domingo, 31 de março de 2013

FELIZ PÁSCOA

COELHINHOS E COELHINHAS DA ESCOLA DO RODRIGO
Texto Adriano da Rocha
Fotos Foto EMEB Rodrigo Octávio Langard Menezes
   Um dos momentos mágicos na vida escolar de uma criança é o mês da páscoa, alunos do pré e primário vivem um momento de sonhos nos dias que antecedem o domingo de páscoa. Criar as orelhinhas com papel crepom, e receber a pintura de coelhinho feita com todo carinho pelas tias (professoras), chegar em casa todo feliz de coelhinho com a cestinha feita em sala de aula com seu ovinho de chocolate. Um momento que grande parte de nos passamos nos tempos de escola, um momento nostálgico da feliz ingenuidade e da alegria de viver este momento com os amigos de escola. Nesta semana os alunos da mais tradicional escola primaria de Cosmópolis,  EMEB Rodrigo Octávio Langard de Menezes, a popular Escola do Rodrigo, viveram essa época mágica do ano, em um trabalho realizado em conjunto com os educadores e pais de alunos. Nossos parabéns a toda equipe da Escola Rodrigo por manter viva essa esperança no coração de todos os alunos, um momento que ficara registrado por toda a vida na memória destes pequenos cosmopolenses. Feliz páscoa a todos.


FELIZ PÁSCOA
SAÚDE, SAÚDE, SAÚDE A TODOS
GRUPO FILHOS DA TERRA

quarta-feira, 27 de março de 2013

ROMEIROS E ROMARIAS

"Salve a mãe do rendentor a senhora Aparecida" 
Texto e foto Adriano da Rocha
  1957... Tradicional Romaria para Aparecida do Norte, excursão organizada pelo Saturno e Vicente Lima, que durante mais de 30 anos organizavam as excursões dos moradores dos bairros do Nova Campinas e Vila Nova para as cidades de Aparecida, Bom Jesus de Pirapora e Tambaú. Nesta excursão as famílias Rocha, Barbosa, Bianchini, Kügel, Andretto, Banin, Bertazzo e Leva. Em casa de Paulista as fotos de família a maioria dos registros eram feitos em frente da matriz de Aparecida, ou nos antigos estúdios fotográficos de Bom Jesus de Pirapora, uma tradição e um ato de fé católica em louvor à padroeira. Tempos que era raro quem tinha sua própria câmera fotográfica, as fotos na vida de uma pessoa eram poucas e registradas pelos antigos photografos retratistas, o custo era meio alto e o dinheiro era contado e especialmente separado para tal registro. As fotos na vida de uma pessoa se resumiam na maioria em poucas fotos, quando se casava, a foto de família e a foto em Aparecida do Norte. Em Cosmópolis as romarias inicialmente eram feitas a cavalo, e dependendo a coragem do caboclo até mesmo a pé a viagem era feita como promessa, um exemplo de fé eram os irmãos Adão e Calixto Vaz, que faziam o trajeto de Cosmópolis à Pirapora caminhando, promessa realizada todos os anos no mês de Maio. O ponto da fé dos antigos Paulistas era a cidade de Bom Jesus de Pirapora, em Cosmópolis o primeiro padroeiro escolhido pelo povo em foi Bom Jesus da Cana Verde, santo de devoção dos Paulistas dos tempos das bandeiras.
   Na década de 10 e 20 com a oficialização de Nossa Senhora Aparecida como padroeira, as romarias de devotos mudavam seu destino para a cidade de Aparecida. Em Cosmópolis as romarias eram tradicionais e um dos momentos mais esperados do ano para muitos jovens, ir para as cidades santas não era apenas um momento de fé, mas também de diversão. Quem não se lembra dos sorvetes Ituzinhos e Itu que vendiam em Aparecida! Nos sabores de creme holandês, groselha e o famoso sortido nos sabores de creme, creme holandês e nata. Fora as compras de “tranqueiras” que somente eram encontradas em Aparecida, gaitas azuis e vermelhas, binóculos, soldadinhos à pilha, e os famosos relógios e rádios de baiano, que espantavam pelo tamanho, e tinham este nome por ser o sonho de consumo na época de muitos migrantes nordestinos que chegavam a São Paulo. Desde tempo de saudade, destacamos os pioneiros Saturno e Vicente Lima, Dona Hilda Kügel e Angelina Capello, “turmeiros” que marcaram época em Cosmópolis, gente amiga que com muita fé e amor organizavam as tradicionais excursões, não se esquecendo do saudoso Zeca Klingor, que durante mais de 50 anos era o motorista oficial das romarias, ou como se dizia na época Choffer.

