quarta-feira, 30 de julho de 2014

FUTEBOL COSMOPOLENSE

Texto e foto Adriano da Rocha

      Hoje quarta-feira, dia de Futebol Cosmopolense aqui no Acervo. 
1966... Faixa exposta no antigo “Estádio Thelmo de Almeida” em homenagem ao time “Campeão de 66”, vencedores do campeonato amador de futebol do interior Paulista. O esquadrão alviverde do “Cosmopolitano Futebol Clube”: Maneca, Tito, Eduardo, Zorzeto, Servilio, Tota, Vardão, Dinho, Edemar, Sergio, Zuchini, Carlito, Refrego, Darcio e Chiquinho. Técnicos Nito e Rivaldo .
** descrição feita pelo registro fotográfico, lembrando os nomes e sobrenomes do “Esquadrão Cosmopolitano”, faça a marcação nos comentário e conte a sua história desta peleja que marcou época.
  Destaque na faixa para o mascote do clube criado pelo artista plástico Zé Gombrade,(o mesmo que em 1974 criou o Cristo Redentor da Rua Santa Cruz). E qual será o nome do mascote do Cosmopolitano???

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sexta-feira, 25 de julho de 2014

EIS A CHUVA NA TERRA...

Dia de chuva, dia de cheiro de terra molhada..Amém
( Praça do Fórum )
Foto Cristiane Marsola
CURTA nossa página e veja mais fotos  e notícias de Cosmópolis

quinta-feira, 24 de julho de 2014

LUTO


   Faleceu ontem (23/07) em Cosmópolis aos 78 anos de idade, Sidney Alves Aranha, o popular Tidinho Aranha. Seu corpo se encontra para última despedida no salão nobre da Câmara Municipal de vereadores, o sepultamento acontece hoje (24/07) nesta tarde às 13h00 no jazigo da família no Cemitério da Saudade em Cosmópolis.

  Tidinho Aranha, ou Tidinho do Banco como era carinhosamente conhecido, vai deixar muitas saudades e uma vasta história de vida repleta de grandes feitos e glórias, as quais honram sua família e a cidade de Cosmópolis. Cosmopolense filho de uma das mais antigas famílias da nossa região, os Aranha do Itapavussu, foi pioneiro e destaque em vários setores de nossa cidade, como administração e finanças, saúde, esportes e na política.

  O apelido Tidinho do Banco, foi carinhosamente dado pelos clientes e funcionários do Banco Itaú, empresa a qual Tidinho exerceu o cargo de gerente administrativo em Cosmópolis por mais de 20 anos, sendo responsável pelas contas das maiores empresas de Cosmópolis, Artur Nogueira e demais cidades da região. O Banco Itaú de Cosmópolis foi à oitava agência do grupo a ser inaugurada no país, sendo a agência cosmopolense uma das mais importantes da rede na época. Na sua gestão no Itaú, o banco foi totalmente modernizado e construída uma nova agência (atual), atendendo então confortavelmente e com maior segurança a grande demanda de clientes, que antes da nova agencia superlotava o antigo banco (localizado no local onde hoje funciona a soverteria Palácio do Sorvete).

  Na saúde Tidinho foi um dos pioneiros do grupo de fundadores do “Hospital Beneficente Santa Gertrudes”, sendo presidente de destaque da instituição nas décadas de 70 e 80, na sua gestão foram realizadas importantes obras de ampliação e modernização do hospital. Foi presidente e membro efetivo do Rotary Clube de Cosmópolis, e presidente de inúmeras outras instituições filantrópicas cosmopolenses.

   Na política foi vereador eleito pelo voto por três mandatos, um dos responsáveis pela criação do projeto e construção da nova Câmara Municipal (atual) inaugurada em 1986. Apaixonado por esportes foi grande incentivador do futebol em Cosmópolis, no “Cosmopolitano Futebol Clube” em suas várias passagens pela diretoria do clube, foi membro atuante na compra dos terrenos da Usina Ester para criação da nova sede social do clube (atual Cosmopolitano).

