quinta-feira, 6 de junho de 2019

#TBT – AINDA ONTEM EM COSMÓPOLIS


  
2001 – Um dia frio de junho, há exatos 18 anos. Em destaque, o reservatório municipal de águas, o popular “Castelo d’água”, localizado na confluência das ruas Monte Castelo e João Aranha. Na época, motivo de muitas discussões nos perfis e comunidades do Orkut, devido a nova cor da histórica edificação.

A mistura de tons amarelos e “laranjas avermelhados", seguia um padrão das construções públicas, criado pela administração do prefeito José Pivatto, e seu vice Antônio Fernandes Neto.

Enquete de jornais semanários como a Gazeta de Cosmópolis e Tribuna, assunto nas emissoras de rádio locais, e até de comunidade no Orkut, pedindo a volta da cor branca. Seguindo a mesma coloração, foram pintados o Largo da Matriz de Santa Gertrudes, Praça Major Arthur Nogueira Ferraz e Coreto, e canteiros centrais dos acessos ao município.

Antes da polêmica pintura, foram retirados os sistemas de iluminação do Castelo, a maioria destruída pelas intempéries climáticas e falta de manutenção. Quando inaugurados em 1996, gestão Joaquim Pedroso, a iluminação com lâmpadas especiais azuis, destacava o Castelo em toda cidade, sendo visto até em Artur Nogueira.

Desde 1951, o Castelo matinha suas estruturas pintadas de branco, acompanhando o mesmo projeto arquitetônico de outros reservatórios construídos na região, como Limeira, Campinas, Piracicaba e outras cidades.

Obra inaugurada pelo governador Lucas Nogueira Garcêz, na gestão municipal de João Guilherme da Paz Herrmann (Zé da América, alusão a sua esposa, a professora Dona América Herrmann), pai do celebre deputado e prefeito de Piracicaba, João Herrmann. 

Com a construção do novo reservatório de águas na Rua Monte Castelo, o Castelo foi totalmente desativado em 2009.

CURIOSIDADE
O Castelo foi um verdadeiro divisor de águas na história de Cosmópolis, sendo uma das primeiras cidades paulistas à receber os serviços de distribuição e tratamento de água.
Antes do Castelo, não existia serviços de distribuição de água, a maioria das casas cosmopolenses possuía poços nos fundos do quintal.

A água chegava nas cozinhas, banheiros e demais áreas da casa, através dos poços, obtida por baldes. Surgindo a palavra "bardeá", ainda muito usada entre os cosmopolenses, principalmente ao ir buscar e trazer alguma coisa.

"Vai bardeá as coisas do carro. Mas não bardeiá de uma veizada só, pode deixar que ajudo na bardeação".

Texto Adriano da Rocha
Foto Mauricio Pelissari

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