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terça-feira, 26 de março de 2013

UM PARAÍSO DESCONHECIDO

GRUTA DO CARRAPICHO
Fotos Ivonei Salla
Texto Adriano da Rocha
  Para muitos a imagem deste local é desconhecida e chega a parecer que não foi registrada em Cosmópolis. Gruta do Carrapicho, ou simplesmente a Gruta, local pouco conhecido nos dias de hoje por muitos cosmopolenses, mas que nas primeiras décadas do século passado foi um dos destaques turísticos de Cosmópolis em todo o estado de São Paulo. Na Gruta eram feitos bailes, piqueniques, e tradicionais festas organizadas pela família Nogueira proprietária da Usina Ester. Até a década de 70 o local ainda era conservado e ponto de encontro de amantes da natureza, nos dias de hoje a região da Gruta se tornou de difícil acesso, e segundo ambientalistas as águas das várias nascentes que existem no local podem estar contaminadas por resíduos do antigo lixão, que fica a poucos quilômetros de distancia da Gruta. O descaso do poder público com o local já foi denunciado inúmeras vezes, mas infelizmente nada foi feito. Um absurdo aos olhos da sociedade, um patrimônio ambiental que foi destaque no passado em todo o estado por suas belezas, e nos dias de hoje está abandonado e esquecido há décadas devido à incapacidade política e principalmente a falta de respeito com a nossa história e nossas raízes cosmopolenses.


terça-feira, 19 de março de 2013

DIA DE SÃO JOSÉ


 Hoje dia 19 de Março dia de José, dia de São José. A todos os Josés, Zezinhos, Zé, Zecas, Zinhos, Beppes, as Joses e Josefas, nossas saudações pelo dia. A toda comunidade católica e comunidade Nordestina e Nortista que São José neste dia interceda por nós junto a Deus, que traga a fartura na lavoura da terra e a fartura na lavoura da vida. Salve São José...

  Dia de São José e dia do Carpinteiro também sagrado oficio de São José e de Jesus Cristo. A gravação acima é uma das mais belas toadas históricas da música Paulista, linda gravação de 1955 e grande sucesso na época. A moda tem a declamação do filho feita por Luizinho e a declamação do pai feita pelo saudoso radialista e humorista Ado Benatti, uma música que nos serve de exemplo a ser seguido, uma lição de vida transmitida na simplicidade de uma moda caipira.

                                                               Compadre Ancermo

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sexta-feira, 15 de março de 2013

DIA DA ESCOLA

Texto e fotos Adriano da Rocha
1896- Alunos da Escola Alemã, Núcleo Campos Salles
 Hoje dia 15 de Março, Dia da Escola. Escola templo do saber e do aprender a viver, a todos que transformam a escola neste templo da vida os nossos parabéns neste dia. Aos profissionais do ensino, professores, diretores, coordenadores, aos funcionários que exercem seu papel na vida da escola e na vida de todos na escola, inspetores, merendeiras, chefes de limpeza, e os alunos também, seja aluno hoje ou aluno do passado, feliz dia da escola.


