domingo, 27 de abril de 2014

AQUI RESTOS DE SAUDADES... PEQUENOS PEDAÇOS DE VIDAS AQUI VIVIDAS !!!

Texto Adriano da Rocha
Foto Cristiane Marsola


  Triste fim de uma história, restos e rastros do passado...(Colônias da Usina Ester). Mais de 100 anos de história sendo derrubados pelo "progresso" em nome da incapacidade política, ou será em nome da falta de respeito a história de um povo!!! Um triste fim de sonhos e vidas vividas nestas colônias.


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terça-feira, 22 de abril de 2014

REDESCOBRIMENTO DO BRASIL PELOS BRASILEIROS...



  Sem anúncios, sem comentários, sem postagens, sem matérias, sem bolo, velinhas e festa a data de hoje passa despercebida na internet, televisão, e jornais. Os maiores portais da internet como o UOL e Terra esqueceram-se da “importante” data. Esqueceram ou simplesmente a data não dá noticia, e a noticia não dá curtir e “ups” pelas redes sociais!! Os maiores e mais conceituados jornais brasileiros como o pomposo “Estado de São Paulo” (uma curiosidade que poucos sabem entre os fundadores do jornal um Cosmopolense.. mas essa é outra prosa), o consagrado “O Globo”, o moderno “A folha de São Paulo”, ou até a voz escrita da capital brasileira “O Correio Brasiliense”, a única publicação sobre a data foi o registro da data no cabeçalho dos jornais impressos ou via net, somente: 22 de Abril de 20014. 

  Sem lembrança, sem registro, sem história, sem nenhum “marcador” como diz na net. Qui coisa né, será que todos se esqueceram do nosso primeiro ensinamento escolar sobre o Brasil!! A matéria obrigatória de estudo, capitulo principal das antigas cartilhas escolares, a pergunta das perguntas, a primeira pergunta feita pela professorinha aos alunos valendo ponto: Quando o Brasil foi descoberto?? A primeira das perguntas mais importantes feitas pela professorinha aos jovens brasileirinhos da primeira série do ensino fundamental, em seguida a celebre pergunta: Quem descobriu o Brasil?? Na sequência desta aula de história e de Brasil, surgia à pergunta mais temida pelos alunos em sala de aula: Qual o nome das três caravelas de Cabral?? O mais sabichão da sala de aula, estudioso dos livros nos tempos que não existia nem internet que dirá Google, dizia: Santa Maria, Pinta e Nina. 

   Não sei em outras escolas, não sei em outras cidades, mas moro em frente a maior escola da minha cidade, onde estudam em dois períodos mais de 1800 alunos, creio que pelos meus olhares e ouvidos a “importante” data passou despercebida, ou sem a lembrança merecida. O dia não amanheceu ao som do hino nacional, cantado em coro e respeito no pátio escola pelos alunos em grande exaltação ao consagrado pavilhão nacional: a nossa bandeira brasileira. A bandeira na verdade nem tremulou, os mastros estes há tempos foram destruídos por algum vândalo, ou tristemente por um brasileiro sem história, sem memória, e assim sem amor a sua pátria.

  Pode até ser coisa de um velho de 29 anos, mas nos meus tempos escolares a data hoje esquecida, era uma das datas mais importantes do calendário cívico escolar, era lembrada desde o inicio do mês de Abril. Sim, os cadernos em suas folhas antes de ser escrito o cabeçalho três listas eram feitas nas cores verde e amarela, exaltando no começo mês as importantes datas seriam lembradas: “O dia de Tiradentes e o Descobrimento do Brasil”.

   É as coisas mudam, e mesmo que tantos historiadores digam que a antiga data “consagrada” e “exaltada” não seja a real, e que até o descobridor não seja realmente o Cabral; a data 22 de Abril de 1500, por respeito e brasilidade deve ser lembrada e respeitada. A data é o símbolo do surgimento de um povo, do nascimento de crenças, modos, costumes, do nascimento do jovem Brasil. Jovem Brasil que hoje completa seus 514 anos, como disse acima do longo desabafo, sem festa, sem vela, sem a lembrança dos seus filhos.

   Filhos ingratos que se esquecem da mãe, e só lembram-se da “Pátria Amada Mãe Gentil” para reclamar e gritar o “brado” e “retumbante” GOLLL nos dias de copa. Dias estes que logo vem chegando, onde todos com orgulho se vestiram como “raios fulgidos” as cores do Brasil para exaltar sua terra e o “sagrado” futebol como diz tal Rei deste esporte. Em lábaros o verde-louro desta flâmula nos carros, casas, comércios, na pele, no cabelos, no sangue do Brasileiro. 

