sábado, 30 de novembro de 2019

COSMÓPOLIS AOS SEUS FILHOS


  Caminhos bandeirantes, terras desbravadas aos batelões pelos rios, passagens abertas entre colossais florestas. Há mais de 200 anos, o pioneirismo paulista fazia surgir Campinas, junto, nascia a futura cidade de Cosmópolis.


Matas eram derrubadas, cafezais e canaviais surgiam pelas mãos de caboclos, negros e imigrantes europeus. As margens das plantações, trilhos de aço cortavam as terras, pontes de ferro buscavam caminhos sobre as águas.

As terras, estavam prontas para a chegada do progresso, anunciado distante, aos sons de estridentes apitos e cortinas de fumaça. O trem chegava, a estação o recebia, nas margens dos seus trilhos, a Villa nascia.

Gigantescas caldeiras forjavam o ouro verde dos mares de canaviais, chaminés buscavam os céus, aclamando o progresso ao Estado.

O ouro verde das plantações era intenso, reluzindo em outros continentes, atraindo povos de todo o mundo. Núcleos coloniais recriavam pequenos países na nova terra, o universo encontrava espaço para transforma-se em cidade.

Progressista, universal e acolhedora, a Nova Campinas havia de ser chamada Cosmópolis: o Universo em cidade.

A miscigenação, mistura constante de culturas, crenças, idiomas e tradições, criavam um povo único, o cosmopolense.

Em seu sangue pulsavam suas maiores virtudes, as traduções das palavras esperança e perseverança.
Campinas, a cidade mãe, só lembrava da filha Cosmópolis quando buscava a fartura de sua mesa.

O descaso, fazia o cosmopolense traduzir a palavra esperança, sonhando ser um cidadão de sua própria cidade.

O povo unia-se, traduzindo a palavra perseverança, lutando por uma esperança vista como um sono impossível.

O cosmopolense enfrentava Campinas, afrontando interesses públicos, políticos e empresariais, muitos eram contrários por medo e despeito.

Anos de batalhas, poucas ganhas e tantas perdidas, muitos obstáculos, inimigos conspirando contra a libertação da Villa.
Incrédulos e pessimistas bradavam seu grito contra o cosmopolense: “Desista, isso é impossível, nunca serás cidadão de sua cidade”.

A união da esperança e perseverança, faziam o cosmopolense seguir sem medo. Esperança e perseverança, sinônimos de fé e insistência, tornavam-se as maiores virtudes deste povo.

O cosmopolense proclamava a realização do sonho impossível. Foram vencidos os opressores da liberdade, utilizando a arma mais poderosa de um povo: a união!!.

Em 30 de Novembro de 1944, nascia oficialmente à cidade de Cosmópolis. A Villa, antes distrito da mais pungente cidade paulista, decretava sua liberdade. Seu povo enfim era cidadão da sua cidade.

O novo município paulista surgia em berço esplendido, abençoado por rios, um dos melhores solos do Estado, responsável por produções recordes de vários setores agrícolas, com uma localização viária sem igual no Brasil.

Quando no século 19, surgia anunciada como a Nova Campinas, renascia Cosmópolis em 1944, com potencial para ser a Nova São Paulo.

Sem eufemismo, ou engrandecimento exacerbado de um filho, apaixonado por sua terra. Tínhamos tudo, e ainda temos, para sermos o apogeu paulista do desenvolvimento e progresso.

Mas, o que aconteceu nestes 73 anos, qual foi o motivo do progresso mudar sua conjugação para retrocesso?!

Corrupção, políticos defendo o povo somente nas eleições, ao assumirem o poder, defendendo somente os seus interesses pessoais e partidários; O destino da cidade, há décadas nas mãos de um mesmo grupo, alternando seu poder em mandatos eletivos assegurados pelo povo.

O motivo então é a incapacidade política e administrativa, os políticos e seus comparsas são os responsáveis pelo retrocesso de Cosmópolis. São eles, os algozes da cidade que nasceu como o sonho bandeirante??!!

Não, o principal motivo, responsável por todos os males que afligem Cosmópolis, é a falta de união do seu povo.

Aquele cosmopolense do passado, o qual tinha como maiores virtudes a esperança e a perseverança, não consegue unir os nobres sentimentos.

Ficando impossível lutar pela cidade de Cosmópolis, sem a união popular destes sentimentos. Afinal sem esperança não existe perseverança.

Os sentimentos ainda estão no peito do cosmopolense, só falta desperta-los em seu coração.

Eu sei, tenho certeza, dentro do seu coração, existe a esperança de uma nova Cosmópolis. Acredito em seu despertar com perseverança para lutar por nossa terra.

Ao completar “75 anos de emancipação política e administrativa”, desejo aos cosmopolenses o despertar da esperança e perseverança em seus corações.

Assim, como nossos pioneiros, possamos lutar com perseverança na esperança de uma cidade melhor.

Dias melhores somente serão possíveis, quando lutarmos juntos, unidos com esperança e perseverança por nossa cidade.

O Brasil começa na minha cidade, a mudança somente acontecerá quando tiver início aqui.

Seu povo está despertando os sentimentos, renascendo da união da esperança e presença o amor por Cosmópolis.

Texto Adriano da Rocha

sexta-feira, 29 de novembro de 2019

Um presente de memórias e saudades!!!



 Celebrando os 75 anos de “Emancipação Política e Administrativa de Cosmópolis”, o Acervo Cosmopolense em parceria com o projeto “Memórias de Coretos”, presenteia você com este resgate da nossa história.
Uma verdadeira viajem ao passado, através de imagens e emocionantes depoimentos de cosmopolenses. “Conhecimento para quem não vivenciou a época e incitando boas memórias a quem viveu”.
Projeto desenvolvido por formandos do curso de comunicação social - Rádio e Tv da Faculdade Rio Branco, de São Paulo.

Conheça o projeto, os idealizadores, e as histórias de outros Coretos Paulistas- C.O.N.F.I.R.A
http://memoriasdecoretos.com.br/