terça-feira, 25 de março de 2014

CANAVIAIS E CANAVIEIROS

  Caminhão canavieiro levantando poeira nos "carreadores" entre os canaviais da Usina Ester. Cana caninha verde, caminhão carregado seguindo para as moendas da velha Usina.


Foto Paulo Rodrigo
CURTA https://www.facebook.com/cosmopolis1

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quarta-feira, 19 de março de 2014

DIA DE SÃO JOSÉ

  No passado uma data de fé e respeito, dia 19 de Março era dia santo, dia consagrado e guardado pela caboclada, Dia de São José. Olhando ao céu com o chapéu entre as mãos dizia o caboclo: “Neste dia eu não trabalho, nem eu e nem minha famiá”. Dia da “Procissão das Águas”, da missa campal na Matriz saiam juntos sitiantes, fazendeiros, Usineiros, gente da terra e da cidade, o senhor patrão e o empregado seguiam em grande procissão para as margens dos rios onde a cruz era molhada e “se lavava” o santo. Com fé em São José na roça o caboclo fazia o “plantio” da sua rocinha de milho, a terra era lavrada na véspera e no dia do Santo na hora da Ave Maria era feita a semeação pelo chão.

  São José abençoando do céu descia a chuva, a rocinha de milho vingava e no mês de junho não faltava milho nas festas de Santo Antonio, São João e São Pedro. Depois do milho plantado as enxadas eram lavadas com as águas do rio onde o santo foi lavado, as orações continuavam durante toda a noite: “Maria Santíssima, São José e o menino Jesus abençoem a lavoura do bom viver... abençoai, abençoai”... seguia as orações da caboclada rogando as imagens expostas no pequeno altar feito no terreno do rancho.

   Em terra de canaviais a caninha verde enfeitava o altar, aos pés da Sagrada Família as sementes de milho eram espalhadas sobre terra molhada. A “rezação” terminava de madrugada e a caboclada se reunia para beber o anisete, a criançada formava filas nas garrafadas coloridas de anis (azul), cereja (vermelho) e ananás (amarelo). Dia santo, dia de caipira, dia de tantas tradições que hoje no nosso São Paulo não existem mais. “São José, São José, abençoai quem por ti tem fé. Que eu colha sempre todos os dias Saúde, felicidade e alegria na lavoura do bom viver”. Que seja um farturão de tudo de bão e nada ruim a todos nós. Assim seja, assim seja, Amém.


Compadre Ancermo 

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terça-feira, 18 de março de 2014

OLHANDO LÁ DO CÉU


 Vista área do Cemitério Municipal da Saudade, inaugurado por colonos Alemães no final do século 19 (por volta de 1896). Instituído no início do século 20 ao governo Paulista devido à epidemia de febre amarela que assolou todo o estado vitimando milhares de pessoas na nossa região. O Cemitério da Saudade hoje (2014) ultrapassa 19 mil pessoas sepultadas em cerca de 45 mil metros quadrados de extensão.



Texto Adriano da Rocha
Foto Marcio Duó

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quinta-feira, 13 de março de 2014

MORRE AOS 81 ANOS O ATOR PAULO GOULART


  Faleceu nesta Quinta-feira (13/03) em São Paulo, aos 81 anos o ator Paulo Goulart . Há cerca de três anos Goulart vinha lutando contra o câncer, o ator morreu por volta das 13h30, na unidade semi-intensiva do Hospital São José - Beneficência Portuguesa, cercado pela mulher e os filhos, os também atores Beth Goulart, Bárbara Bruno e Paulo Goulart Filho, e netos. (UOL Notícias)

  1967...Paulo Goulart e Nicette Bruno em um jantar dançante no “Cosmopolitano Futebol Clube”, evento de gala realizado nos antigos salões sociais do clube na Rua Baronesa Geraldo de Rezende.

