terça-feira, 6 de fevereiro de 2024

Carnavais cosmopolenses

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Olha a vaca, vem o boi, vaca vai, boi vem 🐮🐂🐃
🗓Fevereiro de 1941 - Muito antes de Artur Nogueira, com sua consagrada ‘Banda da Vaca’, já tínhamos nossas folias do boi, vaca e cavalinhos. Diversão dos tempos Bandeirantes, aprimorada com as chegadas dos imigrantes italianos na região, relembrando os costumes dos boiadeiros e tropeiros paulistas.


Entre os marcos desta tradição, tipicamente recriada e aprimorada nas terras cosmopolenses, os núcleos de foliões na ‘Avenida Esther’ e ‘Fazenda Usina Ester’, sobretudo nos complexos colônias da secular indústria açucareira, tornando-se uma referência nas folias dos boizinhos e vaquinhas.

Em destaque, integrantes do afamado ‘Bloco do Boi’, marcante pelos boiadeiros e seus cavalinhos, então criado na Usina Ester. O grandioso ‘Bloco do Boi’ , com dezenas de integrantes fantasiados, os boiadeiros, peões e boiadas, competiam no ‘império da folia cosmopolense’ com a ‘Banda do Boi’, fundada em 1900, estando entre as primeiras bandas carnavalescas da ‘Villa Cosmópolis’.

O autor do registro fotográfico é o mestre Guilherme Hasse, captado no extinto campo da ‘União Esportiva Funilense’, localizado ao lado do complexo industrial da Usina Ester.

A passagem dos foliões, realizada na Avenida Ester, estava entre os mais aguardadas momentos dos carnavais cosmopolenses. A ‘boiada de foliões’ saia da colônias, reunido boizinhos e vaquinhas de diversas colônias no percursos, seguindo com os boiadeiros (icônicos cavalinhos), até as concentrações no Largo da Matriz de Santa Gertrudes, onde aglomeravam depois de adentrar a porteira da ‘Usina Ester’, então localizada na Rua Baronesa Geraldo de Rezende.

A rivalidade entre os grupos da ‘Villa’ e Usina, criada amistosamente nas folias de carnaval, unia forças nos anos 1920, integrando as ‘boiadas de foliões’ das colônias a tradicional ‘Banda do Boi’, integrando músicos, boizinhos, vaquinhas e cavalinhos.

_Adriano da Rocha
📸 Guilherme Hasse

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2024

Senhoras das águas

👩🏾🌊
➡️Na semana passada, sexta-feira (02), uma data repleta de simbologias e crenças populares, sobretudo envolvendo as águas, seus mistérios e divindades protetoras.

A comunidade católica celebrou liturgicamente o ‘Dia de Nossa Senhora dos Navegantes’, já os devotos da Umbanda, religião monoteísta e afro-brasileira, assim como o Candomblé, comemoraram a orixá Iemanjá.

A orixá é celebrada como a Rainha das águas, senhora dos mares e rios, regente das pescas e Padroeira, guia espiritual, dos pescadores.





Seguindo as tradições da umbanda e Candomblé, oferendas foram entregues nas águas dos rios e ribeirões cosmopolenses, especialmente nas correntes da Represa Pirapitingui.

Em destaque, imagens de um barquinho de Iemanjá, encontrado nas águas da Represa Pirapitingui.

Segundo a devoção, o barquinho voltando vazio, não contendo as típicas oferendas, como pentes, perfumes e enfeites femininos, Iemanjá aceitou as oferendas.

📷 Imagens registrada pelos Guardiões da Represa.

🎉Carnavais cosmopolenses🎭🎊🥳

🗓21/02/1998 – há completar 26 anos em Cosmópolis - Ano evidenciado pela competição internacional de futebol, Copa do Mundo de 1998, eternizada com a derrota da seleção brasileira para a França (0x3); terceira eleição presidencial do país, após a promulgação da Constituição Federal de 1988 e redemocratização política, assinalada pelo projeto de emenda constitucional, permitindo as reeleições dos ocupantes de cargos no poder executivo, reelegendo no pleito realizado em 04 de outubro, o então presidente Fernando Henrique Cardoso.




