SEMPRE NA MEMÓRIA
ADEUS SÉRGIO CAPELA
Cosmópolis despede-se de Sérgio Aparecido Devinhale, o popular Capela. Depois de meses de luta pela vida, Capela faleceu na noite de quinta-feira (28), aos 57 anos de idade, no Hospital das Clínicas da UNICAMP, em Campinas. Internado com urgência nesta semana, foi vitimado pela falência múltipla de órgãos.
Casado com Roseli Conceição Roveri Devinhale, deixa duas filhas, três netos, e sua marca na história empresarial de Cosmópolis.
SEPULTAMENTO
O corpo aguarda os amigos no velório do Cemitério Municipal da Saudade, em Cosmópolis. O sepultado será realizado nesta sexta-feira (29), às 17h.
O corpo aguarda os amigos no velório do Cemitério Municipal da Saudade, em Cosmópolis. O sepultado será realizado nesta sexta-feira (29), às 17h.
A chegada do corpo aconteceu no início da manhã, reunindo milhares de pessoas, familiares, empregados e amigos. Incontáveis pessoas de toda região, prestam ao estimado amigo e família, as mais emocionantes homenagens.
CAPELA
Empresário, um dos maiores da sua geração, o eterno “coloninho”, que nunca esqueceu suas raízes. O seu apelido, até mais conhecido que seu próprio nome, uma menção a sua terra, a extinta Colônia do Capela.
Empresário, um dos maiores da sua geração, o eterno “coloninho”, que nunca esqueceu suas raízes. O seu apelido, até mais conhecido que seu próprio nome, uma menção a sua terra, a extinta Colônia do Capela.
Edificada nos tempos das “sesmarias”, a colônia foi incorporada as terras da Usina Ester nos anos 1910. O nome, alusão a uma pequena capelinha, rudemente construída no centro da colônia, exaltada inicialmente à São Sebastião.
Na modesta colônia, localizada entre as terras da Fazenda Meia Lua e Saltinho, o casal Nelson e Dona Idalina Devinhale, iniciavam uma nova vida, nascendo o jovem Sérgio.
E quem nasceu, ou, morou nas colônias da Usina Ester, sabe como é a tradição. O nome da colônia, era incorporado ao nome de Sérgio. Suas raízes, ficavam assinaladas no apelido, o qual, transformara-se na sua marca registrada.
O jovem coloninho, cortou muita cana para ajudar no sustento da família, trabalhando em vários setores da Usina Ester e empresas da região.
Nos anos 1980, o empreendedor autodidata, entrava no ramo de mecânica e peças, surgindo a empresa de prestação de socorros viários, o popular “Guincho do Capela”.
Na Avenida da Saudade, surgia a loja de autopeças, comandada por Capela e irmãos. Preservada ao lado da empresa, a casa da família, uma das primeiras edificações da Avenida.
Em 2016, a empresa era outorgada como pátio de recolhimento de veículos do Estado, sendo responsável por inúmeras cidades da malha viária da SP-332.
Nos mais de 30 anos de serviços, a empresa e proprietário, transformaram-se em uma das principais referências em diversos setores, até mesmo, na localização viária. Como chamar aquela região de outro nome, se não, a “subida e descida”, do “morro do Capela”.
Com entusiasmo, o Capela dizia: “Pode trazer a câmera, aqui no morro do Capela, você vê o mais lindo pôr do sol do mundo. Não sou eu que garante, é Deus”. Realmente saudoso amigo, é fantástico este pedaço de Cosmópolis, um convite da natureza, certeza de incríveis registros.
CAPELA DAS ALEGRIAS E TRISTEZAS
O seu apelido, tornou-se um dos mais citados na cidade e região, sendo impossível na história das vias e transportes, não recordar do nome Capela. Assim como, não recordar do Capela em incontáveis histórias, tristes e alegres.
O seu apelido, tornou-se um dos mais citados na cidade e região, sendo impossível na história das vias e transportes, não recordar do nome Capela. Assim como, não recordar do Capela em incontáveis histórias, tristes e alegres.
Aos amigos próximos, a lembrança do “recanto do Capela”, localizado nos fundos do pátio da empresa. Um reduto do seu criador, o coloninho que nunca esqueceu sua história.
Quadros de familiares, antigas ferramentas, como facões canavieiros, enxadas e gigantescos serrotes, cangas, canzis, rodas de carros de bois e moinhos, talhas de barro, objetos domésticos e dos trabalhos dos colonos. Um impressionante acervo pessoal, preservado sobre uma construção edificada com madeiramento e tijolos das velhas colônias.
Pedaços da sua história na Capela, resquício das colônias da Usina Ester, imensuráveis guardados da reminiscência cosmopolense. Cada objeto, uma história contada com emoção aos amigos. Em cada espaço, a preservação das memórias da sua querida Cosmópolis canavieira.
Pessoa simples, humilde e de sorriso franco, cosmopolense com orgulho. Importante personagem da história cosmopolense e regional, um nome que assim como sua empresa, será perpetuado por gerações na memória popular.
Descanse em paz Capelinha, vai com Deus Sérgio Capela!!!
Texto Adriano da Rocha
Fotos Acervo família Devinhale