   São várias as suas passagens na história de Cosmópolis, atuando sempre como um personagem de destaque entre os pioneiros da construção do nosso município. Fica aqui a nossa singela homenagem e o respeito a este grande cosmopolense. A família Alves Aranha e amigos os nossos sinceros sentimentos pela perda do pai, avô e amigo.Rogamos ao Pai criador que o receba na sua infinita misericórdia no reino dos céus, e aqui na terra possa trazer o conforto a família enlutada no triste momento da despedida. Siga em paz Tidinho, vai com Deus nosso amigo.


Texto Adriano da Rocha
Foto Acervo Família Alves Aranha


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sábado, 12 de julho de 2014

quinta-feira, 10 de julho de 2014

A DOR DA SAUDADE...

 Hoje um mês de saudades, saudades que estarão sempre presentes em todos os dias de nossa existência aqui na terra. E quanta saudade seu Juvenil, quanta saudade meu Pai, tanta que enche o peito e transborda em lagrimas nos olhos. Como explicar essa saudade em palavras, mal consigo escrever essas linhas!! Da saudade somente o coração conhece a sua verdadeira tradução, ao mesmo tempo em que enche o peito de sufocar, trás um vazio, somente preenchido por suas lembranças. A saudade Pai hoje é “dilurida”, sua ausência dói e dilacera o nosso peito, tudo em nossas vidas é motivo para essa dor angustiante de saudade.

   O seu velho radinho companheiro das modas e do futebol, o mesmo radinho onde há 20 anos atrás ouviu com orgulho seu filho pela primeira vez em uma emissora de rádio, está sozinho sobre a mesa. Uma mesa de fartura e de tantos momentos felizes que juntos passamos. A mesa dos aniversários, dos cafés, almoços e jantares, das conversas amigas e discussões, dos conselhos e repreensões, do carinho e do afeto, das piadas e tristezas, mesa a qual hoje falta o principal em sua cabeceira, você meu Pai. O meu medo era esquecer o seu sorriso, sua imagem, sua voz, como me doía isso Pai. Não tem como esquecer, vejo sua imagem refletida nos olhos dos amigos, em cada cliente que da nossa loja entra e sai, no olhar e gestos da minha irmã, e principalmente no amor infinito da mãe por você.

  Aos poucos essa dor da saudade vem transformando-se em uma luz, sinto isso a cada dia com mais intensidade, uma luz forte, um imenso clarão, iluminando a nossa estrada. A mesma estrada Pai que juntos percorremos no passado, e que nas suas margens você semeou tantas lembranças, hoje florescendo esplendorosas a cada passo deste caminhar.

  Essa luz clareando nossa estrada nos faz enxergar longe, sua luminosidade dia a dia é maior. A luz nos mostra melhor os caminhos a serem percorridos, as pedras, os possíveis desvios tortuosos, cautela e prudência nas curvas, atenção ao entrar nos caminhos incertos, e a advertência de nunca ultrapassar ninguém para chegar mais rápido por essa estrada.

Essa intensa luz será você Pai!!!

  Minha esperança é no dia que chegarmos ao fim desta estrada, nossos caminhos possam novamente se cruzar, então encontrar você Pai, feliz nos esperando no final da estrada incerta da vida. Meu Deus como vai ser bom este dia, que felicidade sem tamanho, novamente ver seus olhinhos azuis brilhando, seu sorriso e ouvir sua voz chamando dizendo : “meu filho sou eu, te vejo perfeitamente, minhas dores não existem mais”.

  Quero te abraçar bem forte de estralar as costelas, darei mil beijos no seu rosto, com todas as minhas forças vou dizer: “MEU VELHO EU TI AMO, QUANTA SAUDADE”.

  Assim espero, assim continuamos a vida com está esperança que há milênios foi escrita nas sagradas escrituras. Como disse seu santo querido, que você carinhosamente chamava de “Gustinho”: “Vocês continuam vivendo no mundo das criaturas, eu estou vivendo no mundo do Criador. Eu não estou longe, apenas estou do outro lado do Caminho”...

Até algum dia seu Juvenil da Rocha, até algum dia meu querido Pai...


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quarta-feira, 9 de julho de 2014

REVOLUÇÃO CONSTITUCIONALISTA DE 1932 EM COSMÓPOLIS

A nossa história esquecida, nossas glórias aqui lembradas, nesta data pouco conhecida na sua real importância, em ser decretado feriado. A quem ler estás tantas linhas, obrigado por assim continuarem nossa história

  
 Hoje 9 de Julho, feriado em memória a “Revolução Constitucionalista de 1932”. Na data de hoje, são completados 82 anos deste levante,  a maior revolta armada da história republicana brasileira. Revolução que durou 4 meses (de julho à outubro), vitimando mais de  mil mortos nos campos de batalhas e cidades, entre soldados e populares.