  Tudo será Brasil, e o Brasil será orgulho aos brasileiros somente se, se, se ganhar a Copa do Mundo. Ganhando o Brasil será com orgulho brasileiro, seus verdes campos terão mais flores e nossos bosques terão mais vida, e nossa vida em seus seios mais amores. Ganhando Brasil, será uma pátria de amor eterno e como símbolo deste amor na camisa da seleção ostentarás estrelado a marca desta vitória... 

  Se ganhar, se ganhar.. No contrário, sem taça, com dividas e dificuldades criadas pela “odisseia” em busca do “Eldorado da salvação brasileira” o Hexa, tudo volta a ser o Brasil dos brasileiros, e não o Brasil criado pelos políticos brasileiros para o mundo na Copa. Será este Brasil dos brasileiros que por ignorância, esquecimento ou vergonha (quem sabe), mal sabem o dia de seu descobrimento, o dia do aniversário da “Pátria Mãe Gentil” e também do povo brasileiro. 

 Perdoai o seus filhos oh Pátria Amada Mãe Gentil, assim como “não sabem votar” e todos os anos eleitorais repetem os mesmos erros nas urnas , em mais este ano esqueceram de ti no dia do teu aniversário. Os políticos estes não vão esquecer o teu aniversário, felizes estão agora comendo seu bolo e os salgadinhos, com a barriga cheia, em suaves arrotos cantam os parabéns ao Brasil, sem o Brasil ser convidado para sua festa de aniversário. 

 Mesmo com tudo isso e mais um pouco, que às vezes sempre “inervam”, “desmotivam”, e tanto entristecem quem ama a ti Brasil, ainda tenho muito orgulho de ser brasileiro. Tenho orgulho destas terras, destas palmeiras onde cantam os sábias, de tuas belezas infindas, deste folclore único e inimitável, dos seus versos e prosas, de tanta coisa boa que nos traz a coragem para enfrentar as coiseiras ruins. Tudo isso traz o pulsar do coração e o orgulho em assim disser: "BRASIL FELIZ ANIVERSÁRIO".



Texto Adriano da Rocha

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sábado, 19 de abril de 2014

DIA DO ÍNDIO

Texto e foto Adriano da Rocha
  Hoje dia 19 de Abril Dia do Índio. Uma lembrança de 1980 da primeira apresentação em Cosmópolis da tradicional dupla “Cacique e Pajé” (na publicação com G) anuncio publicado no antigo semanário local “A Folha da Semana”, recortado na época e colado em uma folha como recordação. A dupla caipira Paulista era formada por dois índios nascidos em tribos indígenas das etnias Caiapós e Bororós, aldeias que existiam nas margens do Rio Vermelho entre os estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul. No final da década de 70 foram descobertos pela saudosa dupla "Tonico e Tinoco" quando se apresentavam em uma emissora na capital Paulista com o nome artístico de "Rei do Gado e Boiadeiro" , anunciados com o slogan de “Os índios Caiapós”.

  Tonico ao ouvi-los ficou impressionado com o dueto e a qualidade instrumental da dupla, que se apresentava seguindo as antigas tradições Paulistas com duas violas (algo extremamente raro na época). A dupla tinha um estilo único e novo, se destacavam pela autenticidade caipira de seu repertório com músicas na sua maioria de autoria da própria dupla. A marca registrada dos “Índios Caiapós” eram os ritmos “Corta Jaca” e “chibata”, que intitulavam a dupla como os reis e criadores deste novo estilo musical * ritmo criado na década de 60 por Cacique ao lado de antigos parceiros de viola*.

   A dupla Tonico e Tinoco resolveu ajuda-los para a gravação de um LP pela famosa gravadora “Chantecler” e renomeou a dupla com um novo nome, surgia então à dupla "Cacique e Pajé" (nome artístico criado por Tonico), um nome que representava a verdadeira origem e a história dos índios violeiros. 

