sexta-feira, 31 de maio de 2019

NOSSO PRESENTE PARA VOCÊ


Olá amigos, um convite especial para vocês,apaixonados por redes sociais e as publicações do Acervo Cosmopolense. O GrupoFilhos da Terra, celebrando os 12 anos do Acervo Cosmopolense na internet, promove a palestra "Master Class, o segredo das mídias sociais".
VOCÊ, estará conosco nesta terça-feira, dia 04 de junho, às 19h00, na Câmara Municipal ?!
Evento exclusivo e gratuito, com a fotojornalista Bruna Grassi, mestre em comunicação e jornalismo pela Universidade de Coimbra, em Portugal.
Destaque em palestras por todo o Brasil, sobre desempenho das mídias sociais e sua importância na vida profissional. Seus trabalhos são referência em exposições mundiais sobre fotojornalismo e fineart, sendo responsável por registros e direção de imagens, em consagrados espaços culturais de São Paulo.
Bruna Grassi é cosmopolense, com vários registros fotográficos premiados sobre Cosmópolis em renomados concursos internacionais.
A palestra faz parte de um conjunto de eventos organizados pelo Grupo Filhos da Terra, presidido por Rafael Pádua. O Grupo apartidário e cultural, foi fundado oficialmente em 2016, realizando deste então, projetos de resgate histórico, social e na preservação da memória cosmopolense.

INSCRIÇÕES GRATUITAS:

Local: Plenário da Câmara Municipal de Cosmópolis
Dia: 04/06 (Terça-feira)
Horário: 19h00
Endereço: Rua Getúlio Vargas, nº 500, Centro – Cosmópolis-SP
DOAÇÕES AO PROJETO ARCO ÍRIS
Contribuições voluntárias de produtos de limpeza, sabão em pó, amaciante e desinfetante

O evento será transmitido ao vivo pelas redes sociais do Grupo Filhos da Terra

Apoio:
RAFAEL PÁDUA Empreendimentos Imobiliários e Construções
“Construindo uma nova Cosmópolis, junto com VOCÊ”

sexta-feira, 24 de maio de 2019

“Hey humanos, BOM DIA!!” 🐈🌞

Amanheceu!!!
 Nasce o sol nos fundões do Uirapuru e Quilombo, clareando do norte ao sul de Cosmópolis, até os horizontes do Serra Velha.

quinta-feira, 23 de maio de 2019

TBT DO ACERVO, AINDA ONTEM EM COSMÓPOLIS...



 2009 / Há 10 anos de muitas saudades. Ainda ontem em Cosmópolis...
Tabajara e a muda, épica piada tabajarista de balcão.

Imagens Adriano da Rocha

AINDA ONTEM DO ZÉ...

MEMORIANDO 

#TBT do ZÉ/ 1993- Ainda ontem em Cosmópolis 
HÁ 26 anos na Avenida Ester...




  Quantas descrições, incontáveis histórias, podem ser feitas ao ver este registro fotográfico?! Em cada olhar, uma lembrança, cada geração definindo sua versão da palavra nostalgia.

A Avenida Ester, seguia o mesmo sentido viário da sua criação, lá pelos idos de 1900. Você descia à Avenida, assim falávamos, hoje, você sobe.

As árvores contrastam com suas sobras na foto, dispersas pelas calçadas. Lá no fundão da foto, as várias “figueiras bravas” da Praça do Coreto, que ainda tinha fonte, banheiros, higiene e tranquilidade.

Destacando na Avenida, o recém inaugurado, em 1992, "Calçadão da Avenida Ester", adorado e odiado na região.
Motoristas estacionando de “esgueio”, povão descansando nos bancos e falando da vida. Criando coragem para sair da Villa, subir os morros, e voltar para casa.

Não existia internet, celular, muito menos Whatsapp, telefone era fixo, só rico e comerciantes possuíam, tinha até, quem vivia de alugar linhas. Não existia televisão paga, Netflix, músicas só no disco de vinil e fita cassete.

E o mais importante, até existiam cadeados, mas ninguém preocupava-se em fecha-los, ou, encher os portões e janelas com trincos e tramelas. Ainda predominava o respeito, prevalecendo assim, a segurança por toda Cosmópolis.

Alarmes sonoros, destes para alertar polícia, só usava-se como sinal de escola e fabricas. E como tínhamos fabricas e indústrias em Cosmópolis.

