Adeus Márcio da Utilar Magazine O filho que continuou a história do pai, escrevendo com seu próprio empreendedorismo, uma nova história de sucesso.
Texto Adriano da Rocha
Cosmópolis despediu-se neste domingo de Márcio José Di Sacco, o Márcio da Utilar Magazine, ou como era carinhosamente conhecido, o Márcio do Mílvio.
Márcio faleceu na tarde de sábado (09), aos 49 anos de idade, a causa morte foi problemas cardiovasculares. O sepultamento aconteceu neste domingo (10), no Cemitério Municipal da Saudade.
Filho do casal Mílvio José Di Sacco e Zilda Aparecida Mendonça, Márcio deixa viúva Sandra Marques, e o filho Arthur, de quatro anos.
TRADIÇÃO COMERCIAL
A Utilar Magazine é a continuação de uma tradição comercial familiar, iniciada pela família Di Sacco no fim dos anos de 1920, em Cosmópolis. Mílvio, neto do Bepe Di Sacco, e filho do saudoso casal Quirino e Julieta Mora, continuava a tradição comercial da família ao criar a Utilar Magazine.
A Utilar Magazine é a continuação de uma tradição comercial familiar, iniciada pela família Di Sacco no fim dos anos de 1920, em Cosmópolis. Mílvio, neto do Bepe Di Sacco, e filho do saudoso casal Quirino e Julieta Mora, continuava a tradição comercial da família ao criar a Utilar Magazine.
Um projeto audacioso e visionário, acompanhava o novo crescimento cosmopolense, impulsionado pela construção da Petrobras, em Paulínia.
A modesta loja de utilidades para o lar, decoração e presentes, crescia junto com o progresso habitacional de Cosmópolis.
Nos anos de 1980, a pequena loja ampliava suas instalações, os móveis dividiam espaço com setores de eletrodomésticos e eletrônicos. Em destaque vitrolas, aparelhos de som 3x1 (Rádio, Tape e vinil), geladeiras e fogões esmaltados.
Vitrines e gigantescos balcões, faziam exposição de relógios, alianças, conjuntos de faqueiros e porcelanas, modernos tapes automotivos e walkmans. A moderna loja, sempre inovadora, reunia em um só local, tudo para o lar.
Referência cosmopolense, aos casais buscando utilidades para o novo lar, padrinhos procurando presentes, noivas formando enxovais, atendendo do recém chegado migrante operário, ao mais exigente cliente.
Em meio aos setores da Utilar, brincando quando criança entre móveis e eletrodomésticos, trabalhando ao lado dos vários empregados, cresceu o jovem Márcio.
Ainda menino, montava móveis, ajuda na entrega de sofás, fogões e geladeiras. Atendia no caixa, fazia o cadastro de clientes no popular crediário da Utilar, como também, cobrava os raros (na época), clientes devedores.
Nascido e criado no ramo varejista, Márcio não queria seguir este ramo profissional, muitas vezes cruel por transformar seu proprietário em um escravo do comércio.
Percebia o desgaste em seu pai, a falta de vida própria, a correria sem fim, as férias de dois ou três dias, sempre interrompidas por alguma decorrente preocupação comercial. Mesmo assim, a vida fazia sempre o jovem cosmopolense, voltar ao trabalho da família.
A MORTE DE MÍLVIO
O Mílvio, até não resplandecia o desgaste físico e metal. Sempre brincalhão e dinâmico, exercia não somente as funções comercias da sua loja, como também foi um dos percursores da Acico (Associação Comercial e Industrial de Cosmópolis), presidente do Grêmio Estudantil, membro ativo do Cosmopolitano, sem falar da sua paixão, o futebol.
O Mílvio, até não resplandecia o desgaste físico e metal. Sempre brincalhão e dinâmico, exercia não somente as funções comercias da sua loja, como também foi um dos percursores da Acico (Associação Comercial e Industrial de Cosmópolis), presidente do Grêmio Estudantil, membro ativo do Cosmopolitano, sem falar da sua paixão, o futebol.
Nos campos, foi jogador, técnico, diretor e fundador de vários times, um dos maiores incentivadores da modalidade em Cosmópolis. Quem sabe, tudo isso, para driblar o estrese comercial.
Márcio estudou na antiga Escola do Comércio, onde iniciou cursos técnicos que o levariam para Campinas. Cursou o segundo grau no Colégio Batista, passou pela Unicamp, entrou na disputada faculdade PUCC, ingressando no curso de Economia, o qual não terminaria devido a morte do pai. Antes do falecimento do pai, Márcio trabalhou como bancário nas agências do Banco do Brasil, exercendo várias funções.
Em 1999, o corintiano Mílvio, sofria um enfarte fulminante. Estava em campo, jogando com amigos no Ginásio Municipal de Esportes. Cosmópolis inteira ficava de luto, a morte prematura aos 59 anos, entristecia uma multidão de amigos e clientes amigos.
NOSSAS PRECES E ORAÇÕES
Neste sábado, exatos 18 anos depois do falecimento de Mílvio, a temida e algoz morte leva Márcio.
Neste sábado, exatos 18 anos depois do falecimento de Mílvio, a temida e algoz morte leva Márcio.
Na mansidão celestial, a tradicional família do comércio, aguarda seu membro querido. Não para o trabalho no céu, abrir alguma loja Di Sacco por lá, mas sim, para o descanso ao lado do pai. O Mílvio orgulhoso aguarda sua chegada, tendo a certeza que fez sua parte na história comercial cosmopolense.
Neste momento tão triste da morte repentina, a qual tardamos acreditar, peço ao Pai celestial a consolação aos sentimentos de dor da família. Nossas preces e orações, que Deus na sua infinita misericórdia, traga conforto e paz aos corações dilacerados pela tristeza.
Descanse em paz Márcio, assim como seu pai, muito orgulhou nossa Cosmópolis. Tenha certeza, seu filho, sempre terá orgulho de você. Paz, luz e as bênçãos de Deus na sua passagem celestial.
Texto Adriano da Rocha
Fotos Acervo familiar
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