Memória comercial




Um personagem marcante nas vidas de inúmeras gerações da região, especialmente os moradores de Cosmópolis, seus fregueses cativos nas paradas, baldeações e visitas ao ‘Mercadão de Campinas’.

O estabelecimento foi referência comercial e histórica no Mercadão, integrado com a fundação do complexo comercial, notabilizado pela gastronomia típica paulista, comida popular e regional, com tempero único e familiar.
Em mais de 100 anos, o bar foi comandado pelo velho Pachola e suas gerações, assumindo os postos da gerencia o 'Pachola Filho' e outras 'Pacholas' das últimas gerações de comerciantes, até a venda do ponto e reestruturação do espaço.



Desde os primórdios do Mercadão nos anos 1900, o surgimento como ‘Armazém Central da Carril Agrícola Funilense’, o pequeno estabelecimento foi ponto de encontro de cosmopolenses, principalmente os moradores dos complexos coloniais da Fazenda Usina Ester.
O ponto de embarque e desembarque dos trens da velha Funilense, ‘Cia Sorocabana’, as icônicas jardineiras da Auto Viação Cosmópolis, ficava localizado nas imediações do Mercadão, funcionando até mesmo uma plataforma exclusiva para as locomotivas, a extinta estação Carlos Botelho, desativada nos anos 1910.
As paradas, baldeações e embarques marcavam o Mercadão como referência aos cosmopolenses e ‘vilas da Funilense’, sendo o Bar do Pachola o ponto de encontro preferido dos moradores.
Um estabelecimento simples, aos moldes dos antigos bares campineiros, oferecendo comida saborosa e popular, vendida ao preço justo, até mesmo disponibilizando o crédito ‘fiado’ aos trabalhadores da Usina Ester, possuindo cadernetas exclusivas para os pagamentos mensais.

Entre os destaques do cardápio, exposto na parede de entrada, escrito no giz em lousa preta, picadinho de carne, dobradinha, e o famoso pelo virado paulista do Pachola, caprichado na ‘mistura suculenta’ de carne bovina, torresmo e linguiça pura, e as ‘bolotas de bacalhau’, uma generosa iguaria do estabelecimento, ‘salgadinho’ típico das vilas campineiras.