Quando os sinais, sirenes das indústrias e tecelagens soavam, "gritavam" como dizia a colonada, as ruas cosmopolenses eram invadidas por trabalhadores. Horários de entrada e saída, e as pausas para almoço.

As ruas eram dominadas pelas mulheres, principalmente as funcionárias das tecelagens. Caracterizadas pelos jalecos rosas, e suas “Ceci” rosas, marcadas pela icônica cestinha na frente.

Homens, usavam barra forte, e a juventude de “guardinhas” suas monareta e caloizinhas.

Quem morava longe, levava a marmita embrulhada no pano, comendo lá mesmo, quem morava perto, saia com sua bicicleta para almoçar em casa.

O dinheiro era suado, trabalhava-se realmente e muito, mas com muita economia, a bicicleta era comprada. Na verdade, era um símbolo do trabalhador, sua marca por estar empregado.

Outras bicicletas também desciam e subiam a Avenida, algumas com camaras usadas de carro e até trator, outros com matulas, baldes velhos cheios de minhocas e cevas, e varas de pescar.

Eram os banhistas, aventureiros do calor, pirangueiros, pescadores, que faziam o trajeto de ida e volta, da Represa e Poção.

Na foto, o letreiro da “Sorveteria Nova”, referência deliciosa, com seus sorvetes sem iguais, misturas e aromas típicos do gosto cosmopolense. Iguarias que surgiram aqui, e transforam a sorveteria em uma rede.

Criações cosmopolenses, como sorvete de queijo, “guarapá”, anis trufado, suíço (limão com leite condensado), abóbora com coco, muitos sabores. Creme holandês e picolé napolitano, eram meus preferidos.

Iguarias cosmopolenses da Nova, vendidos em enormes taças de vidro, resquícios do “Toninho da Kibon”. Receitas elaboradas atendendo os pedidos da exigente clientela que “vinha para a Villa”.

No alto da parede a tabela de preços e opções, um enorme quadro daqueles pretos com letras e números amarelos removíveis.

Em destaque os americanizados “sundaes” e banana sprit, e os nossos típicos paulistas, ituzinho e ituzão no palito, sorvete na casquinha e cascão, sempre com muita calda.

Tinha as industriais da campineira Vanucci, sabores morango, leite moça, graviola, laranja, manga, groselha, mas, a minha preferida eram as de chocolate e caramelo, feita na hora.

A moleca cosmopolense tinha as suas predileções, a “vaca preta” (misturado com Coca Cola) e a “vaca amarela” (com Sprite, ou Pivatto limão).

Herança saborosa dos tiozões e tias dos anos 1960 e 1970, os sorvetes mais vendidos na Avenida Ester dos “Jardins do Coreto” e "Cine Theatro Avenida".

Só de lembrar dos Sorvetes da Nova, a boca saliva e assanha as “lombrigadas” . Melhor mudar o olhar na foto né!!

No lado direito, a "Screen Sete", popular e nostálgica "Esquina Sete".

Quantas lembranças de infância, desejos de brinquedos, badulaques, material escolar descolado, presentes para aquela namorada, ou, um agrado especial de dia das mães.

Do ladinho, Alemão Games, Flash Vídeo, Açougue Gaúcho, Libanori, Armarinhos Fernandes, Frezarin, Auto scola Medeiros, Sucão, e a histórica Banca do Alaor, marco na distribuição de revistas, jornais, gibis entre infindos produtos impressos.

Grande Alaor, principal responsável pela paixão na escrita de incontáveis gerações.

Quase na esquina, perto do Bar do Bunda Mole, antigo Bar Ideal, ainda resistia aos mais de 90 anos de história, as instalações da Padaria Santo Antônio. Nesta época, Padaria Estrela, comandada pelos irmão Marsoli, os mesmos da fantástica padaria da Monte Castelo.

Ainda tem no lado esquerdo, a loja de Ferragens do Cavagnini, Papelaria do Brandão, encostado com o lendário Bar e Lanchonete Ranchão, Vídeo Som, Sport Magossi, a gigantesca esquina da Roma Calçados... assunto para outras histórias.

Puxa, quantas lembranças minhas, outras muitas suas, com certeza. Tudo isso, em só um pedacinho da Avenida, imaginem nos outros quarteirões e ruas da região central.

Na viagem de memórias, através da foto, nesta Avenida Ester de 1993, parafraseio um trecho de um sucesso desta época.

Éramos felizes em Cosmópolis, sim, nós sabíamos. Hoje, só queremos ser felizes, nesta Cosmópolis que nascemos !!!