 Um dos momentos mais tristes da história de Cosmópolis, e de nossa região, se passaram neste período. Cidades cercadas por trincheiras, aviões do governo sobrevoando as cidades e realizando bombardeiros em   possíveis inimigos, a escassez de alimentos básicos,como arroz, feijão e farinha de trigo, e no final com a derrota das tropas Paulistas, a invasão das cidades pelas “tropas Getúlistas”, ou federalistas como eram chamados.


Cosmópolis estava bem no centro dos maiores levantes e fronts de soldados constitucionalistas, a proximidade com o estado de Minas Gerais e os acessos às cidades de Limeira, Campinas, Piracicaba, Itapira e Mogi Mirim, e os vários caminhos que cortavam as terras cosmopolenses, tornavam Cosmópolis e também Artur Nogueira, como cidades alvos dos inimigos.


Destaque do famoso mapa criado pelo mestre Jose Wasth Rodrigues, na  foto a importância estratégica  da cidade de Campinas e sua região na revolução constitucionalista. 

   Os acessos as cidades, eram feitos pelas linhas da antiga Funilense, tornando-se  obrigatório à passagem por Cosmópolis e Artur Nogueira, na época distritos de Campinas e Mogi Mirim, as duas cidades bases do movimento no estado. 


Cosmópolis foi cercada por inúmeras trincheiras, destacando as da região da estação ferroviária da Companhia Sorocabana, na Rua Baronesa Geraldo de Rezende, que protegiam os acessos à estação de uma possível invasão inimiga. 

 Outras grandes trincheiras existiam próximas da Usina Ester, onde no Palacete Irmãos Nogueira (Sobrado), residia  uma parte dos altos comandos da revolução. O palacete neste período hospedou generais, coronéis e importantes comandantes do exercito revolucionário constitucionalista. Sendo Paulo de Almeida Nogueira Filho, um dos proprietários da Usina, o principal interlocutor junto as forças constitucionalistas da Capital.

   Outras trincheiras de destaque,  foram construídas próximas às pontes da cidade, a antiga ponte sobre o Rio Pirapitingui (região hoje próxima ao pedágio) foi uma das mais significativas. Em uma possível invasão das tropas getulistas, as ordens dos comandos Paulistas era da explosão de todas as pontes, impedindo assim o acesso à Cosmópolis e demais cidades.

 A ordem chegou a ser dada, quando as tropas Paulistas fizeram sua rendição, porém, no estado de medo que a cidade foi tomada, e a saída estratégica dos regimentos  Paulistas, faltou soldados para cumprir o mandado. Os artefatos de dinamite, distribuídos nos pilares das pontes, foram desativados meses depois, por funcionários da Usina Esther.



Soldados Paulistas em uma trincheira na região de Pedreira-SP


   Outras duas grandes trincheiras, também existiam nos pontos mais altos e estratégicos da Vila de Cosmópolis, o Morro Castanho e o Morro do Schwarz, saídas para Limeira e Artur Nogueira, e possíveis acessos das tropas inimigas. 


A população do estado de São Paulo uniu-se  por um ideal comum, o fim da ditadura militar  de Getúlio Vargas. O povo aderia à causa, e cada um fazia sua parte, honrando sua terra, seu estado, seu País.


Na famosa “Campanha do Ouro”, em que a população doava bens de valor  as tropas, para ajudar o movimento na compra de munição, muitos cosmopolenses que apenas tinham como bem de valor as alianças de casamento ou um relógio de prata, doavam  na campanha seus únicos e valiosos bens. 

Um dos proprietários da Usina Ester, Paulo de Almeida Nogueira, escreveu em seu livro diário sobre a Revolução: “O ouro que tínhamos foi todo doado, de moedas a cigarreiras. Mas o maior foi nosso filho Paulito (filho de Paulo e dona Esther Nogueira), com muito orgulho é o ouro de maior valia que saiu de minha casa”.



Certificado dado pela Campanha do ouro aos voluntários.