Local onde funcionou a primeira Escola pública de Cosmópolis, inaugurada em 1905 com muita luta e amor à profissão pelo professor Felício Marmo, primeiro professor oficial de Cosmópolis.
  Hoje dia 15 de Março, Dia da Escola. Um dia que pode passar despercebido para muitos, mais seu significado faz parte da nossa história e de nossas estórias nas prosas da vida, na escola passamos uma das fases mais importantes de nossas vidas, e as lembranças permanecem em nossa memória sempre vivas, e ao fechar os olhos conseguimos voltar no tempo em uma viagem ao passado. Quem não tem saudades da primeira professora, a professorinha do parquinho que nos ensinava a fazer castelos de areia, da professorinha que ensinou as primeiras letras o então enigmático be a ba. Saudade do sinal do recreio, da primeira lancheira, de dividir o lanche com o amigo, ou trocar o pão com presunto pelo pão com margarina que era mais gostoso por ter o sabor da amizade. Amigos e amigas de escola que nos acompanham a vida inteira, estes sim são nossos verdadeiros amigos, sinceros, verdadeiros e fiéis, uma segunda família que a escola nos deu. Amigos de caçar aranha com chiclete ou cera no pátio da escola, de torneios de bola de gude, amigos do jogo de bola de meia, da berlinda, queimada, das traquinagens e "artes" que as donas Maria Barbosa, dona Jô, seu Milton, dona Santa, Zé Suzigan, dona Ana, Ismael, dona Cida,dona Amália, e tantos outros inspetores que ficavam de cabelos em pé das peripécias das turminhas. Escola do primeiro amor, do primeiro beijo roubado e escondido na hora do recreio; escola das guerras de bolinha de papel, de desenhar o professor e ele rir do desenho por ter ficado parecido, e para não demonstrar ele dizia: vou descontar um ponto. Saudade das aventuras de “matar aula”, dos planos infalíveis que sempre eram descobertos pelos diretores, saudades até das advertências, e suspensões que nos ensinaram a lição da responsabilidade e respeito. O mundo era diferente, as guerras eram de bolinhas de papel, somente a aula que era "matada", a maior preocupação era a nota final da prova ou ser anotado pelo inspetor do silêncio, drogas e tráfico naquele tempo não existia, se traficavam balas de halls e fregeels, que se descobertas não sobravam uma como prova do crime da gula. A vida é engraçada, quando estudamos queremos que o tempo passe o mais rápido possível na escola, que tudo termine logo, hoje muito tempo depois de formado à saudade faz doer, a lembrança vem e vai do tempo de escola, e seria tão bom novamente viver tudo isso novamente...

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PELOS OLHOS DE MEUS FILHOS...

Fim de tarde na praça do Rodrigo.
Foto Izabel Cristina Gagliardi 

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terça-feira, 12 de março de 2013

VELHA PAINEIRA, PAINEIRA VELHA...



