#TBT / 1974 – Há exatos 46 anos. Olhando lá do céu, registro feito pela janela de um “teco-teco” (monomotor), com direito a um pedaço das assas do avião na foto. Imagens captadas à centenas de metros de altura, graças a astúcia e habilidade do fotógrafo.
Tempos das máquinas pesadas de filmes de rolo, com revelações químicas e extremamente sensíveis, onde somente um profissional da fotografia, era capaz de captar a melhor enquadração e nitidez da imagem, não perdendo "negativos".
O registro faz parte de um conjunto de fotos aéreas, apontamentos gerais do município, obtidos em uma parceria da Prefeitura de Cosmópolis, gestão Orlando Kiosia, e a Usina Ester.
Muitas destas fotos aéreas, série 1974, foram emolduradas na época, sendo ainda expostas no Paço Municipal (gabinete do prefeito), secretarias, e Câmara Municipal.
OLHAR NA FOTO
Em destaque, as então vias principais da região central, praticamente cortando toda cidade, Sete de Setembro, Antônio Carlos Nogueira e Santa Gertrudes, quando a via cortava as escadarias da nova Igreja Matriz de Santa Gertrudes.
Repare que as laterais da Igreja Matriz estão sem acabamento, o Largo é somente um grande terreno de “terra batida”, e a Praça Paulo de Almeida Nogueira, ainda conserva os dois chafarizes ornamentais, iguais ao extinto Tulipa da “Praça do Coreto”.
Outras ruas realçam a foto, chamando atenções dos nossos olhares, como a Avenida Ester, Campos Salles e Baronesa Geraldo de Rezende. Muitos saudosos comércios, inúmeros prédios demolidos pelo “progresso”, ou simplesmente, o fim de eras comerciais.
A antiga “Pensão e Hospedaria Talassi”, sobressai na rua Baronesa, como o gigantesco salão da "Sociedade Beneficente Mútuo Socorro", conservando sua fachada original dos anos 1910.
Não esquecendo do salão social do "Cosmopolitano Futebol Clube", cruzando as ruas Baronesa e Sete de Setembro, marcado pelo enorme letreiro com as iniciais da associação esportiva.
Repare na quantia de árvores nas ruas e Avenida Ester, resquícios dos primeiros projetos paisagísticos urbanos.
Serão alecrins de campinas, sibipirunas, alfeneiros, e os inesquecíveis flamboyants?
Maioria extintas, ceifadas por moradores, comerciantes, e muitas vezes, pela própria prefeitura, seguindo novos projetos públicos, e principalmente, ignorância ambiental.
Neste olhar sobre as árvores, como não reparar nos gigantescos quintais das casas cosmopolenses. Muitas edificações são típicas casas comercias da região central, onde funcionava o estabelecimento na frente, e a residência nos fundos.
Com certeza, absoluta, nestes quintais são pés de jabuticaba paulista, romãs, limão vinagre, mangueiras, abacateiros, parreirais de figos e uvas, e até bananeiras, como pode ser observado em grandes terrenos.
Cada olhar, uma descrição, cada olhar, uma saudade!!! Qual a descrição do seu olhar ??
Foto Acervo Grupo Filhos da Terra
Texto Adriano da Rocha
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