Foto Acervo Hardy Kowalesky

 Confira maiores detalhes da história do ator no link abaixo:
Paulo Goulart / Uol Notícias

sábado, 8 de março de 2014

DIA INTERNACIONAL DA MULHER

 A você mulher cosmopolense nossa homenagem

  Lídia Onélia Kaliu Aun Crepaldi, filha dos imigrantes libaneses José Kaliu Aun e Bader José Aun, nasceu em 19 de Dezembro de 1916 na antiga casa comercial da família entre as Ruas Sete de Setembro e Avenida Esther. Uma das mais queridas personagens da história educacional de Cosmópolis, foi a primeira cosmopolense a formar-se professora, lecionado durante mais de 40 anos na cidade. Seus ensinamentos foram base para várias gerações, alunos do antigo Grupo Escolar de Cosmópolis ou do velho Rodrigo na Rua Campos Salles, do Ginásio do GEPAN as escolinhas rurais, foi Dona Onélia nestas escolas a primeira professorinha de muitos pequenos cosmopolenses. Faleceu em 22 de Fevereiro de 1985, em sua homenagem o nome a uma das maiores escolas estadual da cidade, a LOCAK (Escola Estadual Professora Lídia Onélia Kaliu Aun Crepaldi). Dona Onélia foi um exemplo da coragem, determinação e pioneirismo da mulher cosmopolense, um orgulho a todas as mulheres da nossa terra.

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sexta-feira, 7 de março de 2014

COSMOFOLIA 2014

  Entre as diversas “matérias” publicadas no jornal semanário local assinadas pela Assessoria de imprensa da Prefeitura de Cosmópolis, uma em destaque merece atenção. A “matéria” ou informe que destacamos, foi publicada na edição desta semana com data de 09/03, sobre o tema “Festas” na página “entretenimento”, o assunto o “Cosmofolia 2014”.

  Com letras maiúsculas gritantes para destacar ainda mais a notícia para os leitores o titulo: MILHARES DE PESSOAS PRESTIGIARAM O CARNAVAL “COSMO FOLIA 2014”. A matéria ao ser lida pelos menos atentos traz o entender que o Cosmofolia 2014 foi “uma das maiores festas de carnaval da região”, e segundo o prefeito diz nesta matéria “foi um carnaval que fez história em Cosmópolis este ano”.

Alguns trechos desta matéria que merecem sua atenção e seus comentários:

“O carnaval família recebeu a população, que durante as quatro noites aproveitou o carnaval de rua ao som de marchinhas e sambas”
•“Mais de 20 mil pessoas passaram pela Avenida durante o carnaval” •

“O prefeito de Cosmópolis Dr. Antonio Fernandes Neto esteve presente todas as noites do evento juntamente com a Primeira Dama, presidente do fundo Social de solidariedade e secretária de Promoção social, Thais Vieira”


Finalizando a “matéria” com as palavras do prefeito:
“Fico muito feliz que a população tenha comparecido ao Cosmofolia. Isso mostra que o nosso Carnaval continua fazendo história” afirmou o prefeito Dr. Antonio. Encerando a “matéria” 


   Um dos assuntos mais comentados no Facebook cosmopolense na semana do carnaval foi o Cosmofolia 2014. Em “milhares” de perfis o “carnaval em Cosmópolis” foi destaque em comentários e atualizações de status. Postagens como: “o carnaval de cosmo morreu”, Não tinha ninguém na Avenida, “acabou o carnaval em Cosmópolis”, entre tantas e tantas atualizações sempre o mesmo tema, o fracasso, o fim, o agonizar de uma das maiores tradições de Cosmópolis, o “nosso Carnaval”.

  Nos dias de abertura do Cosmofolia 2014 (01/03 e 02/03) segundo comentários do Face, segundo comerciantes que trabalharão no local, e visível em diversos vídeos compartilhados na net, não mais que 100 pessoas participaram do evento. Segundo dados das autoridades policiais o número foi até menor, e este número eu mesmo posso comprovar e digo sem medo de errar, não chegou a 100 pessoas nos dois primeiros dias da folia. No último dia do evento esse número pode até ter aumentado para no máximo 500 pessoas, mas NUNCA de forma alguma nos 4 dias estiveram presentes no evento MAIS DE 20 MIL PESSOAS.

  A única certeza é que foram mais de 20 MIL PESSOAS, que PASSARAM pela Avenida Centenário. O verbo PASSAR está correto na publicação feita pela prefeitura, os foliões PASSARAM PELA AVENIDA, faltou “apenas” os complementos no texto: passaram pela avenida de carro, moto ou para “pegar” o ônibus e ir ao carnaval de Artur Nogueira.
 

Realmente com estes complementos eu concordo com o texto, e creio que o número de foliões que PASSARAM PELA AVENIDA e foram para Artur ultrapassou os 20 mil, sendo que a folia Nogueirense deste ano entrou para história dos 84 anos da festa pelo recorde de publico.
  O "Carnaval cosmopolense 2014" como disse o prefeito entrou na história de Cosmópolis, mas entrou como uma das mais tristes e vergonhosas páginas da nossa história. Uma página com o titulo: 2014, o ano da morte do Carnaval em Cosmópolis”. 



