"Que saudades da professorinha que me ensinou o bê a bâ " ...
Cantava Ataúlfo Alves na década de 1940, relembrando a primeira professora. Figura marcante na vida de uma pessoa alfabetizada, são das professorinhas e professores, as primeiras descobertas na vida de uma criança
Um mundo novo sem fronteiras, um mundo apresentado no dia a dia da sala de aula, e seus caminhos ensinados, através da leitura aos alunos pelos professores.
Cosmópolis nos tempos dos caipiras e caboclos, antes da imigração de povos de diversos países do mundo, antes até da Cia Funilense, Núcleo Colonial Campos Salles, Nova Campinas, a alfabetização era coisa rara (em todo o Brasil na verdade).
Na Cosmópolis conhecida neste período por Pinheirinho e Serra Velha, não era costume dos caipiras e caboclos, do Paulista interiorano na sua maioria, aprender a ler e escrever. Nascia-se para o trabalho, ou, como dizia um velho tio, caipira e pai de 15 filhos, nas suas palavras sobre a vida e o destino de cada vivente, ele simplificava a vida em 4 palavras :" Nascer, crescer, trabaiár e procriar".
Este tio, faleceu aos 95 anos, sem saber ler, porém, se considerava alfabetizado, por saber escrever seu nome completo. Na verdade, era mais um desenho que ele fazia no papel, e quando era questionado sobre sua alfabetização, dizia no seu modo de capiá Paulista:
"Meu pai sempre dézia, inscrivinhar o nome já basta. Inscrivinháno o nome pra assinar um documento tá bãoum demái, antis num percisava, hoje o homê tem que aprender. Tudo carece a tar da escrita, pra casar e comprar as coisa,tudo tem o nome que inscrivinhá".
Isso ele dizia na década de 1980, se estivesse vivo nos dias de hoje, se surpreenderia como as coisas mudaram, e o saber é mais que uma necessidade, é uma questão de sobrevivência.
Antes da imigração, e do surgimento da Vila de Cosmópolis, existiam diversas famílias de caboclos e caipiras, descendentes dos pioneiros Bandeirantes, famílias que já moravam a centenas de anos nesta região, nos atuais bairros ainda rurais, do Nova Campinas, Serra Velha, Itapavussú, e outros demais bairros da região destes bairros, que com o passar dos anos se tornaram um único bairro, como é o caso do Pinheiro e Terra queimada onde surgiu Cosmópolis, que hoje são basicamente conhecidos como Nova Campinas.
Em registros feitos por historiadores de Limeira, até o final do século 19, estes bairros rurais cosmopolenses por serem muito próximos de Limeira, eram atendidos pela vizinha cidade, ocorrências policiais, batizados, registros, sepultamentos, tudo era realizado em Limeira pelas famílias.
Neste período de nossa história cosmopolense, a alfabetização das crianças era feita mensalmente por uma professora que vinha de Limeira, cortando as estradas de terra em um velho trolinho, possivelmente essa professora era moradora do Bairro dos Pires ou Fazenda Quilombo, que faz divisa com as terras cosmopolenses, e na época eram basicamente um único território.
A professora a qual seu nome certo desconhecemos, sempre era lembrada em causos por moradores mais antigos destes bairros, e carinhosamente era chamada de Ínhana, (diminutivo Paulista de Ana), não era funcionária do governo, ou uma professora com formação acadêmica, possivelmente poderia ser uma filha de fazendeiros, sendo este um costume na época da sinhazinha ensinar os empregados da fazenda, por bom gosto e coração, ou para ajudar o pai a conseguir algum cargo de chefia pelo governo na região, como titulo de barão ou interventor do estado (titulo que representaria hoje os cargos de prefeito e governador).
Essa professora igual a muitas deste período, era uma jovem que lecionava pelo amor de ensinar, e assim quem sabe melhorar a vida daquela gente que vivia tão distante da realidade, e ao mesmo tempo tão perto da cidade. Cidade essa Limeira, que crescia junto ao progresso dos novos tempos, através das plantações de laranja, o ouro laranja do estado, que disputava em valores com o famoso ouro verde, o café.
