quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Dia Nacional da Fotografia e do Fotógrafo

Texto e fotos Adriano da Rocha

08 de JaneiroDia Nacional da Fotografia e do Fotografo”. Em Cosmópolis os primeiros registros fotográficos oficiais são atribuídos à comitiva do fotografo Guilherme Gaensly nas terras da Fazenda do Funil, no inicio da década de 80 do século 19. Nas expedições foram feitos inúmeros registros fotográficos tendo como tema os costumes e tradições Paulistas da época como o corte da cana de açúcar, o carreiro, boiadas, e a vida dos colonos. Embora existam ferrotype’s de 1850 a 1860 do estúdio Hércules Florence (considerado um dos pais da fotografia no mundo) de famílias de fazendeiros da região. A comemoração da data do “Dia Nacional da fotografia” e do fotografo, é uma homenagem ao francês Hércules Florence, que iniciou seus estudos sobre a fotografia na Europa no começo do século 18, e se aperfeiçoou em terras brasileiras quando chegou ao Brasil em 1832. Fixou residência na cidade de Campinas, onde criou seu estúdio fotográfico, o primeiro do Brasil. Hércules Florence é considerado no mundo um dos criadores do processo fotográfico. Em Cosmópolis com o surgimento da Vila e o progresso que surgia com a Cia Funilense, a Usina Ester e os núcleos coloniais, a pequena Vila recebia a visita de inúmeros Photographos da região, especialmente de Limeira e Americana, que faziam os registros na própria casa do cliente, entregando os retratos familiares prontos depois de dois meses.

1930...Avenida Esther próximo do antigo Stúdio Hasse de Photografica, um dos vários registros fotograficos feitos por Guilherme Hasse da Avenida Esther.

  Na década de 20 surgia na Vila um jovem fotógrafo que entraria para história da cidade, era o alemão Guilherme Hasse, que apenas nasceu na Alemanha, chegando aos seis meses de vida junto com a família ao Núcleo Campos Salles. Um jovem muito esperto e inteligente aprendeu o oficio de "Photographo" com o tio Fraz Fiedler, que possuía um pequeno estúdio próximo à estação de trens da Sorocabana. A profissão acompanhou Guilherme por toda a sua vida, foram quase 70 anos dedicados à fotografia em Cosmópolis, trabalhando sempre em seu estúdio na Avenida Ester acima da antiga Biquinha, local onde trabalhou, viveu e criou toda sua família. Os principais registros fotográficos de Cosmópolis, obras e construções, o progresso das ruas, o Núcleo Campos Salles e suas tradições, na sua maioria foram feitos por Guilherme Hasse, hoje importantes registros da nossa história. Sua importância é ainda maior na história do povo cosmopolense, das famílias mais ricas, aos pobres ou remediados, as fotos de casamento, carte visite, registros familiares, e até post mortem, Hasse era sempre o fotografo oficial das famílias. Sua arte e talento também eram destaque nas cidades da região, onde famílias de Artur Nogueira, Limeira, Paulínia, Holambra e tantas outras cidades, buscavam os trabalhos do velho mestre para os registros de casamento e família. Destacando um dos seus dons a foto pintura, sabe aquele quadro oval com vidro abaloado (bombê é o nome) que tem na casa da vovó, com certeza se a vovó for cosmopolense é um trabalho do Hasse, a foto pintura era um dos trabalhos de maior destaque do seu estúdio. Além de fotógrafo e retratista, Hasse foi também músico e compositor, astro com seu violino no “Jazz Band Cosmópolis” na década de 30, e regente e músico do famoso “Coral Campos Salles” da Escola Alemã. Guilherme Hasse Faleceu no final da década de 70, e deixou como discípulo de sua profissão outro importante e querido fotógrafo, o Bruno Petch, que com muito orgulho exerce a mesma profissão do mestre a mais de 40 anos na Vila Nova onde possuiu seu estúdio, o Foto Stúdio Petch.

...
Comentários
0 Comentários

Sem comentários: