Texto Adriano da Rocha
Foto Hermelinda Marsola de Carvalho
1952...
Tradicional Folia de Reis da Usina Ester.
Um dos costumes religiosos
mais antigos da cultura Paulista, remota do início da colonização
Portuguesa no Brasil, uma tradição Cristã que surgiu das “Festas da
Janeirada” em comemoração a chegada dos “Reis Magos” no dia 06 de
Janeiro a manjedoura onde nascerá o menino Jesus. O costume português se
aprimorou nas “terras de Santa Cruz” com os Bandeirantes,
tornando-se uma nova cultura, a Folia de Reis, algo único e uma das
mais importantes marcas religiosas criadas no folclore brasileiro pelas
Bandeiras Paulistas. Em Cosmópolis as Folias de Reis eram costume e
tradição entre os descendentes de Bandeirantes, caboclos das regiões do
Nova Campinas, Pinheirinho, Santo Antonio, Itapavussú e Coqueiro. Com o
surgimento dos Núcleos Coloniais e a vinda de milhares de povos de
países do norte da Europa (Alemanha, Suíça, Polônia) de maioria
religiosa protestante, as tradições católicas das Folias de Reis foram
se extinguindo aos poucos na miscigenação dos novos povos com o antigos
filhos da terra. No final da década de 40 a tradição das Folias de Reis
foi novamente incorporada às terras cosmopolenses pelos colonos da
Fazenda Cresciumal de Leme-SP, que chegavam a Usina Ester para o
trabalho no corte da cana e fabricação do açúcar.
As comemorações começavam no inicio do mês de Dezembro, todas as noites os foliões se reuniam em uma casa de colono, escolhida antecipadamente entre as dezenas de colônias da Usina na época, a casa escolhida era sempre a de um devoto que tinha feito alguma promessa aos “três reis santos” e alcançado o milagre. Os donos da casa recebiam os foliões pela janela, a folia cantava o pedido de entrada na casa e ao ganhar a licença eram consagrados o presépio e o altar dos Três Reis Magos. As louvações (orações cantadas) seguiam no terreiro das colônias, onde os colonos se reuniam fazendo a louvação, cantando músicas compostas pelos próprios foliões contando a viajem dos Reis Magos, a Estrela da Guia, a anunciação do nascimento do Menino Jesus e o milagre do nascimento na manjedoura. No final da visita dos foliões, era servida uma grande janta oferecida pelos donos da casa, um banquete feito com a ajuda de todos da colônia. A celebração tinha dois pontos importantes o nascimento do menino Jesus no dia 25/12 e a chegada dos Reis Magos no dia 06/01. Hoje o tal progresso extinguiu definitivamente essa linda tradição, assim como também as centenárias colônias da Usina Ester. Fica a memória através do registro fotográfico, e as várias histórias desta época contadas por quem viveu a magia do Natal e das folias de Reis na Usina Ester...
As comemorações começavam no inicio do mês de Dezembro, todas as noites os foliões se reuniam em uma casa de colono, escolhida antecipadamente entre as dezenas de colônias da Usina na época, a casa escolhida era sempre a de um devoto que tinha feito alguma promessa aos “três reis santos” e alcançado o milagre. Os donos da casa recebiam os foliões pela janela, a folia cantava o pedido de entrada na casa e ao ganhar a licença eram consagrados o presépio e o altar dos Três Reis Magos. As louvações (orações cantadas) seguiam no terreiro das colônias, onde os colonos se reuniam fazendo a louvação, cantando músicas compostas pelos próprios foliões contando a viajem dos Reis Magos, a Estrela da Guia, a anunciação do nascimento do Menino Jesus e o milagre do nascimento na manjedoura. No final da visita dos foliões, era servida uma grande janta oferecida pelos donos da casa, um banquete feito com a ajuda de todos da colônia. A celebração tinha dois pontos importantes o nascimento do menino Jesus no dia 25/12 e a chegada dos Reis Magos no dia 06/01. Hoje o tal progresso extinguiu definitivamente essa linda tradição, assim como também as centenárias colônias da Usina Ester. Fica a memória através do registro fotográfico, e as várias histórias desta época contadas por quem viveu a magia do Natal e das folias de Reis na Usina Ester...
Nesta foto temos o registro marcado no verso da foto dos seguintes foliões: Luzinho Carvalho, Álvaro Carvalho, Alcides Rissi, Américo Salla, Mingo Marsola e Valdemar.
Reconhecendo alguém desta foto faça a marcação e nos ajude a preservar a história de nossa cidade.