As aulas eram realizadas em uma capelinha que existia na região do Nova Campinas, na época o local era conhecido por "Bom Jesus da caninha verde" , poucos eram os alunos, como disse acima não era costume do Paulista o aprendizado de ler e escrever, já que o mesmo não servia de nada no serviço braçal na roça, e citando novamente um parente:
"Em mão calejada, pena não se usa". Dizendo assim, que em mão cheia de calos criados pelo trabalho com a enxada, essa mão com a pena (caneta) não se escreve.
Com o surgimento da Cia Funilense em 1890, dos núcleos coloniais do Campos Salles e Nova Campinas, e assim nas margens da estação de trens a Vila de Cosmópolis, a primeira escola de Cosmópolis, era criada pelos colonos Alemães e Suíços no núcleo colonial Campos Salles, a Deutsch Schule, em 18 de agostos de 1898 (oficialmente em 1898 era inaugurada a escola, mas desde 1896 os filhos dos colonos já eram alfabetizados em uma das casas do núcleo pelos próprios colonos). Surgia a escola, porém destinada somente para os colonos do núcleo, com aprendizado em alemão, sempre exaltando a pátria mãe dos imigrantes a Alemanha.
Tudo isso acontecia com o intuito de preservar a cultura e língua da terra dos imigrantes, os colonos na sua maioria não faziam questão de aprender sobre a nova terra, sua história e língua era a alemã, a vinda ao Brasil era vista como uma fase na vida de muitos deles, e que depois do enriquecimento em terras brasileiras eles voltariam novamente a Alemanha, e por isso não tinha a necessidade de se criar raízes no Brasil.
A escola somente mudou sua formação e conceitos depois da Revolução Constitucionalista de 1932, quando em 2 de Outubro de 1932 com a rendição das tropas Paulistas, o ditador Getúlio Vargas, mudou todas as normas de ensino no Brasil, o fim das bandeiras de estado e município, a obrigatoriedade de uma única bandeira, a bandeira do Brasil, e assim em todas as escolas coloniais e públicas, o Brasil era o assunto, língua e estudo.
O surgimento do núcleo colonial do Nova Campinas, na mesma época do Núcleo Campos Salles, o governo estadual construíu uma pequena escola para os colonos do bairro, edificada em madeira pelos próprios colonos, na divisa entre os antigos bairros do Pinheirinho e Santo Antônio, onde já existia uma pequena construção, uma capelinha dedicada ao Bom Jesus da caninha verde, como já foi mencionado no início da postagem, onde uma professorinha dava suas aulas mensalmente.
No núcleo Nova Campinas a maioria dos colonos eram oriundos de vários países, não exclusivamente da Suíça e Alemanha, como no Núcleo Colonial Campos Salles, as aulas eram realizadas em português, e ensinava-se o básico aos alunos, ler e escrever. Uma professora voluntária mensalmente visitava a escolinha, como já era feito antes da imigração, aos caipiras e caboclos.
As crianças do Núcleo Nova Campinas, de origem Alemã, eram encaminhadas pelos pais a escola alemã do Campos Salles, embora alguns faziam questão que os filhos aprendessem o português na escolinha do Nova Campinas, e conhecessem melhor a língua da nova terra.
Eram poucos os alunos, tanto os imigrantes quanto os filhos dos antigos filhos da terra, não "compensava" ao governo pagar um professor oficial, que lecionasse semanalmente na região, por este motivo as aulas eram mensais e magistradas por professores voluntários, sem nenhuma remuneração ou obrigatoriedade, simplesmente ensinavam aos alunos pelo amor ao magistério, e difundir o saber ao próximo.
O crescimento da Vila de Cosmópolis, motivou o intendente (nome dado aos prefeitos eleitos diretamente pelo governador do estado, sem o voto popular) de Campinas Antônio Alvares Lobo, em fevereiro 1904, a iniciar um concurso público para a contração de um professor para a Vila, neste concurso inscreveram-se apenas dois professores, sendo que somente um deles se apresentou no dia marcado pela banca examinadora, era o jovem recém formado Felício Marmo.
O jovem professor filho de imigrantes italianos da região de Salermo, a poucos anos se mudava para Campinas, vindo de Viamão-RS, cidade onde nascerá em 1 de Agosto de 1884.
