Texto e foto Adriano da Rocha
Cosmópolis, 7 de Setembro de 1942.
Comemoração do Dia da Pátria em Cosmópolis, no registro fotográfico jovens do "Cosmopolitano Futebol Clube" antes da apresentação do famoso desfile na Avenida Ester. Concentração feita na Rua Baronesa Geraldo de Rezende próximo à antiga sede social do Clube Cosmopolitano (atual hospedaria "Hotel Pousa Lá", próximo a Loja Cem ), saída em desfile pela Avenida Ester em compasso com a "Corporação Musical Cosmopolense" e demais blocos pátrios da cidade.
Sempre exaltando pelas ruas o "Amor pela Pátria", toda a cidade era enfeitada nas cores do pavilhão maior nacional, a bandeira do Brasil, tudo feito pelos jovens alunos das escolas municipais para as comemorações da Independência do Brasil no dia 7 de Setembro. As festividades e comemorações na década de 30 e 40 (auge da ditadura militar de Getúlio Vargas) tinham seu inicio no dia 2 de Setembro, com o "Desfile da mocidade", onde desfilavam os alunos do Parque Infantil Esther Nogueira, e alunos das primeiras turmas escolares da Escola do Rodrigo (Antigo Grupo Escolar de Cosmópolis).
No dia 7 de Setembro, se reuniam todos os alunos dos grupos escolares da cidade junto às autoridades municipais e da região, em um grande desfile pela Avenida Ester. A saída acontecia nas proximidades da Estação da "Cia Sorocabana" (atual Praça do Sol) seguindo em marcha a Rua Santa Gertrudes, subindo até o Largo da Matriz onde eram realizados as homenagens a Pátria e seus vultos do passado.
Não esquecendo nas homenagens (obrigatório) o chefe maior do regime militar o ditador Getúlio Vargas. Sempre enaltecido nas comemorações como um dos símbolos maiores da pátria, prevalecendo até mais a sua imagem nos blocos e carros do desfile do que a própria bandeira nacional.
A mudança do nome da data de "Dia da Independência" para "Dia da Pátria", surgiu no inicio do golpe militar que nomeou Getúlio Vargas como presidente do Brasil. A mudança era simples, porém de grande estratégia, nada que fizesse o povo se rebelar contra o regime era permitido, principalmente um nome tão promissor a revolta como o dia da Independência.
A data comemorada então como o Dia da Pátria exaltava o Brasil, sua história, a coragem do seu povo, e as grandezas da nação brasileira. Ao regime militar era uma data de grande importância para mostrar a força do governo perante o povo, o seu poderio militar e principalmente para exaltar o seu chefe maior, o chefe do regime o presidente Getúlio Vargas.
A data e toda sua pompa em exaltar mais o chefe maior da república do que a própria pátria continuou até o inicio da década de 80, quando o presidente militar João Figueiredo, informalmente renomeou a "data popular" como o dia da independência...
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