   A parte mais triste desta história de lutas, foi à invasão das tropas Getulistas em Cosmópolis, assim como também em todas as cidades que apoiaram a causa. 


 Cosmópolis por ser distrito de Campinas, cidade que mais apoiou e divulgou à revolução, foi uma das mais afetadas no período de rendição das tropas revolucionarias. A chegada das tropas Getulistas, em Cosmópolis, foi um dos momentos mais tristes da história do município. Centenas de soldados adentraram a cidade por diversos pontos,  cercando e prendendo os soldados inimigos. Denúncias garantiam as tropas getulistas da presença de altos comandantes, escondidos entre a população.

   Pelas leis de guerra, existe o “espolio de guerra” ou “despojos de guerra”, em que o lado vencedor pode tomar posse de bens do lado perdedor. Brasileiros contra brasileiros, já é uma grande fatalidade e o maior de todos os absurdos, a invasão de uma cidade e o saque em nome de uma batalha vencida ainda pior.


O menino Aldo Chioratto, campineiro, morto em um bombardeiro no centro de Campinas. Escoteiro e mensageiro do Exército Constitucionalista faleceu no exercício de suas funções, deixando um legado de inocência, coragem e civismo.Retrato do Menino Aldo Chioratto localizado na entrada principal do Colégio Orozimbo Maia, homenagem exposta no colégio a mais de 80 anos em homenagem ao valente aluno. Foto e texto 

 Cabo Antonio Carlos Soares

  Os comércios que não queriam ter suas mercadorias saqueadas pelos soldados, tentavam colocar panos na cor preta nas janelas e portas, ou, o retrato do ditador Getúlio Vargas, algo  quase impossível de se achar na cidade, sendo ele o inimigo maior da revolução Paulista. Quem tinha sua foto neste período queimou ou rasgou. 

Uma das cenas mais tristes,  aconteceu nos armazéns próximos à estação Sorocabana, produtos eram jogados pela Rua João Aranha e Avenida Ester, na época ruas de terra e pisoteados pelas tropas. Sacos de arroz, feijão, farinha e demais cereais, eram misturados com a terra da rua e inutilizados pelos soldados.

  Alguns proprietários imploravam por misericórdia, mas de nada adiantava, quem era visado como revolucionário, ou por ter ajudado as tropas Paulistas, tinham seus bens todos destruídos e saqueados. 

Uma cena que ficou marcada na memória do cosmopolense Custódio da Rocha, hoje com 104 anos de idade, foi a dos comerciantes e moradores peneirando o chão da Rua João Aranha, para tentar salvar alguma coisa: 

“Era triste ver gente que antes tinha a tuia cheia, “campiando” grãos de feijão e arroz na rua da estação. Os soldados do Getúlio, eram tão malditos, que até a igreja de Santa Gertrudes tentaram invadir,  só não invadiram por que o padre barrou a entrada, apelando para excomunhão. Minha família ajudou na revolução, até soldados saíram da nossa casa. Mas não por medo tivemos que sair, mais sim por amor à nossa vida, e como íamos sem armas, só no facão enfrentar aquele monte de soldado!!”.

  A situação chegou ao ponto que algumas famílias de soldados Paulistas, ficaram escondidas até dentro de poços desativados, passando semanas na base de bananas para sobreviver. 


A perseguição, aconteceu  por que houve alguns delatores, até hoje não descobertos, fazendo serviços de espiões dentro das cidades, ou seja, entregavam moradores da própria cidade ao governo.

   Com os nomes “inimigos”, na invasão da cidade, as tropas iam de encontro às famílias e soldados delatados pela corja de espiões. Hoje, infelizmente não existem quase nada de material do período da revolução em Cosmópolis. A falta de material desta época, acontece por que muitos registros foram destruídos pelas tropas Getúlistas, fotógrafos da cidade que acompanhavam o movimento Paulista, tiveram todos os seus filmes queimados, e por sorte não perderam suas caríssimas maquinas fotográficas para os soldados.


Um período pouco conhecido pelos cosmopolenses, mas que ficou marcado na história de vida de muitos moradores. Dados não lembrados,ou omitidos, por grande parte dos “historiadores” da cidade.


Abacaxis Paulistas, apelido usado pelos soldados as granadas.