Em Cosmópolis, o mês das folias e tradições populares de carnaval, fortuitamente, seria notabilizado como o derradeiro carnaval da região central, originado popularmente nos idos de 1899.
Em fevereiro de 1998, dias 21 e 22, o ano de 1998 ficou marcado pelo último grande evento carnavalesco realizado nas imediações da Avenida Ester, encerrando um tradicional ciclo de mais de 100 anos de histórias, culturais e populares.

A imagem registra o evento realizado no dia 21/02/1998, com sua concentração de foliões na Avenida Ester, sobressaindo a movimentação no cruzamento com a rua Santa Gertrudes, no passado a conhecida “esquina da juventude”.

Nos “esquinados”, a antiga entrada do Banco Itaú na esquerda, acentuada pela escadaria na frontaria ao cruzamento da rua Santa Gertrudes e Avenida Ester, marcante ponto de estudantes e paqueras; realçando na direita, o último trecho do extinto calçadão central, avivando no alto, o letreiro do ‘Bar e Lanchonete Fika Frio’, iluminado pela propaganda do ‘Guaraná Brahma’.

Na imagem o verdadeiro significado da palavra aglomeração, ainda no bom estilo e definição, ou usando um típico palavreado cosmopolense, “Avenida coalhada de gente”.

Uma multidão de foliões e entusiastas do nosso carnaval, reunindo cosmopolenses e visitantes da região, aglomerados nos famosos “quarteirões da alegria”, compreendo a extensão das confluências da Avenida Ester, iniciando na rua Campinas, seguindo até a rua Expedicionários.

Nesta edição, último grande carnaval, as apresentações e desfiles foram empreendidos na Rua Dr. Campos Salles.

Os blocos saiam da Avenida Ester, na qual encontravam-se as barracas de alimentação e apoio aos foliões, seguindo pela rua Santa Gertrudes até a rua Dr. Campos Salles, terminando as apresentações na convergência com a rua Sete de Setembro, imediações do Paço Municipal e “Escola do Comércio”.

Na esquina das ruas Dr. Campos Salles e Del. Antônio Carlos Nogueira, estava localizada a comissão de jurados dos blocos, avaliando as melhores fantasias, enredos, destaques e apresentações. Desfilavam blocos tradicionais, novas escolas de samba, grandes e pequenos grupos de foliões, reunindo associações esportivas e beneficentes, formando uma verdadeira união popular pelo carnaval cosmopolense.

A grande campeã e revelação do carnaval 1998 foi a "Escola de Samba Leões de Ouro", vencendo a "batalha pelos reinos cosmopolenses da alegria" da renomada "Unidos do Baguá".

_Adriano da Rocha
📸Foto Acervo Centro de Memória Cosmópolis

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2024

Adeus Dona Clarice

🙏🖤
➡️Dona Clarice dos terços, grupos de orações, ministérios e quermesses.
Faleceu na noite da quinta-feira (01), aos 80 anos de idade, a conhecida Clarice Molina Fernandes, a querida ‘ Dona Clarice Molina’, religiosa atuante nas comunidades católicas e grupos de orações.

A popular ‘Dona Clarice’, sempre marcante nas missas das igrejas católicas cosmopolense, especialmente da ‘Paróquia Nossa Senhora Aparecida’, sendo uma das responsáveis pela instalação do templo, é esposa do saudoso ‘ Armando Molina’, o ‘Molina da Máquina’.
O cosmopolense de coração, notório ‘Molina da Garagem e Máquina’, foi durante mais de 25 anos funcionário público municipal, exercendo serviços na garagem e zeladoria, atuando nos serviços de maquinário e tratores, popularidade que garantiu sua vitória como Vereador.