A contração oficial do professor demorou quase um ano, somente no mandato como intendente de Campinas do famoso Doutor Mascarenhas (Francisco de Paula Mascarenhas, grande benfeitor da epidemia da febre Amarela que desolou toda região no final do século 19, e praticamente dizimou Campinas ), que o professor Felício Marmo se mudaria para Cosmópolis em 15 de Março de 1905, oficialmente Cosmópolis tinha um professor e uma escola pública.
Escola essa que inicialmente funcionou durante alguns meses em uma casa alugada no final da Avenida Ester, ao lado do antigo "Cine Teatro Avenida", de propriedade do comerciante Marcos Zanin, imigrante italiano que possuía um pequeno armazém naquela região.
A escola era totalmente improvisada naquele local, carteiras e quadro negro, não existiam, o governo somente enviou a vila o magistrado, o restante ficou por criatividade e iniciativa do jovem professor, na época com 21 anos. O professor Felício para a criação da sala de aula teve a ajuda dos comerciantes da vila, que do modo que podiam ajudavam. O professor recebeu dos donos de armazéns de seco e molhados, caixas de madeira para a construção das mesas, caixas de banha da Cia Matarazzo e de bacalhau, grandes latas de 20 litros de querosene eram usadas como cadeiras pelos jovens alunos.
O professor residia em uma hospedagem próxima a estação da Cia Funilense, e dava aulas a tarde na sala de aula improvisada. Nas manhãs, o jovem professor era escriturário no armazém Grimaldi, naquele tempo as compras na sua maioria eram realizadas à prazo, ou como se fala popularmente no fiado, o serviço do professor era anotar as compras dos clientes, que pagavam mensalmente ou anualmente suas contas.
Nas noites, o professor lecionava aulas particulares para adultos, na própria residência do aluno, a maioria filhas de comerciantes que não tinham condições de estudar em Campinas, e o costume e ordem dos pais que aprendessem apenas o básico para ler a bíblia e acompanhar o livro missal nas missas católicas.
A escola somente se tornou realidade com a insistência do professor em melhorar as condições de aprendizado dos alunos, o governo lhe pagava o salário e o aluguel do salão, oferecia aos alunos apenas a cartilha de aprendizado Thomas Galhardo, os demais materiais usados no dia a dia escolar, eram comprados pelos alunos. Materiais comprados a duras penas pelos pais, na sua maioria pobres trabalhadores da vila, sitiantes, e funcionários da Funilense.
Não se usava muitos materiais escolares no dia a dia sa sala de aula naquele tempo, mas um simples lápis e um caderno eram materiais de um preço bem elevado para as condições financeiras das famílias dos alunos.
1907/ Cartilha de aprendizado Thomaz Galhardo |
Foi então que o professor percebeu uma disputa pessoal de duas figuras importantes da vila, o Major Artur Nogueira e o fazendeiro João de Barros Aranha, a disputa na verdade era de brios, daquele que tinha mais condições financeiras e poder.
O Major Artur Nogueira, era dono da Cia Agrícola Nogueira, que inciou o povoamento da região, fez o loteamento dos núcleos, companhia essa dona da Usina Ester e da Cia de trens Funilense, do outro lado o fazendeiro abastado João de Barros Aranha, dono da fazenda Itapuvusú uma das maiores produtoras de café da região, e dono de inúmeras outras propriedades pelo estado e principalmente na cidade de Campinas.
A pequena "risgá", paulistamente dizendo, era a seguinte, o maior sonho do Major Arthur Nogueira era ser intendente da progressista e rica Campinas, algo que nunca conseguiu, o cargo era um dos mais importantes no estado de São Paulo. Já seu adversário João Aranha este foi nomeado por diversas vezes intendente da prefeitura de Campinas, nomeado diretamente pelo governador, na época o ex presidente Campos Salles, parente próximo do Major, o que aumentava assim ainda mais as disputas entre os dois.
Nesta disputada política entre os dois fazendeiros, o jovem professor aproveitou-se para beneficiar os alunos, quando o próprio intendente de Campinas lhe deu essa dica, e acabou dando certo. Em 1906 a escola se tornava um realidade, João Aranha doou o terreno e iniciou a construção, e o Major Nogueira ao ver a atitude do adversário político, fez a doação de todos os móveis da escola.
