projeto apresentado ao congresso pelo então Deputado Paulista José Rosa (famoso locutor sertanejo da Rádio Nacional  nas décadas de  50 e 60), data  idealizada no rádio pelo saudoso “Marechal da música sertanejaGeraldo Meireles (radialista, compositor, e primeiro apresentador de um programa sertanejo na televisão) na época presidente da UASP (União dos Artistas Sertanejos Paulistas).



José Rosa Silva, popular Zé Rosa, famoso radialista sertanejo da Rádio Nacional (atual Rádio Globo).Ocupou a cadeira de deputado estadual no período de 1963 a 1975, primeiramente pelo MTR (coligação Janista - Jânio Quadros), e posteriormente pela Arena O querido radialista faleceu na capital, vitimado de uma parada cardíaca  em 09/05 de 2012  Foto acervo Assembléia Legislativa do estado de São Paulo.


  Mas por que 03 de Maio??
  Na cultura caipira Paulista o mês de Maio é consagrado a Maria Santíssima, uma tradição dos tempos dos Jesuítas e das Bandeiras Paulistas. Antigamente em algumas regiões do estado de São Paulo o mês era tão consagrado que os caboclos não trabalhavam , guardando todos os dias em orações a  Virgem Maria, que segundo a crença católica morreu em Maio.

  O mês ficou marcado aos violeiros por que no final da década de 50, Tonico da dupla Tonico e Tinoco, adoeceu gravemente ficando em risco de vida devido à tuberculose. A doença foi tão cruel que Tonico perdeu um dos pulmões, ficando mais de um ano em recuperação. Sua milagrosa recuperação foi atribuída a Nossa Senhora Aparecida, que segundo Tonico, quando ele estava desenganado pelos médicos de um famoso hospital de tratamento de tuberculosos em Campos do Jordão, a Virgem Maria surgiu em seu leito envolta de uma grande luz acalmando suas dores e milagrosamente  livrando um dos pulmões que já estava sendo tomado pela doença. 

Inicio da década de 60, a dupla Tonico e Tinoco na famosa capela erguida  na capital em honra ao milagre de Nossa Senhora Aparecida.

  Em promessa pela recuperação do Tonico, fãs e violeiros faziam romarias para “Aparecida do Norte” no mês de Maio, dando graças a Nossa Senhora Aparecida pelo milagre. A quantia de fiéis era tanta que a arquidiocese de Aparecida estipulou uma data, o dia 03 de Maio. Na data eram celebradas diversas missas especialmente assistidas pelos violeiros e fãs que enchiam a velha igreja matriz. 

O "Marechal da Música Sertaneja", Geraldo Meireles.  Faleceu em sua terra natal Casa Branca-SP, em 05/07 de 2013 aos 87 anos. Foi um dos maiores precursores do gênero sertanejo na televisão, apresentando durante mais de 50 anos na TV e rádio o famoso programa "Canta Viola". Geraldo Meireles foi quem descobriu e impulsionou a carreira artística  dos irmãos José e Durval Lima, apelidando os jovens irmãos de Chitãozinho e Xororó. Nome artístico que "deu certo", inspirado em  uma moda de  grande sucesso  da década de 50, a toada "Inhambú xitã e xororó", . Composição de dois compadres do apresentador, o poeta Athos Campos e o lendário Serrinha, do famoso trio "Serrinha, Caboclinho e Rielinho".

  
   Com o apoio da Rádio Aparecida e projeção do consagrado Geraldo Meireles -o qual idealizou a data e as comemorações- o dia se tornou uma nova tradição para os sertanejos de todo o Brasil. Em 1964 já recuperado da doença, Tonico ao lado do irmão Tinoco consagraram definitivamente a data com um dos maiores shows já realizados na cidade, onde se apresentaram famosas duplas da época como Tião Carreiro e Pardinho, Belmonte e Amaraí, Zico e Zeca, entre tantos outros.

  

  Na foto de 03 de Maio de 1967, um registro feito próximo a torre da Rádio Aparecida, entre tantas duplas destacamos na foto: Geraldo Meireles e família ao lado de Teddy Vieira (no centro da foto sentado com as crianças), Nelsinho e Diamante, Tião Carreiro e Pardinho, Zico e Zeca, Canário e Passarinho, Nízio e Nestor, Peão Carreiro e Mulatinho, Belmonte e Amarai, Duo Brasil Moreno, Irmãs Galvão, Pirapó e Cambará, Abel e Caim,  Flor da Serra e Pinherá, entre outros não identificados. 

Texto Compadre Ancermo
Foto Acervo Família  Geraldo Meireles


   Ouça, iscuite daí  a moda feita em homenagem a Nossa Senhora pelo milagre alcançado pelo Tonico. Guarânia "A milagrosa Nossa Senhora", composição do José Rosa e Dino Franco (na época  o mestre poeta assinava com o nome Pirassununga, tempos áureos da dupla Piratininga e Pirassununga)


sexta-feira, 1 de maio de 2015

TRABALHO AOS TRABALHADORES


   Aos trabalhadores o descanso merecido, aos desempregados mais um dia de esperança.Trabalho que traz vida aos sonhos, trabalho que enobrece a alma e edifica o homem na sociedade...




FELIZ DIA DO TRABALHO E DOS TRABALHADORES
Os votos do Grupo Filhos da Terra a todos os trabalhadores Cosmopolenses.

   Ilustração criada em registros da vida de um trabalhador da Usina Esther, feita sobe base de documentos trabalhistas do saudoso Avelino de Souza, o popular "Pirigoso". Igual a muitos trabalhadores cosmopolenses começou ainda criança sua “labuta” nos canaviais da Usina Esther, sendo um dos primeiros membros do “Sindicato dos trabalhadores “na” indústria do Açúcar”, com ficha de número 002. Com a aposentadoria no final da década de 50, mudou-se para o nascente bairro da Vila Nova, e na Rua Campinas foi um dos primeiros “bicicleteiros” da cidade, mestre no oficio de gerações de profissionais deste ramo.

Texto e foto Acervo: Adriano da Rocha