Texto Zé LINDO
Foto Bruno Petch

...

terça-feira, 21 de maio de 2019

CÉUS DA MINHA TERRA

PELOS OLHOS DOS MEUS FILHOS


 Há quem duvide, insistindo em outros pontos pelo mundo. Isso, por não conhecer o romper da aurora, o“deitar”, “adormecer”, “the sunset”, as despedidas do sol, em Cosmópolis.

Paulistamente afirmando, “repare bem, não é gaborsia de capiau”.

Quem conhece, quem já viu este “show diário no firmamento”, pode garantir: 
“Não existe pôr do sol mais fantástico, singular há cada dia, igual aos dos céus cosmopolenses”.

↪️ Registro feito nesta terça-feira (21), na SP-332, Rodovia professor Zeferino Vaz, na região da Fitesa.

Ah, o anoitecer e amanhecer , são surpreendentes também!!!
📸 Foto Conceição Tetzner
Texto Adriano da Rocha

segunda-feira, 20 de maio de 2019

NOITES FRIAS COSMOPOLENSES


 Fim da noite, despertar do frio nos últimos dias de maio. No relógio 5h30, sensação térmica de 12 graus. Registros desta segunda-feira (20), início da semana, já marcada pela chegada do frio em Cosmópolis.
Imagens da Praça do Rodrigo (Presidente Kennedy), entre as ruas Moacir do Amaral e Ataliba de Carvalho. Olhares em preto e branco, série de registros captados por Afonso Garcia.

OBRAS DE RESTAURAÇÃO DO TRENZINHO COMEÇARAM

PRESERVAÇÃO DA HISTÓRIA

Em destaque, marcas do incêndio criminoso que destruiu parte das ferragens e cabine do maquinista. O crime foi cometido em 2015 / Fotos Prefeitura de Cosmópolis 

 Depois de anos de total abandono, marcado por pichações, roubos de peças, incêndio criminoso, e até invasão por moradores de rua, o trenzinho será restaurado.

As obras de restauração e recuperação do patrimônio público, serão realizadas por iniciativa do grupo Ester Agroindustrial. Todo custo das obras de restauração, assim como a revitalização do espaço, serão totalmente custeados pela empresa, resultado de uma parceria com a Prefeitura.

Foto Prefeitura de Cosmópolis

Foto Prefeitura de Cosmópolis

A limpeza do trenzinho, recolhimento de lixo das engrenagens e higienização da máquina, tiveram início nesta segunda-feira (20). Foram recolhidos das engrenagens e cabine do maquinista, roupas velhas, restos de alimentos, e objetos utilizados para o uso de drogas.

A higienização e limpeza foi necessária devido aos resquícios de fezes humanas. O local estava sendo utilizado como banheiro e ponto para uso de drogas.

Para garantir a segurança das obras, evitando vandalismo e invasões, principalmente a preservação das etapas de restauro, o trenzinho será totalmente isolado. Uma parede feita com tapumes de madeira está sendo construída nos entornos da obra.

Os serviços de restauro, totalmente custeados pela Usina Ester, serão realizados por uma empresa cosmopolense, a Zanelato Engenharia. Nos cronogramas da restauração, realizada por etapas, a primeira será a recuperação de toda a parte metálica, parcialmente destruída por um incêndio criminoso.

Na sequência do projeto, está a restruturação do madeiramento das dormentes e trilhos, iluminação, pintura e adesivagem da locomotiva, seguindo o padrão de 1997, data da criação do espaço público.

1997 / Obras de construção da Praça dos Ferroviários. Em destaque instalação do trenzinho, recentemente doado pela Usina Ester ao patrimônio público cosmopolense / Foto Adriano da Rocha


Doado pela Usina Ester ao patrimônio público cosmopolense, a locomotiva foi fabricada na Inglaterra em 1890, sendo parte de um conjunto de oito máquinas iguais, construídas exclusivamente para a Carril Agrícola Funilense. A doação realizada em 1997, celebra os 100 anos da inauguração da estação de trens em Cosmópolis, recebendo o espaço, o nome de Praça dos Ferroviários.

Novembro de 2008./ Ainda preservado, com ferragens e engrenagens intactas / Foto Adriano da Rocha

A Praça, assim como os terrenos da Câmara Municipal, Companhia da Polícia Militar, Terminal Rodoviário e as praças Edmée Garcia e Paineira, foram doados pelo Estado ao município. Antigas terras pertencentes ao patrimônio da extinta Cia Sorocabana, então incorporada pela FEPASA (Ferrovias Paulistas S/A). Nesta região existiam as chaves e ramais de vias da Funilense, trilhos de acesso à Usina Ester e cidades da região, e as oficinais da Sorocabana, atual Rodoviária.