Duas gerações de violeiros Cacique e Pajé e Tonico e Tinoco, os padrinhos e os afilhados. Compacto da gravadora "Chantecler" de 1981que trazia os sucessos:
Chico Mineiro e Vingança do Chico Mineiro, toadas interpretadas por Tonico e Tinoco. E as "Chibatas" Rabicho e Realidade (Trocadilho sertanejo) com Cacique e Pajé

 A dupla Cacique e Pajé gravou cerca de oito long plays pela gravadora “Chantecler”, criadores de sucessos como “Pescador e catireiro” e “Caçando e pescando”, ou as modas de viola “A mulher do cachaceiro” e “Pensando eu vejo”, entre tantos outros sucessos que se tornaram clássicos da autentica música caipira. A dupla somente foi desfeita sua primeira formação com o falecimento do Pajé em Março de 1994 devido a graves problemas de circulação sanguínea ocasionados pela diabetes. Cacique continuou com a dupla, na qual outros Pajés fizeram parte (sempre com origem indígena), a cerca de 15 anos canta com Geraldo Aparecido (o terceiro Pajé) e juntos já gravaram sete CDs até o presente ano de 2014.

OBS. Em Cosmópolis pela última vez em 2001 no antigo “Bar do Jabá” (atual Bar do Laerte) na Rua José Kaliu Aun.


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terça-feira, 15 de abril de 2014

UMA CASA DE COLONO

Texto Adriano da Rocha
Fotos Acervo Prefeitura de Campinas

  1898/Cosmópolis-SP... Casa de colonos alemães no “Núcleo Colonial Campos Salles”, em destaque na roça a vasta plantação de bananas bem próxima a casa de alvenaria construída pelo governo Paulista aos imigrantes suíços e alemães do núcleo. A alvenaria da casa era de tijolos aparentes na área externa e no interior da construção as paredes eram revestidas rusticamente com uma argamassa feita de barro (argila) e cal. O atual contra piso usado hoje era o piso das casas, um costume muito usado na época na maioria das construções rurais. Eram grandes tijolos feitos para este uso, assentados no chão e nas voltas da casa.
  O cal na época era produzido em grandes blocos vindos de carros de bois de Campinas, ao chegarem às construções era triturado e misturado à argila ou simplesmente a uma massa feita de água e terra. Em algumas casas era feito um piso típico que revestia os grandes tijolos do chão, uma mistura de argila, cal, cinzas e óleo extraído da madeira da perobeira.A receita era um antigo costume dos caboclos Paulistas, os alemães trocaram na receita o esterco de animais por cal, dando uma durabilidade maior no rústico piso. A massa era espalhada pelo chão e “plainada” utilizando madeira, sua duração era contada quando começavam a surgir os primeiros trincos e os tijolos começavam a ficar aparentes, assim novamente o serviço era refeito.

   O chão ficava semelhante ao famoso piso “vermelhão” (feito com cimento, cal e o pó xadrez) que era muito usado nas construções das décadas de 40 e 50, quem viveu em uma casa de colono da Usina Ester lembra bem deste piso vermelhão.

  Uma curiosidade, enquanto o vermelhão era lustrado com as velhas ceras em pasta, o piso dos caboclos quando a dona de casa era “caprichosa” o lustre era feito com uma mistura de clara de ovos e água espalhada pelo chão (imagina o cheirinho que ficava pela casa... humm).
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domingo, 13 de abril de 2014

DIA INTERNACIONAL DO BEIJO

 No "Dia do Beijo" a história do Beijinho mais famoso do Brasil.

Texto e fotos Adriano da Rocha
 Hoje dia 13 de Abril (Domingo) “Dia Internacional do Beijo”. Puxando prosa na data, em 2014 a valsinha caipira “Beijinho doce” completa 69 anos da sua primeira gravação em Agosto de 1945 pelas Irmãs Castro. Uma das músicas mais regravadas no Brasil e no mundo, com gravações em alemão, francês, inglês e até tupy guarani (Paraguai), uma composição do paulista de Paraguaçu João Alves dos Santos, o popular Nhô Pai, composição criada anos antes da oficial gravação pela Continental, valsinha especialmente composta para as irmãs Lurdes e Maria de Castro.

  Em uma visita a Rádio Difusora de São Paulo, Nhô Pai ouviu as irmãs então com 16 e 14 anos de idade cantando em um programa de variedades musicais no auditório da emissora e ficou impressionado com o perfeição vocal das meninas. O repertório das jovens irmãs era composto por sucessos da música internacional, cantando em inglês e francês, chamando atenção do público pela harmonia vocal ao cantar ritmos típicos da música regional americana como o Folk e o Blues.

 
Nhô Pai sempre visionário e pioneiro pensou é certeza de sucesso se elas cantarem a nossa música caipira, um estilo musical  restrito apenas para as duplas masculinas na época. Com a autorização dos pais das meninas levou a dupla para participarem do seu consagrado programa na "Rádio Mayrink Veiga" no Rio de Janeiro, na época uma das emissoras de maior destaque no Brasil, tendo em sua programação artistas como as irmãs Carmen e Aurora Miranda, Francisco Alves, Silvio Caldas, Almirante, entre tantos outros.