 Uma referência, um ponto de destaque no antigo bairro da Sericultura, a majestosa Paineira foi durante mais de um século testemunha do progresso de Cosmópolis. Sua sombra no passado foi pouso de boiadeiros, seus galhos ninhos de pássaros e dos macacos bugios que dominavam aquela região nos tempos do Major Nogueira e do Coronel Aranha. Viu os carros de bois fazendo picadas nas matas, Jacarandás, cambucis, cabriúvas, figueiras e perobas sendo cortadas, árvores gigantescas tombando para serem trilhos para os trens da Cia Funilense, e se manteve firme e vistosa marcando um caminho e um destino. Viu uma gente nova chegando às terras que nascerá uma gente vermelha e trabalhadeira que chegava ao novo mundo com o surgimento da Usina Ester, viu as matas a sua volta se tornarem um imenso mar de canaviais e pé de amoras que suas folhas eram alimento do bicho da seda, sericultura trazida pelo Major Levy Sobrinho que daria o nome ao bairro onde nasceu, cresceu e hoje resistes à morte. Vistes o progresso passar ao seu lado pelos trens da Funilense carregados de cana para Usina, viu passar pela estrada de terra com barrancos de lado a lado, charretes, carros de bois, carritelas, troles, viu jardineiras trazendo gente e levando gente, viu o asfalto chegar e o progresso de verdade ficar no passado e um falso progresso de beliches e dormitórios dominar a cidade. No outono sua florada resplandecia todo o lugar, as painas como nuvens se espalhavam pela Avenida Centenário e Rua Santa Gertrudes, o gramado a sua volta se cobria de painas  e quando a florada surgia, como um manto de flores rosas e brancas o chão a sua volta se vestia. Velha paineira que suas painas tantos colonos e vileiros usaram para fazer colchões e travesseiros embalou sonhos e foi testemunha dos sonhos do primeiro amor, que na sua sombra generosa foi recanto dos namorados nos tempos do grêmio estudantil, onde nas suas raízes descobriam os significados da palavra amor e o primeiro beijo. Ouvia o canto do João de barro fazendo sua casinha em seus galhos com o barro das margens do límpido Rio Baguá, ouviu o cantar da sábia sendo contrastado ao som dos apitos das várias tecelagens, anunciando a chegada e a partida das centenas de funcionários. Hoje mais de um século resistes ainda, embora considerada morta por aqueles que de maneira criminosa tentaram ceifar sua vida, ainda resistes como a marca da incapacidade e irresponsabilidade do poder nas mãos de um ignorante, de alguém sem preparo ou será sem coração? Paineira, velha paineira, resistes como a cidade que te viu nascer, não perdes a esperança de dias melhores e que erros não sejam mais acertos e aceitos como desculpas. Paineira, velha paineira, resistes bravamente e quando um dia então morrer será de pé, mostrando sua força e sua majestade aos seus algozes, e quem sabe neste dia o progresso da Nova Campinas que vistes surgir, volte novamente na Cosmópolis de hoje que igual a ti velha paineira luta, clama, e chora sem ser ouvida...
 
Texto Adriano da Rocha.
Fotos Paineira ou o que sobrou de um dos marcos de Cosmópolis, que em uma “poda” resultou a imagem da segunda foto.

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domingo, 10 de março de 2013

OLHANDO LÁ DO CÉU

2012...Olhando lá do céu a Praça da Matriz de Santa Gertrudes, ou como se dizia antigamente Largo da Matriz. Projeto de 1990 do saudoso arquiteto e urbanista Beto Spana, na primeira gestão do ex-prefeito José Pivatto. O projeto inovador na época criava a nova praça divida em duas partes, antiga Praça Paulo de Almeida Nogueira e Praça Sergio Rampazzo, e  construção do famoso calçadão da Avenida Ester, demolido em 1996 na gestão do prefeito Joaquim Pedroso.


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sexta-feira, 8 de março de 2013