2001- última reforma realizada no Trenzinho canavieiro, projeto na época, pintou na cor padrão da Sorocabana, e revitalizou a Praça do Ferroviários / |Foto Adriano da Rocha

Símbolo turístico e cartão postal nos anos de 1990, a última reforma realizada no trenzinho aconteceu em 2001. A situação de abandono ao patrimônio histórico municipal e paulista, foram destaque em inúmeras matérias da imprensa regional. Destacando, as matérias especiais do jornal Correio Popular e EPTV Campinas, em parceria com o Acervo Cosmopolense.

CURIOSIDADE E HISTÓRIA 
1900 / Trenzinho canavieiro nos primeiros anos da sua chegada ao Brasil. No registro fotográfico, o trenzinho adentrando no complexo da Usina Ester, recém inaugurado em 1898./ Foto Adriano da Rocha

O nosso popular “trenzinho canavieiro” não é o único exposto em local público. As outras sete locomotivas, parte do conjunto de oito máquinas da Usina Ester, estão preservadas em vários espaços destinados à memorabilidade ferroviária.

A família Nogueira preservou trenzinhos canavieiros e outras locomotivas de maior porte, em propriedades da família como a Fazenda São Quirino, em Campinas, e casa Paulo Netto, em São Paulo. Outros trenzinhos canavieiros cosmopolenses, foram doados para o patrimônio do Estado de São Paulo, destacando a locomotiva exposta no Museu do Catavento, antigo Palácio das Indústrias, na capital.

Durante mais de 80 anos, os trenzinhos realizaram os serviços de carga e descarga de cana de açúcar nas terras da Fazenda Usina Ester e fornecedores. Desativados no fim dos anos 1970, as maquinas estão entre os maiores símbolos do progresso industrial paulista.

Marcos industriais e do surgimento de várias cidades, como Cosmópolis, Artur Nogueira, Holambra, Engenheiro Coelho, Conchal, Americana e Santa Barbara do Oeste. Cidades que “nasceram” nas margens da Carril Agrícola Funilense.

Construído seguindo um projeto idealizado pelos irmãos Major Arthur Nogueira Ferraz e José Paulino (um dos fundadores e presidentes da Cia Paulista), Barão Geraldo de Rezende, João Manuel de Almeida Barboza (dono da Fazenda Funil), fundadores da Funilense, outras máquinas foram adquiridas por distantes usinas pelo mundo.

Trenzinhos idênticos aos cosmopolenses, ainda proporcionam serviços à usinas em Cuba, Haiti, entre outros países e estados americanos como Havaí.


LOCALIZAÇÃO
O "trenzinho canavieiro" da  Carril Funilense  está  na Praça dos Ferroviários, localizada nas confluências da rua Getúlio Vargas, bairro da Sericultura. A referência é  a Câmara Municipal dos Vereadores, o trenzinho está em fronte ao acesso principal do plenário João Capatto,  próximo ao Terminal Rodoviário Prefeito José Garcia Rodrigues (Zé da Peggê). 

Texto Adriano da Rocha
Fotos Prefeitura de Cosmópolis e Acervo Adriano da Rocha

domingo, 12 de maio de 2019

AS SENHORAS DA VIDA E DESTINOS DE GERAÇÕES

“ As mãe das mães”
No passado, as responsáveis pelo surgimento de vidas e gerações cosmopolenses

Angélica Barbosa, a Nhá Gerca, parteira das regiões rurais do PInheirinho, Nova Campinas, Frades e regiões próximas. Iniciou seus atendimentos no fim dos anos 1930, realizando partos até o fim dos anos 1950
  Hoje, nomes de ruas e avenidas, no passado, referências de histórias familiares e vidas. Guilhermina Kowalesky (Mina), Angélica Barboza (Gerca), Maria Wölfes, Laura Miranda, Dora Tetzner, Clementina de Faveri, responsáveis pelo nascimento de incontáveis pessoas.

Nas suas mãos, os destinos de cosmopolenses, nogueirenses e paulinenses, interligados à estas mulheres, antes até, dos seus nascimentos. Gerações da região, tem a sua existência, graças as mãos voluntárias destas benditas parteiras.