Estava feito, surgia então a primeira escola pública de Cosmópolis, uma pequena edificação, com uma janela e uma porta de entrada, e um grande terreno que servia de pátio aos alunos.
Neste pátio, que eram as laterais da construção, o professor Felício ensinava aos alunos um esporte ainda pouco conhecido no Brasil, o footbal, o qual havia aprendido quando estudou na capital Paulista, e que anos mais tarde se tornaria um dos orgulhos cosmopolenses, com o surgimento do clube esportivo Cosmopolitano Futebol Clube, entre os primeiros clubes de futebol do Brasil, e pioneiro a possuir um estádio próprio em 1915.
1910/ Professor Felício Marmo em seu quarto no Hotel Saturno, na cidade de Salto de Itu-SP |
Em 1974, aos 90 anos de idade escreveu o livro "Memórias de um mestre escolar", no livro o velho professor conta sua passagem por Cosmópolis, detalhes do povo da pequena vila, as dificuldades do início de sua profissão na Vila de Cosmópolis, e também toda sua trajetória como professor em diversas cidades do estado de São Paulo. Um livro que foi reeditado em 2011, pela prefeitura municipal de Cosmópolis, e se encontra a disposição da população na biblioteca municipal, e vale a pena sua leitura, uma verdade viagem no tempo dentro da vida deste mestre, e na história do estado de São Paulo.
O livro retrata a vida do professor Felício Marmo, suas passagens por diversas cidades, as dificuldades dos professores do interior, sofrimentos e privações, o professor Felício relata não apenas sua vida, mas sim a vida de muitos professores do interior no século passado, com seus momentos de sacrifícios, abnegações, e principalmente o amor em ensinar, e ter este amor como fonte de vida.
Professor Felício Marmo aos 90 anos, em 1974 |
"Eu nasci com um sério problema de visão, atrofia no nervo óptico, uma doença rara no mundo que por infelicidade, ou, destino, sou portador.
Passei minha adolescência nos consultórios do Penido Burnier em Campinas, indas e vindas semanais de Cosmópolis à Campinas, quando a viagem não era feita de trem, eu era levado por um chofer de praça da cidade.
Em uma dessas consultas com o Dr José Maria de Abreu, cheguei com meu pai na recepção e como sempre lotada de pacientes de todo o Brasil a espera das consultas, ficamos na espera.
Depois de um tempo fomos chamados pela atendente para preencher a ficha de consulta. Naquele tempo não existia planos de saúde, a consulta era caríssima e paga na hora, no preenchimento da ficha de atendimento.
Meu pai destes caboclos paulistas falava rápido, e quando ficava nervoso piorava, e meu estado estava um pouco complicado naquele dia, isso então fez com que o velho falasse bem arrastado.
Ao pronunciar o endereço a moça não entendeu, pela segunda vez ele repetiu, e ela novamente não entendeu, acho que era também uma certa má vontade, e muita gente para atender ao mesmo tempo.
Ela não compreendia ele dizer Vila Mariana, e Rua Monte Castelo, ao pedir que ele repetisse, ele respondeu bravo: "O dinheiro está aqui, que é o mais importante para a consulta, no restante basta a senhora escrever que eu sou de Cosmópolis, e pronto".
Um senhor que estava sentado esperando a consulta, acompanhava tudo olhando de longe, e ao finalizar os procedimentos da atendente se aproximou de meu pai, e com um modo muito cordial veio conversar conosco, ele dizia:
"Então o senhor é de Cosmópolis, que felicidade ouvir este nome, minha vida começou na sua terra".
E foi nos contando sobre sua vida, que foi professor em Cosmópolis quando moço, e chegou na cidade quando ainda era uma vila, falando em detalhes como a cidade era naquele tempo.
Lembro ainda de muitos de seus relatos naquela prosa, que quando chegou em Cosmópolis não existia nem mesmo a igreja de Santa Gertrudes, e quando se mudou da cidade a igreja começava a ser construída. Como a espera pela consulta sempre era demorada, devido a grande quantia de pacientes, a prosa durou horas, e paulista quando começa a prosiar não termina.