DIA INTERNACIONAL DA MULHER

Texto e foto Adriano da Rocha
Esther Nogueira aos 17 anos .
  1897- Esther Coutinho Nogueira aos 17 anos. Um dos pontos de destaque em Cosmópolis e referencia na cidade a mais de 100 anos é a Avenida Ester, avenida que surgiu às margens da antiga Cia Funilense, e no inicio do século passado a então Avenida de hoje era chamada de Rua do Engenho e rua do entreposto, Rua do Engenho por ser caminho para a Usina, e rua do entreposto pelos vários armazéns que existiam na região. Esther, imortalizada em Cosmópolis pela tradicional Avenida Ester, Parque infantil Ester Nogueira e pela Usina Ester batizada em sua homenagem em 1905, Esther nasceu em Campinas na região do atual Posto do INSS, filha de José Paulino Nogueira e Francisca Coutinho Nogueira, famílias abastadas da cidade, donos de fazendas de café e pessoas influentes na política nacional da época. Casou-se aos 18 anos com o primo Paulo de Almeida Nogueira, e teve dois filhos Paulo Nogueira Filho e José Paulino Nogueira. Em Campinas era figura de destaque na sociedade da época, sempre benemérita participava de projetos de amparo aos pobres da cidade, se destacando na memória campineira por ter criado como mãe oito irmãos e o pai viúvo, e com fibra era mãe de dois filhos e esposa. Em Cosmópolis sua história é pouco conhecida por grande parte da população, apenas lembrada por ser nome da velha Avenida e da Usina. Pelos filhos da terra mais antigos é lembrada pelos jantares e saraus que fazia no Palacete Nogueira (demolido em 2011), pelos licores de jabuticaba e manga, frutas cultivadas em um grande pomar idealizado apenas para a fabricação destes aperitivos, uma tradição Paulista que fazia parte nas comemorações e reuniões da família. Esther Nogueira faleceu em Campinas aos 67 anos, em seis de Novembro de 1941, está sepultada no mausoléu da família no cemitério da Saudade, e um dos túmulos mais visitados da cidade, e pelo projeto arquitetônico é patrimônio tumular de Campinas.


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segunda-feira, 4 de março de 2013

ANIVERSARIANTE DO DIA

 Um dos maiores símbolos do estado de São Paulo completa hoje 88 anos de idade, a cantora, atriz, instrumentista, folclorista, professora, doutora Honoris Causa em folclore e arte digital pela Universidade de Lisboa e apresentadora de rádio e televisão Inezita Barroso. Um patrimônio vivo Paulista, que a mais de 60 anos vive a cultura Paulista e brasileira através de suas gravações, pesquisas e trabalhos educacionais em faculdades da capital onde trabalhou dando aulas sobre cultura e folclore durante mais de 30 anos. Inezita gravou seu primeiro registro fonográfico no inicio da década de 50, e em mais de 60 anos de história musical imortalizou diversos sucessos como: Serra da Mantiqueira, Fiz a cama na Varanda, Azulão, Ronda, Cisne Branco, e tantos e tantos outros, destacando os sucessos Marvada pinga e Lampião de gás. Desde 1980 apresenta o programa Viola Minha Viola na TV Cultura de SP, e hoje é considerada a apresentadora com mais idade a apresentar um programa de TV no mundo, programa que apresenta há quase 33 anos. Inezita Barroso, é o nome artístico de Ignez Magdalena Aranha de Lima, filha de família aristocrática, tem na suas origens o sangue dos bandeirantes Paulistas, e com muito orgulho defende as tradições do seu estado e de sua gente, no seu programa e em apresentações além de cantar o folclore Paulista, sempre faz questão de se vestir com roupas que destacam as cores da bandeira do estado de São Paulo. Sempre apaixonada pela cultura e, principalmente, pela música brasileira, Inezita começou a cantar e tocar violão e viola desde pequena, com sete anos. Estudiosa, matriculou-se no conservatório e aprendeu piano. Formou-se em biblioteconomia pela USP, antes de se tornar cantora profissional, em 1953... O muito ainda é pouco, quando se fala de Inezita, nossa homenagem a está filha da terra que tanto orgulha nosso estado e o Brasil, Feliz aniversário Inezita, parabéns, parabéns pra você.

  Você sábia que ela é sobrinha do João de Barros Aranha, figura importante da história cosmopolense e nome de uma das principais ruas de nossa cidade. João Aranha nasceu em Campinas, foi interventor (prefeito ) de Campinas durante vários mandatos, e em Cosmópolis foi um dos pioneiros de nossa cidade, e dono das terras onde hoje existem os bairros do Itapavussú, Uirapuru, Saltinho e São José atual cidade de Paulínia, terras pertencentes a sua fazenda, onde João Aranha morou e veio a falecer. Quando criança a pequena Inezita frequentava com os pais a fazenda do tio João Aranha, e também a casa de familiares em Artur Nogueira e Mogi Mirim, e segundo ela em uma fazenda da família em Mogi Mirim foi aonde ela começou sua paixão pela música.

