terça-feira, 25 de dezembro de 2018

NATAIS COSMOPOLENSES

A VOCÊ, “nosso presente de natal”



  Natal dos caboclos, extremamente religioso e repleto de tradições típicas paulistas; natal dos imigrantes germânicos, o Weihnachtzeit. Semanas do advento (adventskalender), marcado pelas miscelâneas populares, entre o religioso, e as simbologias e crenças medievais europeias.

Natais realmente cosmopolitas, nesta fantástica miscigenação de povos, regiões, crenças e religiões, constituindo as celebrações natalinas em Cosmópolis.

Uma seleção de imagens dos “nossos natais”, registra a chegada do “Papai Noel” nas terras cosmopolenses, trazido pelos primeiros imigrantes germânicos na década de 1840.

Celebrado como Kris Kringle e Weinachtsman, pelos alemães, ou, Jultomten, pelos suíços, imigrantes percursores do Núcleo Colonial Campos Salles, em 1896.

Com o progresso colonial dos núcleos cosmopolenses, novos imigrantes “apiavam” e desembarcavam em nossas terras. Cada povo, celebravam tipicamente o natal, com suas tradições religiosas, costumes e crenças ao “bom velhinho”.

Os russos tinha seu Noel, o Grandfather Frost, ou, Baboushka; A italianada, extremante religiosa, venerava São Nicolau, popularmente “parlado” como Belfana e Babbo Natal. Cada povo, cada casa, acreditava em seu Santa Claus (americanos e ingleses), Père Noël (franceses), entre inúmeros povos que edificaram nossa história.

Na mistura destes povos, imigrantes e migrantes, os filhos desta terra por opção e coração, orgulhosos novos brasileiros, o povo cosmopolense.

VIAGEM NATALINA
Em destaque nas imagens, personagens e locais dos nossos natais. As celebrações da “Deutsche Schule’, no histórico registro do início dos anos 1920, eternizado pelo mestre da fotografia, Guilherme Hasse.

Icônico e importante desbravador das terras do Funil, o saudoso Henrique Steckelberg, transformava-se em Papai Noel. Tradição que Henrique e Christian Pommer, tradicionais Weinachtsman do núcleo germânico, mantiveram até seus falecimentos nos anos 1940

Henrique, com quase 70 anos do seu falecimento, ainda é lembrado com carinho em inúmeras histórias natalinas, sempre marcadas pela descrição de sua barba e risada.

Nos anos 1960 e 1970, a figura do Papai Noel da prefeitura, que distribuía presentes as crianças, sendo o principal personagem das famosas ceias comunitárias da Igreja Matriz de Santa Gertrudes. 

Organizadas por pessoas como Helena Nallin, Rodolfo Rizzo, Monsenhor Rigotti, entre inúmeros personificadores da palavra caridade.

O Papai Noel da “Papelaria do Brandão”, famoso na região central nos anos 1970, 1980 e 1990, uma das principais referências natalinas neste período.

Uma mágica miscelânea natalina de imagens, com registros dos natais do passado e presente, contemporaneamente marcados, pelas festividades nas praças. Seleção de natais cosmopolenses, ao som das inconfundíveis vozes de Giane e Paulo Queiroz.

Em especial, Paulo Queiroz, o querido” Paulito dos Queiroz”, nosso mais saudoso orgulho cosmopolense.

“PAULO DOS SUCESSOS, PAULITO DE COSMO"
Paulo Queiroz nasceu em Espírito Santo do Pinhal-SP, entretanto, sua infância e adolescência, foi marcada pelas férias em Cosmópolis.

Com inúmeras raízes familiares na cidade, é motivo de orgulho na história popular cosmopolense.
Sempre lembrado com muita saudade, pelos incontáveis fãs, amigos e familiares de Cosmópolis e região.

Cantor, compositor, letrista e tradutor musical, era consagrado internacionalmente, como o homem das versões e sucessos. Principal compositor e letrista, de consagradas vozes da época.

Considerado um dos nomes mais importantes da música brasileira nos anos 1960, encontrou em Giane, a principal voz de suas composições.

Na voz de Giane, o sucesso “Dominique”, com milhões de discos vendidos, tradução e versão de Paulo, de um sucesso francês.

O compacto “Nosso presente de Natal”, interpretado por Giane e Paulo Queiroz, está entre os mais vendidos da discografia nacional, com milhões de cópias vendidas, e inúmeras regravações.

Sua última visita em Cosmópolis, aconteceu no ano de 1965, início do mês de dezembro, quando visitava familiares e amigos, realizando a divulgação deste compacto e outros da Chantecler, ao lado do compositor Teddy Vieira.

Paulo Queiroz faleceu na madrugada do dia 16 de dezembro de 1965, em um trágico acidente automobilístico envolvendo várias vítimas fatais, inclusive, o compositor Teddy Vieira.

Texto Adriano da Rocha

FELIZ NATAL
Em 2018, o Acervo Cosmopolense completou 12 anos de história na internet. Um trabalho de amor e respeito por Cosmópolis, iniciado no velho Orkut, em 2006. Hoje somos mais de 18 mil amigos, interligados em perfis, páginas, blog e instagran.

Você é nosso maior presente neste natal, sua amizade é a certeza da continuidade deste projeto.

Que o mesmo amor e união, representados no dia de Natal, venham novamente a renascer em seu coração, surgindo à esperança de que juntos podemos mudar o mundo, começando por nossa cidade.

Juntos e unidos podemos ser a força que fará a diferença, transformando nossos sonhos para Cosmópolis, em realidade.


Feliz Natal e próspero ano bom

Grupo Filhos da Terra

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