terça-feira, 28 de junho de 2016

LUTO COSMOPOLENSE


 Depois de meses de luta contra o câncer, faleceu aos 64 anos de idade, no fim da tarde desta terça-feira (28), Celso Bueno de Oliveira, o querido Celso da Lanchonete Ponto de Encontro. Celso foi internado às pressas na Santa Casa de Limeira, mesmo com todos os procedimentos de emergência, não resistiu, falecendo por volta das 17h30.
  O sepultamento  será às 14h00 desta quarta-feira, dia 29 de junho, no Cemitério da Saudade. O corpo aguarda a presença dos amigos e familiares para última despedida no Velório Municipal.
  Referência na gastronima cosmopolense
 A história comercial da lanchonete Ponto de Encontro teve início na Rua 25 de Dezembro, próximo ao Hotel Vila Nova, antiga Lanchonete Rampazzo. Neste local, onde a área de alimentação possuía mesas de concreto e chão de cascalho fininho, a “Lanchonete Ponto de Encontro” funcionou durante poucos anos, mudando-se para a residência da família.
  Na própria casa, localizada na Rua Tiradentes, Celso começou uma nova fase, a qual teve inicio  em 1994.  O sonho de criar um ponto de encontro para reunir os amigos e exercer uma das suas paixões, a culinária, recomeçava em uma nova fase.


  Surgia então a nova  Lanchonete Ponto de Encontro, um modesto estabelecimento criado entre a garagem e o antigo jardim da sua residência. Ao longo de mais de 22 anos, o modesto local tornou-se uma referência na gastronomia cosmopolense, ampliando e modernizando as suas instalações, criando sua própria marca e história.

Lanche no prato, vitaminas e a famosa chuleta

 Quem não recorda do famoso lanche no prato criado pelo Celso, uma novidade em Cosmópolis, ou, a famosa pizza ponto de encontro servida em cubinhos!? Os lanches com frango desfiado, carne selecionada e molho especial, a chuleta, as porções e sobremesas, não esquecendo as vitaminas e sucos especiais. Referência na região, marcando época como o ponto de encontro da família cosmopolense.
Saudades dos amigos
Pessoa querida por todos, foi sempre atuante nos meios comerciais, sociais e religiosos; membro da ACICO (Associação Comercial e Industrial de Cosmópolis), conselheiro do Hospital Beneficente Santa Gertrudes, figura de destaque na Comunidade da Igreja Nossa Senhora Aparecida, sempre reconhecido pelo carisma e idoneidade.
Em nome do Grupo Filhos da Terras e amigos de Cosmópolis, os nossos sinceros sentimentos a família Bueno de Oliveira. Pedimos ao criador neste triste momento da despedida que traga o conforto e a misericórdia aos familiares. Grande Celso, vai com Deus estimado amigo. Os lanches e pizzas agora vai possuir um novo tempero: a saudade...
Foto Acervo familiar

segunda-feira, 27 de junho de 2016

LUTO COSMOPOLENSE



  Faleceu nesta segunda-feira, dia 27 de junho, aos 90 anos de idade, o último remanescente da primeira legislatura de Cosmópolis, o querido Leonel Rodrigues de Oliveira, popular Leonelzinho. Conhecida figura política e esportiva cosmopolense, admirado em todos os meios aos quais exerceu as funções públicas e administrativas. Leonel era aposentado como contador, função que exerceu durante mais de 40 anos na Cia Açucareira usina Esther.

  Seu corpo aguarda a presença de amigos e familiares no Velório do Cemitério Municipal da Saudade, onde será sepultado às 16h30. Leonel foi casado com Darcy Kroll de Oliveira, deixa filhos e netos. Nascido em 08 de Agosto de 1925, na famosa “Colônia do Ranchão”, uma das primeiras colônias da Fazenda Usina Esther, Leonel era filho de Armadão Rodrigues, lendário administrador da Colônia do Saltinho e responsável pelo “balanceio da cana”, uma gigantesca balança que registrava as toneladas de cana de açúcar cortadas pelos fornecedores da Usina.

  Continuando a história família Rodrigues de Oliveira, Leonel trabalhou a vida toda na Usina, assim como os quatro irmãos homens, exerceu durante mais de 40 anos os serviços contábeis da companhia açucareira, sendo o primeiro contador da Cooperativa dos funcionários, então inaugurada em 1944, demolida em 2015. Ao lado dos irmãos também trabalhou no importante escritório central da Usina Esther, localizado na então aérea nobre da capital bandeirante, esquina da Praça da República.

  A pedido do saudoso Guilherme Pompeu Nogueira, popular Guilherminho Nogueira, famoso diretor da Usina Esther, Leonel em 1946 disputou a primeira eleição direta da recém-emancipada cidade Cosmópolis. Eleito pelos votos da Usina Ester, assumiu o cargo em 1947, ao lado do primeiro prefeito eleito pelo voto, João Guilherme da Paz Hermann, popular “João da Dona América”.

  Nesta legislatura começou o famoso período da “cana e moenda”, onde até 1955, os prefeitos e vereadores eram eleitos pelos votos dos colonos da Usina Ester. O quadro mudou , quando José Garcia Rodrigues, Zé da Pegge, foi eleito pelos votos dos “Vileiros”, moradores da cidade e entornos rurais. No período da “cana e moenda”, disputavam as eleições funcionários escolhidos pela alta direção da Usina, eleitos pelos mais de 1.000 votos dos colonos.

  Na vida política, Leonel o “pequeno grande homem” (carinhoso apelido dado pelos amigos devido a sua baixa estatura, cerca de 1.50), foi um pioneiro nas legislações que esteve na vereança. Foi autor de vários projetos que beneficiaram o progresso habitacional de Cosmópolis, como a criação dos bairros e loteamentos da região da atual Praça do Rodrigo (atual Bela Vista, então pertencentes à Usina Esther) e Bairro da Sericultura (Região da Rodoviária e Escola Gepan), implantou no município os projetos campineiros como a planta popular, onde o projeto arquitetônico era único para as construções. Outro projeto que marcou época foi às construções utilizando meios tijolos, uma novidade para época.

  Nos esportes foi figura ativa dos clubes esportivos da Usina Esther, presidente, diretor, treinador, padrinho e até jardineiro, dos saudosos clubes do Bota Fogo, Carandina e Funilense. Em 1952, esteve a frente da importante conquista do Campeonato Amador Paulista, onde o Funilense Futebol Clube foi o campeão da importante disputa estadual.
Ao amigo que conheci nos tempos de rádio, quando recebi a doação de sua discoteca particular, fica a minha singela e sincera homenagem a este inesquecível filho da terra.

  O abraço fraterno nos familiares e amigos, pedindo a Deus que em sua infinita misericórdia conforte a todos neste triste momento da despedida.

Descanse em paz Leonelzinho, vai com Deus pequeno grande homem...
"Eu não tenho medo de morrer, tenho dó de perder o que o mundo tem de bom para me oferecer"

Palavras de Leonel Rodrigues, em entrevista concedida a jornalista Bruna Genaro, em 07/11/2012

Foto Mano Fromberg