Compadre Ancermo

sábado, 2 de março de 2013

USINA ESTER 115 ANOS

Na data de hoje, era fundada nas terras da antiga Fazenda Funil,  a Usina Esther.
Texto e foto Adriano da Rocha

29/11/1905... Inauguração das "novas" instalações da Usina Esther, um projeto criado pelo renomado engenheiro e arquiteto Ramos de Azevedo, representado na foto pelo também consagrado Dumontt Vilarelles (no meio da grupo de terno branco) arquiteto e membro do escritório de engenharia Ramos de Azevedo. No registro fotográfico a presença do presidente Campos Salles (segundo de terno branco) e altos membros do governo federal, os irmãos Nogueira donos da Usina (Sidrack, José Paulo Nogueira, Major Arthur Nogueira, José Guatemozin Nogueira, Paulo de Almeida Nogueira), na foto também o Barão Geraldo de Rezende e Pádua Salles.
 Em 02 de Fevereiro de 1898, era fundada a Usina Açucareira Esther, completando hoje,  115 anos de sua oficial fundação em Cosmópolis.

Marco cosmopolense e regional, pioneira e desbravadora,  a história da empresa  mistura-se com a  da cidade e seus moradores.
 Sejam colonos, sitiantes, “vileiros”, ou,  os moradores que escolheram Cosmópolis como seu segundo berço. 

No ano que completa seus 115 anos, traz como presente aos seus funcionários e ao povo cosmopolense, a derrubada de suas centenárias colônias, da velha cooperativa e clube.  Sem a “fé” do povo na preservação, até a igreja pode ir ao chão.

Triste? Sim, mas tão fácil de ser mudado o fim dessa triste história.  Falta o povo reclamar menos e fazer valer os direitos de preservação histórica e patrimonial, tão exaltados em outros estados,  admirados por paulistas daqui,e pouco lembrado no seu próprio chão. 

Em outras terras, o sabiá canta mais "bunito" no pé de jabuticaba de lá.  Porém, mal sabe o ignorante, que o sabiá e a jabuticaba,  são nativas de sua terra. 

Usina Esther, com h ou sem h, que através do rastro de seu progresso surgiram grandes cidades da região; Usina Esther dos canaviais, a mais antiga usina açucareira em funcionamento do Brasil, e a segunda do mundo.

Usina dos famosos carnavais que destacavam o interior paulista  no mundo; Usina que foi uma cidade, com suas dezenas de colônias, centro comercial formado pela cooperativa e seus pequenos comércios, com  bar, capela a barbearia; 

Usina da "Carril  Funilense", que nas suas  “picadas"  pelas matas, surgia o progresso agrícola e comercial nas suas estradas de ferro. Primeira Cia agrícola de trens particular do Brasil, mãe ou será filha da Sorocabana!

Usina do futebol acirrado, das pelejas contra Cosmopolitano e Floresta, gramados usineiros que foram berço para os pés de famosos jogadores de grandes times do Brasil;

Usina Esther dos canaviais, quem te conhece, quem conheceu sua história e suas glórias, não  te esquece jamais...

Parabéns pelos 115 anos, que seu progresso continue caminhando lado a lado, com o progresso de Cosmópolis.

Só não esqueça,  não  existirá  futuro sem passado, e passado e futuro juntos, são a maior prova do progresso de uma empresa perante  a sociedade.

Feliz aniversário Usina Ester !!! Parabéns à família Usina Ester, formada por gerações de trabalhadores,  que lhe deram vida, crescimento e desenvolvimento.

1908 / Primeira chaminé da Usina, construída com o esforço de  imigrantes vindos de toda à Europa, pioneiros que começaram o progresso da velha Usina.

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