122 ANOS DE SEPULTAMENTOS
Na semana marcada pelo “dia de finados”, registros do secular Cemitério Municipal da Saudade, em Cosmópolis. Surgiu em 1896, por iniciativa de imigrantes dos núcleos coloniais.
Em 1897, o governador Campos Salles, decretou a incorporação do cemitério ao município de Campinas.
A principal razão, o crescente número de mortos vitimados pela febre amarela, e a extrema necessidade, do governo realizar os serviços de vigilância e sepultamentos.
FEBRE AMARELA E TIFOIDE
Monumento criado na antiga área de isolamento dos mortos de febre amarela. Erroneamente, registrada como "peste bubônica " |
Um salvo engano, nunca existiram vítimas de peste bulbônica em Cosmópolis, como erradamente está escrito no cemitério.
No espaço, enaltecido como vítimas da peste bulbônica, estão sepultados isoladamente, vítimas da febre amarela e tifóide.
O projeto, criação do espaço isolado, é descrito em documentos da Câmara Municipal de Campinas, sendo seguidos em outros cemitérios das Villas, como Artur Nogueira, Americana e Paulínia.
O espaço de isolamento, seguia as novas normas de combate à febre amarela, criadas pelo médico sanitarista Adolfo Lutz.
O renomado médico, esteve em várias ocasiões em Cosmópolis, descritas, no livro comemorativo ao centenário do instituto Adolfo Lutz.
OLHAR FOTOGRÁFICO
Sibipiruna florida, contrastando suas cores em todo o cemitério |
Entre os destaques dos registros, o encontro entre a vida e a morte, no florecer das sibipirunas.
O intenso amarelo das flores, contrastam por todo cemitério. Assim como, os tapetes de flores, espalhados pelas sepulturas.
"Capela da Ressurreição", atual espaço ecumênico |
Um saudoso finado, sempre lembrado nesta data, é o popular Argemiro.
Personagem singular das ruas cosmopolense, recordado em inúmeras histórias dos anos 1960,70 e 80.
Novo calçamento construído pela prefeitura, área utilizada como estacionamento, foi "cascalhada" |
Obs: Parabéns à prefeitura municipal, pela construção do calçamento e plantio de árvores. Depois de décadas de requerimentos e pedidos populares, enfim, o projeto saiu do papel.
Texto e fotos Adriano da Rocha