   Uma curiosidade e até um absurdo na visão de muitos cosmopolenses, em grande parte das cidades Paulistas, não existe uma rua com o nome Getúlio Vargas. Cidades como, a capital São Paulo, Campinas, Piracicaba e até nossa vizinha  Artur Nogueira, que também sofreu muito neste período e não se esqueceu do algoz de sua história, não possuem ruas e praças com denominação ao ditador.

   Em Cosmópolis, a Rua Getúlio Vargas, surgiu pelo seguinte motivo, nossa cidade então  distrito de Campinas, sonhava em se emancipar, em um jogo político do governo Getúlio, para prejudicar Campinas, Cosmópolis foi emancipada. 


O governo Getúlio para dar um troco, digamos assim, à velha resistência campineira, deu uma forcinha ao movimento emancipalista cosmopolense, e o distrito tornava-se enfim cidade.



Prédio destruído por  um dos vários bombardeio aéreos das tropas Getulistas em Campinas.

   
  Nesta jogada política, Cosmópolis perdeu uma boa parte de seu território, a grande vila de antes com divisas que ultrapassavam as atuais fronteiras, se resumiu no território que conhecemos hoje. A história dos tempos da revolução foi esquecida praticamente,  sendo a única homenagem a está data a Rua 9 de Julho, criada no final da década 1950.



Monumento aos heróis da Revolução Constitucionalista de 1932, em frente ao Cemitério da Saudade, em Campinas-SP> Foto Jornal Correio Popular de Campinas.


    A rua denominada Getúlio Vargas, é o endereço onde estão instalados à Câmara
Municipal de Vereadores, e por incrível que pareça, o batalhão da Policia Militar,  entre as corporações que mais lutaram contra o personagem desta rua.


  A lei que decreta feriado em 9 de Julho, surgiu em 1997, sancionada  pelo então governador Mário Covas. Justa homenagem aos soldados, às famílias e a memória do povo Paulista. 

Infelizmente histórias de uma data esquecida, por grande parte da população, que só é lembrada por ser feriado estadual ..


Batalhão de soldados Constitucionalistas comandados pelo Coronel Chico Vieira, em pose fotográfica na estação Barão Ataliba Nogueira em Itapira-SP, momentos antes do embarque para as fronteiras Paulistas com Minas. Famoso batalhão revolucionário que em sua passagem obrigatória pelos ramais ferroviárias de Cosmópolis e Artur Nogueira, ficaram agrupados para o recebimento de ordens militares no “Palacete Irmãos Nogueira na Usina Ester”. Local onde estrategicamente os principais comandantes do movimento constitucionalista ficavam hospedados. Do Palacete construído no ponto mais alto da Usina, existia em seu terceiro andar uma vista privilegiada da região, e principalmente das linhas férreas das Cia Sorocabana, Mogiana e Paulista
Mapa do estado de São Paulo retratando as frentes de batalha espalhadas pelo estado. Uma das obras mais simbólicas  de autoria do mestre Jose Wasth Rodrigues.


    Antes da ocorrência de comentários de “pseudos historiadores, acomodados da ignorância documental e histórica, e os analfabetos funcionais, “intelectuais” do copia e cola, fica um esclarecimento deste que vos escreve,e com muito orgulho tem em sua ascendência seis soldados constitucionalistas. 

A “Revolução Constitucionalista de 1932” não foi uma tentativa de golpe para a separação de São Paulo do Brasil, não foi uma revolução da burguesia cafeeira contrariada (coronéis do café com leite), e muito menos uma jogada política para manipular e controlar o povo.


A revolução de 1932 foi a maior manifestação da união popular da história brasileira, aderida inicialmente por 4 estados,São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Mato Grosso (neste período não dividido), contra a pior de todas as ditaduras militares instaurada no Brasil, a ditadura Vargas. 

 Instaurada no Brasil no final da década de 1920, foi o golpe militar que estabeleceu Getúlio Vargas como “presidente”, ou na verdade ditador, um Mussolini brasileiro, que só não ficou definitivamente no poder, devido à intervenção americana, depois da IIª Guerra Mundial.



   São Paulo, foi o único estado que permaneceu nesta batalha pela liberdade e a volta da democracia no país, uma revolução de populares pela criação de uma nova constituição, de um Brasil sem freios ou cabrestos em seus filhos. 


