Texto e foto Adriano da Rocha
1912...
Cartão postal criado pelo governo do Estado de São Paulo para a
divulgação agrícola das terras Paulistas no Brasil e pelo mundo. O foco
deste cartão era para o transporte e o corte da cana de açúcar na região
de Campinas, precisamente no distrito de Cosmópolis. No distrito foi
instalada no final do século 19 a mais moderna usina açucareira do
Brasil na época, a Usina Esther. A Usina Esther
foi construída pelo famoso escritório de engenharia e arquitetura Ramos
de Azevedo e a Construtora Dumont & Demolin, (o mesmo grupo
projetou e construiu toda a Usina e demais dependências como a escola,
estação, escritório, o Palacete Irmãos Nogueira, e na Vila de Cosmópolis
a antiga Igreja de Santa Gertrudes), o maquinário da Usina na sua
maioria veio de navio da Alemanha e Inglaterra, desembarcando no Brasil em Santos e
sendo transportado por trem até Campinas na sede da Cia Funilense
(Local onde hoje é o Mercadão Municipal). O transporte para Cosmópolis
foi feito basicamente por vários carros de bois, já que ainda não
existia todo o trecho das linhas de trens da Cia Funilense . Destaque no
cartão para um dos seis exclusivos e modernos trens de fabricação
inglesa, construídos sobe encomenda a pedido da família Nogueira para o
transporte de cana de açúcar pelas terras da antiga Fazenda do Funil até
as moendas da Usina. O trenzinho também carinhosamente chamado de
trenzinho carreador e puxa-puxa foi o primeiro modelo utilizado nas
Américas para o uso na agricultura. Outro destaque no registro
fotográfico são as várias mulheres trabalhando no corte da cana, nesta
época era uma exigência dos proprietários da Usina que somente mulheres
trabalhassem no corte da cana, os homens faziam o transporte, preparação
das terras, plantio e os demais processos de fabricação do açúcar. A
exigência de mulheres no corte da cana, segundo o Major Arthur Nogueira,
era por que as mulheres tinham melhor habilidade, zelo e atenção no
corte do precioso ouro verde Paulista...
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