sexta-feira, 12 de abril de 2019

111 ANOS DO MERCADÃO DE CAMPINAS

MEMÓRIA COMERCIAL E HUMANA
É quase Impossível, para um cosmopolense, não ter este prédio como referência na sua história de vida. Símbolo do progresso regional, marco histórico e direcional, ponto de encontro, local com infindas memórias de gerações.


Nesta sexta-feira (12), são completados 111 anos do Mercadão Municipal de Campinas. Inaugurado como Mercadão em 12 de abril de 1908.

A data simboliza a incorporação oficial do prédio ao patrimônio público campineiro, doado pela família Nogueira Ferraz. O prédio homenageia Luiz Nogueira Ferraz, enaltecido na entrada principal do Mercadão, pai de José Paulino Nogueira e Major Arthur Nogueira.

A edificação construída como armazém central da "Carril Agrícola Funilense", foi projetada pelo "Escritório de Arquitetura e Engenharia Ramos de Azevedo", atendendo aos pedidos dos irmãos Nogueira Ferraz e do Barão Geraldo de Rezende, principais acionistas da companhia de trens.

Simultaneamente em Cosmópolis, o escritório Ramos de Azevedo construía o complexo industrial da Usina Ester, Palacete Irmão Nogueira (Sobrado), e a Igreja Matriz de Santa Gertrudes. As obras cosmopolenses seguiam supervisionados por Dumont Villares, sobrinho do inventor Santos Dumont, e cunhado de João Manuel de Almeida Barboza, antigo proprietário da Fazenda Funil.

Com a "falência" da Carril Funilense, e incorporação da companhia a Sorocabana, o Mercadão foi doado para prefeitura, sendo rescrita uma nova história ao prédio e região.

As dependências de armazenamento agrícolas da Funilense, destinados para o escoamento das produções, ressurgiam como espaços comerciais, divididos em lojas e setores.

Neste período, nascia o lendário "Bar e Restaurante do Pachola", um dos principais pontos de encontros dos cosmopolenses. No atual setor de peixes, ficava localizado a estação e linha Carlos Botelho, parada e saída de trens, com destinos para as “Villas” de Cosmópolis, José Paulino (Paulínia), Arthur Nogueira, seguindo até a última ramal, em Pádua Salles (Conchal).

Com a desativação da estação Carlos Botelho, mudando as “paradas e baldeações” para a região da atual Avenida Brasil, o espaço era utilizado como ponto das jardineiras, em destaque a Auto Viação Cosmópolis.

Um prédio com inúmeras histórias, principalmente de vidas. No destaque fotográfico, postal criado pela Prefeitura de Campinas, o Mercadão na cor azul e branco.

Registro de 1983, divulgado em cartões postais com circulação mundial. Uma coloração que remota as memórias dos anos 1970 e 1980, quando o Mercadão ainda era, a principal referência de compras de muitos cosmopolenses.

Texto Adriano da Rocha
Foto Acervo postal Câmara Municipal de Campinas

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