sábado, 23 de março de 2019

ALIMENTO DA VIDA

22/03 - DIA MUNDIAL DA ÁGUA



Podemos afirmar, somos a "Cidade das Águas", este é o maior patrimônio de Cosmópolis. No passado, até formos conhecidos como “Circuito das águas paulistas”, fomos importante referência turista e ambiental no Estado. E tenha certeza, ainda somos. São as águas nosso maior atrativo municipal, nossa maior riqueza.

Nosso diferencial na região, possuindo uma das maiores reservas naturais do Estado, formado pelos rios Pirapitingui, Jaguari e Três Barras.

Não esquecendo as incontáveis vertentes, as populares “biquinhas”, os córregos e barreiros como Amarelo, e as reservas particulares como a Represa do Rio Pirapitingui. Uma das maiores do Brasil, com seu potencial não totalmente aproveitado.

Um patrimônio que sofre há décadas, pela falta de fiscalização e o desrespeito público.

Nas junções, de omissão pública (loteamentos ilegais e invasões), oportunismo político e empresarial, e principalmente a inexistência de tratamento de esgoto, um gigantesco rio transformou-se em "reserva" dos mais poluentes detritos.

O Ribeirão Três Barras, o nada agradável Baguá, no passado, responsável pelo abastecimento de Cosmópolis, e até Artur Nogueira. Assim como, o sustendo de inúmeras famílias de pescadores. Situações, abastecimento e pesca, praticamente impossíveis na atual situação do rio.

NÃO ESQUEÇA!!!
A preservação e fiscalização destas águas, não são exclusivas obrigações das autoridades eletivas. Os representantes da população na administração destes recursos.

Mas sim, do verdadeiro fiscalizador. Aquele que mantêm essas autoridades eletivas como representantes destes recursos naturais, e detém, o verdeiro poder concebido pelo direito do voto: os eleitores.

Então exija dos seus "representantes", projetos e melhorias. Afinal, na "cidade das águas", o tema merece ser destaque não apenas na data mundial, mas, todos os dias.

SÍMBOLO DAS ÁGUAS COSMOPOLENSES
O maior símbolo das nossas águas, criado para preservar este precioso líquido, assegurando a vida humana e ambiental, nas terras cosmopolenses.

Surgiu como um projeto audacioso, contemplando a reserva e distribuição de águas para Campinas, e o transporte fluvial de passageiros e produtos agrícolas.

Idealização dos capitalistas Barão Geraldo de Rezende e João Manuel de Almeida Barbosa, proprietário da Fazenda Funil, em parceria com a Prefeitura de Campinas e o governo Estadual.

Aquedutos de pedras e alvenaria, forneceriam água aos distritos, bairros e fazendas campineiras, barcos chalanas (as mesmas tipicamente usadas no Mato Grosso e países das fronteiras), importados dos Estados Unidos, realizariam os transportes.

O projeto começava a sair do papel no fim dos anos 1880, com a criação das barragens do Saltinho e desvios do leito original do Rio Pirapitingui, surgindo a represa.

Com a primeira epidemia da febre amarela, a qual desolou Campinas e parte região, o projeto perdia forças em meio as milhares de mortes, e as incertezas sobre a doença.

Somente anos depois, com a venda das terras do Funil, a família Nogueira Ferraz recriaria o projeto em 1898, na instalação da Usina Ester. Surgia o paredão e Represa do Rio Pirapitingui, idealizados como reserva de águas e hidroelétrica.

A FOTO E A HISTÓRIA 
1914 – O Paredão e a Represa do Rio Pirapitingui, em um dos seus primeiros registros fotográficos, após o termino das suas obras. Montado no cavalo, trajando sempre branco, o Major Arthur Nogueira Ferraz. Um dos proprietários da Usina Ester, e principal responsável pelo desenvolvimento agrícola e colonial na região.

O registro é um cartão postal de circulação mundial, impresso nas modernas “tipográficas de fotográficas da França. Vendido em grande escala no mundo, o postal era utilizado como propaganda do estado de São Paulo, atraindo investidores e imigrantes.

A foto é atribuída ao renomado Guilherme Gaensly, considerado um dos maiores fotógrafos do seu tempo. A mesma foto, serviu como ilustração de inúmeros livros governamentais, e está entre os destaques da famosa publicação inglesa “Impressões do Brasil no século 20”.

Texto Adriano da Rocha

Foto postal Guilherme Gaensly

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