1918...Corso de carnaval descendo as ruas de terra da velha Avenida Esther.

  Pobre Carnaval cosmopolense, com mais de 118 anos de história agonizou e morreu junto com o amor e a união do cosmopolense, e principalmente pela falta de coragem do povo de enfrentar e lutar contra os algozes desta morte anunciada a mais de 20 anos.

  Não concordará, não aceitará, essas modestas linhas escritas em desabafo, os responsáveis por essa morte, a turma do “cordão do puxa saco” (que felizmente a cada dia diminui mais) e todos aqueles que organizaram este massacre contra nossos maiores bens: a nossa cultura , as nossas tradições e nossa história.

  Os responsáveis vão ler essas linhas e sentiram um forte amargo na boca, e mesmo que venham a querer se defender, não existe argumentos ou respostas, que possam explicar uma realidade vista com tristeza e vergonha por toda a população. Uma triste realidade, a qual com tristeza vos digo : a maioria dos “nossos representantes” não representa a população e sim os seus interesses.
Do contrario, se realmente representassem o povo com seus atos, nunca nosso carnaval morreria em um funeral milionário acompanhado por poucos, e aplaudido pelos seus “matadores” como uma festa que entrou para história. 






 Descanse em paz carnaval cosmopolense, quem sabe um dia, quem sabe!! Um dia você venha a renascer pelas mãos de um verdadeiro representante do povo, alguém que ame essa cidade, e não tudo aquilo que está cidade possa lhe proporcionar. Quem sabe um dia, quem sabe um dia, um apaixonado por essa terra e seu povo, com orgulho e merecimento venha a representar toda a grandeza cosmopolense, e assim nossa cidade se torne uma cidade para todos, e não apenas para um pequeno e selecionado grupo...

  Fica aqui meu desabafo, e com certeza o mesmo pensar e penar de muitos cosmopolenses... Triste não é!! E o pior que não é somente o carnaval o moribundo, o morto. Outros falecimentos acontecem e nem vela e nem flor, o pobre morto recebe...



Texto Adriano da Rocha

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domingo, 2 de março de 2014

O CARNAVAL COSMOPOLENSE MORREU !!!


  “O carnaval cosmopolense morreu”. Anuncia o Facebook em milhares de postagens e atualizações de status.
 

  O Carnaval cosmopolense há tempos morreu pela incapacidade política de se manter vivas as tradições dos velhos carnavais Paulistas, o carnaval dos blocos, corsos, o carnaval da alegria familiar na Avenida. O carnaval em Cosmópolis que no passado foi um dos maiores orgulhos da cidade morreu quando saiu da Avenida Ester, morreu quando o Zé Pereira e sua vaca morreram com seus criadores, morreu quando as bandinhas e corporações musicais foram extintas por falta de incentivo, morreu quando o folião cosmopolense encontrou todas as tradições mortas da sua cidade vivas na cidade vizinha.

  A verdade é ainda mais triste sobre a anunciada "morte" do carnaval cosmopolense, uma morte assistida de camarote por seus responsáveis. O carnaval cosmopolense morreu quando o povo cosmopolense perdeu o amor por Cosmópolis e suas tradições. O carnaval morreu quando o cosmopolense trocou o sentimento de orgulho pelo sentimento da vergonha, trocou por comodismo ou simplesmente covardia e medo de lutar por sua terra. É sempre mais fácil reclamar, ou eleger qualquer um e colocar a culpa neste” representante do povo”.

  O Carnaval cosmopolense morreu ou agoniza?? Fica a dúvida do folião que viu o Cosmo Folia 2014. Será que morreu, será que estava agonizando!!

  O poder público (prefeito e vereadores) é sim o grande algoz deste triste fim, mas o povo viu tudo, sorriu,votou, reelegeu, balançou , e preferiu ir para cidade vizinha, lá sambar, brindar e gastar, nada fez pelo seu carnaval, o carnaval da sua terra. Nossos saudosos carnavais, os majestosos carnavais de Cosmópolis como anunciava na capital o famoso locutor Cesar Ladeira. Nossos carnavais que no passado eram destaque e referência na região, carnavais que orgulhavam e uniam o cosmopolense rico e o pobre pelas ruas...Estes "nossos" carnavais não eram financiados pela prefeitura, fosse ela a de Campinas nossa antiga cidade mãe, ou dos governos que surgiram depois da emancipação nos últimos 69 anos. O povo era o dono e criador desta festa de todos.