Ao lado da esposa Clarice, carinhosamente apelidada de ‘Clarice do Molina’, estiveram casados durante quase 60 anos, constituindo família e raízes no ‘Núcleo Habitacional Vila Nova’.

A união do casal era celebrada como referência e exemplo nas comunidades, atuantes nos grupos de famílias e ‘Encontro de Noivos’, preparando casais para os casamentos nas Igrejas Católicas de Cosmópolis.

Dona Clarice deixa filhos, netos e uma bisneta, o velório e sepultamento acontecem no Cemitério Municipal da Saudade, previsto para às 13h.

Os sentimentos aos familiares e amigos!
📷 Acervo familiar

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2024

⏳#TBT - Ainda ontem...😍🥹🐮

 “Olha o boi, vem a vaca, chega o boiadeiro com seu cavalinho”

Fevereiro de 1918- Boi e vaca sendo preparados no bairro rural do Pinheirinho, atual Nova Campinas, sítio da família Barboza da Rocha.


Últimos preparativos para desfilar no carnaval da ‘Avenida Esther’. O percurso até a Villa, como referia-se a região central, era realizado caminhando pelas estradas rurais, animando a criançada dos sítios, como também assustando.
✅Tradições Bandeirantes
Muito antes da cidade de Artur Nogueira, com sua famosa “Banda da Vaca”, anterior à chegada dos imigrantes nas terras da Funilense, já tínhamos nossas folias do boi, vaca e cavalinhos. Diversão dos tempos Bandeirantes, onde Cosmópolis foi um dos principais caminhos de acesso às Gerais, “Mojis” e alto ‘Sertão Paulista’.

A peculiar folia tem origens portuguesas, marcantes em muitas regiões lusitanas, porém totalmente recriadas nas terras brasileiras. A folia surgia com o “descobrimento”, renascendo com a miscigenação dos colonizadores, índios e negros, recriada com atributos e manifestações típicas, tornando-se uma festividade singular no Brasil. (...).
📸 Acervo Juvenil da Rocha

Carnavais cosmopolenses

 Quem lembra dos boizinhos e vaquinhas dos nossos carnavais?

🐮🐂🐄🐃🐴🐎
🗓

Fevereiro de 1986 e 1987
- Alegria de muitos foliões, abrindo espaço e alas para os caminhos dos blocos, ao ‘pavoroso’ das crianças, marcavam as passagens do boi e vaca nos carnavais cosmopolenses.


Tradicionais símbolos dos carnavais paulistas, herança folclórica dos desbravamentos Bandeirante, os boizinhos e as vacas são registrados desde os primórdios da folia na ‘Avenida Esther’, estruturada no fim dos anos 1890.

Pelos caminhos da folia surgiam os boiadeiros com seus ‘cavalinhos’, icônicos pela fantasia armada sobre o corpo, como se estivessem montados no animal, abrindo passagem para os boizinhos e vacas.

Passagens que abriam os caminhos para os blocos e foliões, assim como as entradas da histórica ‘Banda do Boi’, dentre as primeiras e maiores agremiações musicais dos nossos carnavais, fundada em 1900.




🔎Olha o boi, vem o boi vê. Olha o boi! 🐂🐄🐃
Em destaque, as passagens dos boizinhos e vacas na quadra das ruas Santa Gertrudes e Del. Antonio Carlos Nogueira, então marcado pela presença da ‘corte da realeza do carnaval’, palanque onde reuniam as autoridades municipais, convidados, Rainhas dos carnavais passados, Sua majestade (atual Rainha), princesas, Rei Momo e os animadores, as vozes do evento popular.
O espaço da montagem do palanque, estruturas de ferro e tábuas de madeira, são os jardins do extinto Banespa (Banco do Estado de São Paulo), atual Santander.

📸Acervo Público Cosmopolense