A Constituição diminuiria os poderes do presidente militar,  estabelecendo, a autonomia ao povo em seu país. Autonomia estabelecida perante leis e deveres desta nova constituição. O Getúlio Vargas conhecido como “Pai dos pobres”, criador da CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas), o defensor dos trabalhadores e fundador da Petrobras, foi uma imagem criada para ludibriar o próprio povo, artimanhas de antigos políticos, que iguais aos “marketeiros” famigerados na atualidade, criaram mitos populares como Collor, Fernando Henrique Cardoso, Lula e Dilma.

   A imagem do Getúlio, "pai do dos pobres", foi uma das maiores "ludibriações" de nossa história política, ou como diz o caipira Paulista:" um jeito de colocar o cabresto sem o burro perceber,” adomado” o burro, ele faz tudo que o dono mandar". 


A criação da CLT, o regime instaurado em seu governo, são cópias fieis das ideologias criadas pelo ídolo maior de Getúlio, o “Duce” Benito Mussolini, um dos fundadores do regime Fascista, segundo braço do Nazismo.

Na Itália, o Fascismo de Mussolini, no Brasil o Integralismo de Getúlio e sua turminha do “Anaué”; no Fascismo a carta de Lavoro, no integralismo getúlista, a CLT. Muitas semelhanças com o Duce não é!!


Uma lista imensa na verdade, as quais merecem seus mais profundos estudos antes de criar uma defesa na base do copia e cola, para na mais louca insanidade e incoerência mental, tentar argumentar a favor do pior ditador de nossa história, o senhor Getúlio Dorneles Vargas.
 

Ah Paulista sabichão e por que comemorar um feriado de uma guerra perdida, tantos mortos, um ideal esquecido e hoje apenas um mostro (Getúlio) é lembrado como “O pai dos trabalhadores brasileiros”. Seu feriado ow Paulista não tem fundamento então...

   Tem sim, e o mais nobre de todos. Assim como os irmãos Gaúchos e Catarinas celebram seus mártires da Revolução Farroupilha; ou como os Baianos celebram e cultuam a Conjuração Baiana e a revolta independentista; os Mineiros a Inconfidência Mineira de Tiradentes; os Pernambucanos sua Revolução Praieira; no Maranhão a Balaiada; a Chibata no Rio de Janeiro... 


Entre tantas revoluções e guerras brasileiras, todas batalhas perdidas nas trincheiras, mas lembradas por suas glórias em cada estado, pela importância incontestável da união popular por seus direitos.  Não esquecendo que nestas datas é feriado estadual em todos estes estados acima citados.


Cartão postal vendido para a arrecadação de fundos na campanha  para a construção do monumento a Revolução de 9 de Julho e mausoléu dos soldados . Acervo  Blog Tudo por São Paulo.

  A “nossa” data, o nosso feriado de glória, somente foi vigorado no estado “que não pode parar” nem para eternizar a história do seu povo, somente em 1997, ou seja 65 anos de esquecimento e descaso com a memória do povo Paulista. O nosso feriado deve e tem que ser respeitado, lembrado, glorificado, enaltecido.
  

  Não somente por ser a maior revolta popular armada da história brasileira, não somente pelos milhares de mortos em batalha e tragicamente nos bombardeiros getulistas nas cidades (Campinas e São Paulo foram vários mortos), pelos mártires do M.M.D. C (iniciais dos jovens Martins, Miragaia, Dráuzio e Camargo), pelas batalhas vencidas pelos jovens heróis paulistas, pela glória da criação de nossa nova constituição instaurada em 1934 graças às lutas da revolução... 

Tantos são os motivos de nosso feriado, não apenas para o estado de São Paulo, mas principalmente, ao povo brasileiro. O motivo maior deste feriado, desconhecido por seu povo, é a união de seus filhos no passado por um Brasil melhor.


Cartão-postal em homenagem ao MMDC, com as inscrições em latim: Dulce et decorum est pro patria mori (“é doce e honrado morrer pela pátria”), Pro brasilia fiant eximia (“pelo Brasil faça-se o melhor” ), Non ducor, duco (“não sou conduzido, conduzo”) e In Hoc Signo Vinces ("Com este sinal vencerás").