  O "Programa Nhô Pai & Nhô Fio” era um misto de humor circense com músicas satíricas e ritmos regionais Paulistas, destacando para o recém ritmo descoberto e recriado para o estilo caipira Paulista o “Rasqueado”. Ritmo descoberto em uma turnê de artistas caipiras ao estado do Mato Grosso e ao Paraguai no final da década de 30. Nesta viajem que excursionaram juntos Raul Torres e Florêncio, Serrinha, Caboclinho, Sólon Salles, Mario Zan e a dupla Nhô Pai e Nhô Fio, o ritmo foi descoberto e recriado musicalmente por Mario Zan e Nhô Pai, se tornando um dos ritmos mais gravados na década de 40. 


   Para as irmãs, Nhô Pai compôs diversas músicas caipiras criadas especialmente para o dueto feminino das meninas, inicialmente a dupla cantava as músicas no rádio, fazendo um teste de popularidade com o público, ao qual respondia com o envio de cartas ao programa pedindo as músicas. O público ouvinte aceitando vinha depois o mais difícil, a aprovação da gravadora. O “beijinho doce” foi sucesso primeiro no rádio em 1944, mas somente foi gravado pelas Irmãs Castro em agosto de 1945 no segundo disco 78rpm da dupla.

  O motivo foi que a gravadora Continental resolveu arriscar no ritmo rasqueado para o primeiro disco da dupla, o disco trazia duas músicas de Nhô Pai, uma composição própria o rasqueado “Che Cambá (Vem cá)” e a versão do sucesso paraguaio de Ruiz GabrielNão me escrevas”. No segundo disco o mesmo esquema, uma versão do sucesso de Valdez LealFaz um ano” adaptado por Nhô Pai, e de sua autoria a valsinha caipira “Beijinho Doce”. O disco foi sucesso de imediato no rádio, sendo esgotadas as vendas antes de sair da fabrica da Continental no Rio de Janeiro, devido às encomendas vindas de todo o Brasil. Foi recorde de vendas da gravadora em 1945 e 1946, ultrapassando mais de 1 milhão de cópias




  Em 2014 depois de quase 69 anos da gravação, o Beijinho Doce continua sendo uma das músicas mais lembradas da música brasileira com centenas de regravações. Música que consagrou as Irmãs Castro no Brasil e no mundo, e fez sucesso e se tornou marca nas vozes de inúmeros duos femininos como as Irmãs Galvão e no cinema com as cantoras Adelaide Chiozzo e Eliana.

  Através do “Beijinho Doce” que a música caipira e sertaneja ganhou um dos seus maiores nomes, a cantora Nalva Aguiar. Na década de 60 Nalva fazia parte do mundo musical da "Jovem Guarda", com o enfraquecimento do movimento na década de 70  a pedido da gravadora a cantora regravou o Beijinho Doce em um compacto simples em 1976. Com uma nova “roupagem” musical e recursos técnicos vocais, o antigo ritmo da valsinha caipira foi adaptado ao ritmo americano que invadia o Brasil o “disco dance”, ou "discotequi" como a caipirada dizia. O compacto foi o mais vendido no Brasil durante dois anos seguidos, era o Beijinho doce novamente voltando às paradas de sucesso, sendo a música mais tocada no rádio e em todas as discotecas brasileiras durante anos.







Texto e foto Adriano da Rocha

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sábado, 12 de abril de 2014

FEIRAS E FEIRANTES COSMOPOLENSES

Carroça do milho verde na feira livre da Rua Campos Salles (antiga linha férrea da Cia Sorocabana).
Foto Benedito Soares

quinta-feira, 10 de abril de 2014

ARTUR NOGUEIRA 65 ANOS

 Qual o mistério será desta terra que a todos encanta e fascina!! Quais os segredos Artur Nogueira em seu abraço que transforma todos em amigos e com orgulho bem dizem teu chão!! Qual o seu segredo, qual o teu mistério Artur Nogueira, Berço Paulista da Amizade!! Não é difícil desvendar, quem conhece este chão sabe bem qual é este mistério e segredo que orgulha Artur Nogueira. É a bênção Divina das misturas de povos, cultos, crenças e tradições. Desta feliz e abençoada miscigenação nasceu teu povo, sua gente, nossos amigos, o povo Nogueirense. Teu povo Artur Nogueira este é o mistério e o segredo do encanto e fascínio, os Nogueirenses sua maior riqueza e orgulho, o significado perfeito da palavra amizade no dicionário Brasileiro.
 

