quinta-feira, 24 de setembro de 2020

AINDA ONTEM...

MEMÓRIA 

#TBT- há exatos 98 anos em Engenheiro Coelho 

Quem você reconhece na foto?



01/05/1922 - Grande “pic-nic” realizado em Engenheiro Coelho, destacando a participação da famosa "Corporação Musical da Usina Esther".  

Convescote e piquenique, como é falado na França e regiões germânicas, ou picnic, na sua origem inglesa, eram tradicionais no passado cosmopolense. Desde os tempos da Fazenda do Funil, aos primórdios das colonizações campineiras, nossas belezas ambientais eram rotas de piqueniques familiares. 

Passeios entre as matas e os frondosos rios cosmopolenses, registrados para a posteridade em livros de histórias regionais  e diários. Preciosidades raras como o “Diário de Paulo de Almeida Nogueira”, um dos fundadores da Usina Ester, e a enciclopédia “História de Campinas”, escrito pelo historiador  Jolumá Brito, nos anos 1950. 

Muitos destes “piqueniques cosmopolenses”, eram organizados pela diretoria da Usina Ester e “Cia Sorocabana ”, sempre realizados em recantos ambientais, como a Gruta Carrapicho, Saltinho e matas da região. 

Olhar na foto !!

Em 1922,  a região escolhida  pelo grupo em destaque, foram as matas do então bairro de Engenheiro Coelho, pertencente à "Villa de Arthur Nogueira".  

Antigas terras da família  Ferraz, ancestrais dos Nogueira Ferraz, Coronel José Paulino e Major Arthur Nogueira, e o capitalista e político Manuel Ferraz de Campos Salles, presidente e governador de São Paulo. 

Neste registro em Engenheiro Coelho,  estão reunidos moradores das  "Villas" de Cosmópolis e Artur Nogueira, então um mesmo distrito,  pertencente em partes para Campinas e Mogi Mirim. A viagem até o destino, conhecido Guaiquica,  foi realizada pelos trens da Sorocaba, antiga ramal da Carril Agrícola Funilense. 

 Os   "pic-nic " , com escritos na foto, muitas vezes  eram confraternizações das famílias dos trabalhadores,  marcados por grandes banquetes comunitários,  onde cada grupo trazia um prato e bebidas. Inspirados nos piqueniques realizados pela nobreza no passado, recriados ao gosto e condições populares. 

Os eventos ao ar livre, marca dos piqueniques, eram  animados com músicas ao vivo, participação de músicos ou bandas (as várias corporações musicais cosmopolenses), concursos de danças e melhores pratos, e os  momentos religiosos, celebrados por representantes da comunidade. 

 O registro em destaque, foi perpetuado pelas lentes do  mestre Guilherme Hasse, entre os percursores da fotografia profissional em Cosmópolis,  realçado por suas demarcações diretamente na foto.

Texto Adriano da Rocha

Foto Guilherme Hasse / acervo Grupo Filhos da Terra

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