   Nosso carnaval era financiado pela alegria do povo, pelos sorrisos dos boêmios a procura de um amor, dos casais felizes a comemorar seu amor na avenida, à festa era do povo e o povo era quem organizava e fazia essa festa. Reclamar do carnaval cosmopolense, e dizer que o carnaval das cidades vizinhas é melhor que o nosso, é ser omisso a uma cruel realidade, o carnaval cosmopolense morreu quando o povo perdeu sua união e o amor pela cidade. E tristemente na falta destes nobres sentimentos de união e amor, não é somente o carnaval que hoje morre aos poucos em Cosmópolis...



Texto Adriano da Rocha


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sábado, 1 de março de 2014

FALTOU A PRINCIPAL HOMENAGEM NAS HOMENAGENS


 Quem gosta de desfiles de carnaval assistiu pela TV nesta madrugada o desfile da Vai Vai, uma das maiores escolas do Grupo Especial de Samba da Capital. Em 2014 a Vai Vai homenageou no Sambódromo a nossa vizinha cidade de Paulínia, sua história e seus 50 anos de emancipação. Lindo, maravilhoso desfile, criado pelo carnavalesco Chico Spinoza, o mesmo que organizou a festa em homenagem ao Papa Francisco no Rio de Janeiro.

 

 Realmente foi coisa fina o desfile, lindo de se ver, quem não viu perdeu um verdadeiro espetáculo televisionado mundialmente. Cada ala homenageando um momento da história de Paulínia. O primeiro carro alegórico representava a abolição da escravidão e a proclamação da república; um carro majestoso representava o surgimento da Funilense, a famosa Cia de trens e estradas de ferro que fez nascer muitas cidades da nossa região; outro carro representava o esporte na cidade e a tradição nos jogos de Bocha; o maior carro destacava o polo petroquímico, instalado em Paulínia no final da década de 60, e hoje o maior polo da América Latina; encerando com o carro homenageando o polo cinematográfico e o teatro...

  Lindo desfile, maravilhoso mesmo, uma justa homenagem da Vai Vai a Paulínia. Masss... na minha opinião faltou um carro nesta linda homenagem. Sim, faltou um carro para encerar o exuberante desfile em homenagem a está querida cidade, que hoje possuí uma das maiores rendas per captas do Brasil, maior até que muitas capitais e estados. O carro que faltou na homenagem deveria ser até maior que os outros carros do desfile, algo nunca visto, colossal mesmo. Este carro deveria ser uma enorme, uma gigantesca, uma monumental PRIVADA, ou cagador como queira chamar. Seguida de uma casa, cheinha de redes, rodeada de churrasqueiras, garrafas de pinga e um enorme aparelho de som. O nome deste carro que faltou no desfile da Vai Vai em homenagem Paulínia!!

  Em letras “garrafais” bemmmm grande, com cores mórbidas e laranjadas, escrito na frente do estrondoso carro alegórico: COSMÓPOLIS.

  A simbologia deste último carro que faltou:  

A privada representa que para Paulínia ser tudo que hoje é, muita merda, mais muita merda foi descarregada nesta privada. A casa e as redes com tudo mais, os cosmopolenses sabem muito bem o motivo e seu real significado... Que faltou esse carro, isso faltou, e tenho certeza que você cosmopolense concorda comigo!! Sem esse carro nunca a tal história cantada e deslumbrada mundialmente na Avenida, NUNCA sem este carro teria acontecido...

  É, pior que é, mas tudo é carnaval. VIVAAA Paulínia, parabéns pelos 70 anos que deixou de ser território cosmopolense, Parabéns pelos 50 anos que virou cidade, e os 47 que ganhou um novo distrito, a Vila dormitório de Cosmópolis (com acento e sem acento). E VIVAAAA O CARNAVAL.



Lindo 

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COSMO FOLIA COMEÇA HOJE

Começa hoje mais uma edição do COSMOFOLIA.

  A festa tem inicio hoje a partir de hoje, 01/03 e vai até terça-feira, 04/03, na Av. Centenário (próximo à Rodoviária) tem início todas as noites às 20 horas com som mecânico e às 22 horas conta com Aphocalipsy Banda Show animando os foliões até às 2 horas da manhã.

Venha cair na folia com a gente, coloque sua fantasia e venha se divertir.



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