 Salve 10 de Abril de 1944, hoje 65 anos de tua emancipação política e administrativa FELIZ ANIVERSÁRIO ARTUR NOGUEIRA. Feliz aniversário berço de todos os amigos, querido Berço da Amizade.




Texto Adriano da Rocha
Homenagem do Grupo Filhos da Terra

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segunda-feira, 7 de abril de 2014

DIA DO JORNALISTA

  Hoje dia 07 de Abril, "Dia do Jornalista".Uma profissão danada, uma coisa de louco, um oficio viciante que causa as mais loucas dependências em seus profissionais. Infelizmente uma profissão pouco reconhecida e respeitada no Brasil. Não reconhecida por ignorância do povo (ignorantes no Brasil, adondi!), até talvez quem sabe! Essa falta de respeito e consideração, infelizmente, acontece pelo “trabalho” de uma minoria de jornais e revistas aos quais a única coisa verdadeira publicada é a data e ano de suas edições, o restante é apenas propaganda e autopromoção paga. Aos verdadeiros Jornalistas todo meu respeito, meu orgulho e gratidão, suas verdades acima de tudo refletem a voz dos calados e a opinião dos sem voz.

   Aos verdadeiros jornalista que exercem essa busca diária da sabedoria e neste exercício de caráter a compartilham com todos, meus sinceros Parabéns. Saúde, imparcialidade e coragem para ser parcial quando a notícia merece e dever ser. Parabéns focas, reis do furo e das artimanhas. Me desculpem por não mastigar as escritas e até ficar na muleta, mas o iceberg é necessário nesta data, e tu sabes bem nesta matéria é muito gancho para ser um simples drops. Parabéns cambada não é barriga é sincero.



  Edição de número 790, de um dos mais famosos jornais de Cosmópolis o "orgam noticioso e esportivo" o jornal "O Apito", inaugurado em 1924 por Thelmo de Almeida.


Texto e foto  
Adriano da Rocha

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sábado, 5 de abril de 2014

OIÁ OIÁ O SULVETE OIÁ O SULVETE

  Sabadão aquele calor de suar até onde nunca suou, na baixada de uma subida avistei um sorveteiro. Um senhor já de idade empurrava o carrinho pela rua naquele solzão, bonezinho na cabeça todo molhado de suor, uma camisa laranja bem surada da eleição passada, de chinela hawaina e os carcanha todo rachado. Enquanto fazia seu percurso ele assoprava seu típico apito de sorveteiro e em seguida berrava: “Oiá o sulvete , tem de fruita e dileite. OIá o sulvete”. Quando ele me viu já disse:

Vai querer sulvete patrão, é 1 real pode iscoier!!


Resolvi comprar um sorvete para ajudar o pobre homem. Dentro do carrinho só dois sabores, guaraná e coco. Peguei o sorvete que marcava ser de coco queimado, enquanto saboreava o sorvete comecei a puxar prosa com o sorveteiro, o assunto Cosmópolis. Esse na mesma hora começou a reclamar e xingar o prefeito. Embravecido dizia que o prefeito estava prejudicando seu trabalho na fabricação de sorvetes. Exaltado dizia:

“Oiá moço todo dia é a mesma coisa, faço o sorvete de um sabor e por causa do prefeito eu sou obrigado a mudar o sabor na hora de imbalar. Esse doutô tá me prejulicanu muito, essa sumana memu todos os dias tive que mudar o sabor dos sorvete”.

Fiquei curioso, e não entendi como o prefeito estaria prejudicando a fabricação dos sorvetes daquele pobre coitado. Então pedi para que ele me explicasse melhor o assunto para quem sabe eu pudesse ajuda-lo no seu triste dilema. Ele então começou a explicar o porquê do prefeito ser o culpado nas mudanças diárias nos sabores dos seus sorvetes.

“Então moço, esse prefeito tá atrapaiano a vida minha. Eu faço sorvete de limão e no fim vira de guaraná, o de nata tem dia que vira de menta e outro dia de chocolate. Esse mesmo que o senhor tá chupano era de coco branco e acabou virando de coco queimado, tudo por causa deçi prefeito.”

Mas ainda não entendi o porquê do prefeito ser o culpado na mudança dos sabores dos sorvetes do senhor.

“Oxiii moço, claro que o prefeito é culpado. Cada dia a água vem de uma cor. Hoje mesmo só fiz de coco queimado e guaraná, a água veio marronzinha marronzinha. Marditu prefeito tá atrapainu tudo os meus negociu”.


Lindo

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