Hoje dia 13 de Maio, 125 anos da "abolição" da
escravatura no Brasil. Você sábia que em terras cosmopolenses existiu um grande
quilombo de escravos? O local é o bairro
do Quilombo, a origem do nome deste
bairro rural e sua história é um mistério para muitos cosmopolenses, uma região
com mais de 200 anos de história, que foi caminho de bandeirantes, esconderijo de
escravos, Sesmarias, a palco de famosas grilagens de terras que se tornaram parte de nossa história popular, causos
cosmopolenses comentados até hoje por velhos filhos da terra. O nome de
Quilombo surgiu quando escravos fugidos das fazendas de Campinas sendo na maioria
escravos das fazendas do Barão Geraldo de Rezende e Joaquim Egidio de Souza Aranha (Marquês de
Três Rios), (na época os maiores “proprietários “de escravos do mundo”“.) chegaram
naquela região que era formada por imensas matas virgens e de difícil acesso
aos mais experientes capitães do mato, se tornando o melhor esconderijo para os
escravos começarem uma nova vida longe das senzalas. O Quilombo não durou muito
tempo, com a criação de novas Sesmarias naquela região. O esconderijo dos
escravos foi descoberto, as tropas do governo imperial com ajuda dos capitães
do mato invadiram o quilombo, escravos foram recapturados e os “cria ruim” (nome
dado aos chefes do Quilombo) foram mortos no local, e segundo as histórias
populares cosmopolenses os corpos foram queimados junto com as taperas
construídas na pequena vila quilombola. O local exato é difícil de ser falado
com exatidão, já passaram mais de 150 anos, mas segundo antigos moradores o
lugar era mal assombrado, e tinha como demarcação vários coqueiros (costume
entre os escravos para marcar a terra onde estava enterrado um irmão africano).
Outra curiosidade cosmopolense sobre a abolição da escravidão, os escravos alforriados
em Campinas pela Lei Áurea em 1888, se espalharam pela região na busca pela nova
vida longe das senzalas, em Cosmópolis a região escolhida foi a da Rua Coronel
Silva Telles (famoso bairro do Baguá). Com a chegada da Cia Funilense em 1895,
a rua se tornou um grande bairro negro,
formado por ex-escravos e descendentes, que trabalhavam na construção das
estradas de ferro e do engenho central futura Usina Esther. Pioneiros anônimos que
são pouco lembrados na história de nossa
cidade, contada infelizmente na sua maioria por “pseudos historiadores”cosmopolenses,
que apenas conhecem a história que querem contar, e não a verdadeira que
realmente aconteceu. Aqui fazemos nossa parte de manter viva a nossa história,
e descobri-la aos olhares daqueles que ainda não a conhecem, e assim despertar
o mesmo amor que sentimos por essa história e assim por nossa Cosmópolis.
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