quinta-feira, 30 de maio de 2013

CORPUS CHRISTI


Texto Adriano da Rocha
Fotos Marcela Stockler Xavier Suzan

  
 Inicio dos anos 80, tapete de Corpus Christi na Rua Eurídes de Godoy, entre as Ruas Antonio Carlos Nogueira e Santa Gertrudes, caminhos da procissão. Uma linda tradição Católica que hoje infelizmente está praticamente extinta no estado de São Paulo, mas que em décadas passadas reunia todos os anos centena de fieis para confecção do tapete. Em Cosmópolis os últimos tapetes de Corpus Christi foram confeccionados no final da década de 80, e nas décadas seguintes foram trocados por doações de alimentos, os féis faziam as doações na passagem da procissão que no final da celebração eram doados a entidades e comunidades carentes da cidade. A confecção do tapete na comunidade Católica da Matriz de Santa Gertrudes reunia fieis de toda a cidade e era a alegria da criançada que acordava de madrugada para ajudar na criação do tapete pelas ruas do percurso da procissão nas Ruas Campos Salles, Eurídes de Godoy, Antonio Carlos Nogueira e Ramos de Azevedo




  Cada região fazia seus desenhos no asfalto com giz, e logo depois eram coloridos com as coberturas. As mães guardavam durante meses o pó do café usado, que servia para o contorno dos desenhos, o sal destacava as partes brancas e era a preferência das mães no lugar do pó de vidro um tanto perigoso na mão da molecada, e muita serragem colorida com anilina e pó xadrez. Uma época que deixou saudades de uma tradição extinta em Cosmópolis pelo "tar progresso", o grande movimento de carros na região central, e principalmente pela falta de segurança, já que acordar de madrugada em Cosmópolis para enfeitar ruas se tornou um pouco inviável nos dias de hoje por causa da criminalidade que assusta a todos. Ou será a falta de fé e amor ao próximo a principal falta de motivação do fim desta tradição!!

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