Meu pai sempre que encontrava alguém mais velho, perguntava se por um acaso a pessoa conheceu seu pai. Meu avô morreu de febre amarela em 1916, quando meu pai tinha apenas 3 anos de idade, então meu pai não tinha lembranças de seu pai e somente o conhecia por fotos.
Ao falar o nome de seu pai e o sobrenome Rocha, a prosa já mudou totalmente de assunto, quando os dois começaram a relacionar os sobrenomes, Rocha e Marmo, com o santo do povo, o Antoninho da Rocha Marmo. Os dois começavam a puxar na memória se no final de tudo, em alguma ramagem da árvore da vida, os dois não poderiam ser parentes.
Seu nome Felício Marmo, ficou em minha memória por este motivo, pelo sobrenome do famoso menino santo, e pelo mesmo nome de um conhecido de meu pai lá da Vila Mariana. Quando o assunto puxava outro assunto, e se alongava em uma gostosa prosa, a atendente nos chamou para a consulta, e o papo se encerrou de repente. Meu pai convidou aquele velho senhor a nos visitar, mas a visita nunca aconteceu, e nunca mais ouvi falar dele novamente.
Na década de 1990, a história me voltou a mente, quando foi inaugurada em Cosmópolis, uma escola em sua homenagem.
Em um jornal da cidade a prefeitura anunciava a inauguração da escola, e em poucas palavras, descrevia quem era o homenageado.
Somente em 1998 que tive a ideia de sua real importância na história de Cosmópolis, quando então começamos a pesquisar para o Acervo Cosmopolense, a história deste vulto pouco conhecido por muitos em Cosmópolis. Coisa da vida não é? Acasos do acaso, e felicidades de uma boa memória do passado e destes acasos". Juvenil da Rocha
Assim como a prosa de meu avô com o velho professor rendeu horas, este assunto merece outras futuras postagens, que em breve serão publicadas neste blog.
Aos professores nossa homenagem neste dia tão especial, e em especial a memória do saudoso mestre Felício Marmo, patrono da educação de Cosmópolis.
Nossa singela homenagem, a este professor que ensinou o saber da vida a tantos alunos, e este saber até hoje se perpetua em sua imagem e história que tanto orgulha nossa cidade, por fazermos parte desta brilhante história de vida deste mestre do ensino.
Em nome dos filhos desta terra, Cosmópolis e do Estado de São Paulo, muito obrigado professor Felício Marmo, por escrever sua história dentro de nossa história. Nossa homenagem ao mestre com carinho...
Texto: Adriano da Rocha
Fotos: Acervo Adriano da Rocha, Acervo Família Marmo e Prefeitura de Salto de Itu-SP
A data é um convite para que todos, pais, alunos, sociedade, repensemos nossos papéis e nossas atitudes, pois com elas demonstramos o compromisso com a educação que queremos. Aos professores, fica o convite para que não descuidem de sua missão de educar, nem desanimem diante dos desafios, nem deixem de educar as pessoas para serem “águias” e não apenas “galinhas”.
Pois, se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela, tão pouco, a sociedade muda".
Uma reflexão sobre o dia de hoje...
Por Paulo Coelho (*).
Verdades da Profissão de Professor
"Ninguém nega o valor da educação e que um bom professor é imprescindível. Mas, ainda que desejem bons professores para seus filhos, poucos pais desejam que seus filhos sejam professores. Isso nos mostra o reconhecimento que o trabalho de educar é duro, difícil e necessário, mas que permitimos que esses profissionais continuem sendo desvalorizados.
Apesar de mal remunerados, com baixo prestígio social e responsabilizados pelo fracasso da educação, grande parte resiste e continua apaixonada pelo seu trabalho.
Apesar de mal remunerados, com baixo prestígio social e responsabilizados pelo fracasso da educação, grande parte resiste e continua apaixonada pelo seu trabalho.
A data é um convite para que todos, pais, alunos, sociedade, repensemos nossos papéis e nossas atitudes, pois com elas demonstramos o compromisso com a educação que queremos. Aos professores, fica o convite para que não descuidem de sua missão de educar, nem desanimem diante dos desafios, nem deixem de educar as pessoas para serem “águias” e não apenas “galinhas”.
Pois, se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela, tão pouco, a sociedade muda".