   A união Paulista de imigrantes de diversos países, de migrantes de todo o Brasil, de ricos e pobres, de um povo lutando juntos por um só ideal, pela nossa liberdade de escolhas, deveres e a principal de todas as leis estabelecidas pela constituição: "os limites do “poder” sobre o povo das autoridades políticas, e sua real e verdadeira função como político, representar o povo e nunca sua classe política".
   Foram estes nossos ideais, assim foi à luta do povo Paulista, embora “traído” pelos desertores de outros estados, seu povo lutou sozinho por este ideal, um Brasil para os brasileiros, e não um Brasil para os políticos brasileiros. 


Salves, vivas, glórias ao 9 de Julho, assim com muito orgulho desta história enalteço este dia. Encero com três símbolos maiores da Revolução de 1932, lemas, temas, inscrições que cada soldado seguia como seu brado retumbante, seu ideal mor: 

Dulce et decorum est pro patria mori (“é doce e honrado morrer pela pátria”), Pro brasilia fiant eximia (“pelo Brasil faça-se o melhor”), Non ducor, duco (“não sou conduzido, conduzo”).



  Viva São Paulo e nosso 9 de Julho. Viva o Brasil nosso chão, nossa terra, nosso povo.

Que estes mesmos ideais com a graça de Deus iluminem nosso povo por um país novamente brasileiro, e não politiqueiro. Avante Brasileiros nossa nova revolução tem inicio nesta próxima semana com o “período eleitoral”, façamos uma revolução nas urnas pela volta de nosso país aos seus filhos. 

Na casa da mãe o bastardos sejam expulsos, a mãe agonizante já não tem sustento para tantas bocas em suas tetas. O leite seca para o filho magro, pobre ele reclama de fome, enquanto o bastardo engorda com o farto leite de sua mãe.

Façamos de nossas derrotas a arma para vencer a breve guerra por um Brasil verdadeiramente justo e digno para todos.

Texto Adriano da Rocha
Originalmente publicado no Face em 2012, reescrito em 09/07/ 2014

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quarta-feira, 2 de julho de 2014

Vencedores do Concurso Fotográfico Pontos de Memória

Pontos de Memória: Uma homenagem a nossa história

  Foram quase 100 fotos recebidas, sendo todas registradas em Cosmópolis. O concurso visa contribuir para o conhecimento e valorização da cidade, além de estreitar a identidade do público com a história e cultura de Cosmópolis.
  Utilizando a fotografia como uma ferramenta propulsora de cultura, essa iniciativa buscou incentivar os cosmopolenses a registrarem e compartilharem um novo olhar sobre a cidade por meio da fotografia. Com o tema "história e memória de Cosmópolis", as fotos retratam os símbolos e pontos históricos com grande significado para os munícipes.
  O evento de premiação do concurso aconteceu no dia 14 de junho, durante o Saraucura Anos 80. Confira a seguir os 3 primeiros colocados, que foram premiados com troféu, certificado de menção honrosa e prêmio em dinheiro e dos demais selecionados, que terão suas fotos exibidas em exposições itinerantes pela cidade.
Vencedores:
1º Lugar: "Pôr do Sol na Igreja Matriz", por Anastácio Filho
2º Lugar: "Espelho d'água", por Kátia Cilene Nunes da Silva
3º Lugar: "Entardecer", por Rafael Fernando Silva
"Espelho d'água", por Kátia Cilene Nunes da Silva
 "Entardecer", por Rafael Fernando Silva
Comissão Julgadora:
Higson Miranda: Reside em Paulínia, vem se destacando como fotógrafo em eventos de grande expressão nacional, como o São Paulo Fashion Week e Fashio Rio, programas de TV, shows e eventos e canais de entretenimento como Contigo, O Fuxico, Ego e Globo.
Leila Diniz: Fotógrafa profissional especializada em fotografia de família, infantil e newborn.
Carlos Rincon: Professor da escola Pró-Arte em Campinas, trabalha com fotografia em eventos de grande porte, formatura e shows.
O Concurso Pontos de Memória - 2ª edição, é uma realização da Prefeitura de Cosmópolis, Secretaria Municipal de Cultura e Centro de Memória, com o apoio e patrocínio da empresa Claro Grupo (www.clarogrupo.com.br).

Confira o álbum com todas as imagens selecionadas, na Fan Page do Centro de Memória.
Texto: Vivian Mukotaka