sábado, 1 de junho de 2013

FELÔ FUTEBOL E FOGÕES...

  Nesta semana faleceu uma figura bem popular de Cosmópolis e sua morte passou despercebida até nos “jornais” semanários locais. Infelizmente fiquei sabendo de seu falecimento somente hoje pela manhã, amigo de todos e uma figura marcante na história de Cosmópolis. Aos 79 anos de idade, nos deixou o conhecido Felô Preto, ou Felô consertador de fogão como também era carinhosamente apelidado por todos. Nas décadas de 40 e 50 foi um dos reis da bola do futebol cosmopolense, defendendo os times da Usina Ester, bairro onde ele nasceu. Era “temido” com a bola no pé pelos craques do Cosmopolitano Futebol Clube, mas por ser um mestre com a bola no pé era muito respeitado pelos seus adversários, conseguindo o respeito na “guerra do futebol” até dos jogadores do Clube Floresta de Artur Nogueira e dos “Guaíquicas” de Engenheiro Coelho, maiores adversários dos times cosmopolenses. Personagem de um causo interessante da história de Cosmópolis, no auge de seu Futebol o jovem Felô no final da década de 40, foi convidado a jogar no São Paulo Futebol Clube, ao lado do consagrado “Diamante Negro” o jogador Leônidas da Silva, que foi um dos maiores jogadores da história do futebol brasileiro que segundo historiadores o único que se igualou ao Rei Pelé. Na ocasião os diretores do São Paulo estiveram em Cosmópolis para conversar sobre a vantajosa contratação do menino, garantindo um bom salário e demais mordomias que o time oferecia ao jovem craque. O pai do Fêlo pessoa muito simples, carpinteiro da Usina Esther, respondeu aos diretores que não aceitava que o filho deixava-se a Usina, que o menino tinha que cortar muita cana ainda por tudo que a família Nogueira um dia fez a sua família, e seria uma falta de respeito e gratidão a Usina a sua saída para jogar bola, e na época “jogador de bola ” era considerado coisa de vagabundo. Ele não gostava de falar sobre este assunto, mas quando “esquentava a garganta” ele dizia: “Quem sabe as coisas poderiam ser diferentes hoje, quem sabe”. Grande figura que deixou sua marca na nossa história, descanse em paz Nego veio, vai com Deus Felô.

Texto Adriano da Rocha
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