Hospitais, maternidades e postos de saúde, apenas existiam em Campinas e Limeira. Os médicos, somente particulares, eram insuficientes para atender a gigantesca região dos distritos e vilas campineiras.

Eram as tradicionais parteiras as únicas opções de muitas famílias, realizando o acompanhando da gestação ao nascimento. Conselheiras, benzedeiras, caridosas com aqueles que nada tinham, realizando até sem custos, os trabalhos de partos.

Os esposos e filhos já estavam acostumados. Acordar nos mais improváveis horários, com porteiras batendo, barulhos de conduções e pessoas apeando, seguidos de impacientes chamados:
“Ajudai-me Dona Mina, socorrei-me Dona Laura!!!”. Gritava um aflito pai, acordando a casa inteira, desesperado clamando por ajuda.

Guilhermina Kowalesky, Dona Mina. Registro fotográfico do seu casamento, com Guilherme Kowalesky. Uma das mais famosas parteiras de Cosmópolis, responsável pelo nascimento de gerações. Iniciou seus trabalhos como parteira nos anos 1920, dedicando-se ao sagrado ofício até o fim da vida


Voluntárias da vida, intercediam como ferramentas divinas, trazendo ao mundo mais um vivente. Sempre dispostas, tinham tudo no jeito, para exercer o seu nobre e sagrado ofício.
Cada parteira tinha seus apetrechos próprios, heranças maternas de gerações, herdadas de quem lhes ensinou o ofício.

Em uma maleta, ou simplesmente um picuá (bolsa de pano), traziam tesouras afiadas, panos de algodão limpos, vidros de álcool para esterilização, linhas e agulhas, e até ervas e medicamentos produzidos por elas mesmas.

Eram balsamos, pomadas, chás calmantes, ervas para cicatrização, tudo cultivado em seus quintais, ou, recolhidos em locais específicos dos arredores das “villas”.

Quando a criança “custava” à nascer, não “descendo” nem com orações e preces, tinham as ervas e compressas, e os temidos “ferros”. Um utensílio dos primórdios da medicina, confeccionado forjado em ferro. Como uma grande espátula, utilizada para puxar o “rebento”, a criança do ventre da mãe.

Utilizado somente em casos de risco de morte, devido as inevitáveis sequelas que geravam em mãe e filho, principalmente no útero, tamanha a rudimentariedade do temido “ferro de parteira”.

Nas charretes, trolinhos, “carros de praça” (taxis da época, custeados pela família), saiam apressadas as caridosas parteiras pelas estradas. Uma corrida contra o tempo, uma corrida pela vida.

Laura Lange Miranda, Dona Laura. Personagem marcante na história regional, principalmente em Artur Nogueira onde residia. Seus atendimentos aconteciam em toda região, realizando partos em Cosmópolis, Limeira, e em Artur Nogueira nos seus inúmeros bairros rurais, hoje cidades como Engenheiro Coelho e Holambra. Parteira e benzedeira, uma verdadeira "doutora popular", extremamente procurada por todas as classes sociais. Aprendeu o oficio com mãe, conceitos e ensinamentos repassados de gerações de parteiras. No Cemitério Municipal de Artur Nogueira, no "Dia das Mães", sua sepultura está entre as mais visitadas da data. Personagem muito querida por gerações da região, foi até tema de Escola de Samba, no famoso carnaval Nogueirense

As mães parteiras, deixavam seus filhos em casa, para interceder às outras mães por seus filhos. Muitas parteiras, treinavam as filhas e netas, acompanhando como ajudantes nos trabalhos de partos.

Habilidosas, sabiam o exato momento da criança surgir ao mundo, descer o correto nome, como popularmente diziam.

Cada parteira, tinha nas suas mãos, os meios para acalmar as incessantes dores do parto, sabiam a posição certa para o nascimento, somente observando as contrações.

Das dores do parto, ao nascer da criança para o mundo, eram as parteiras, a mãe das mães, responsáveis por mostrar aos recém nascidos e progenitoras, a luz do mundo.

O preciso incisar do cordão umbilical, cortava somente a ligação alimentar, a união entre mãe e filho serão sempre eternas, assim como nossa eterna gratidão as nossas primeiras parteiras.

Maria Wölfes Stein, a Maria Parteira. Uma das primeiras parteiras dos núcleos germânicos de Cosmópolis, como Núcleo Campos Salles e Santo Antonio. Seus atendimentos começaram no início dos anos 1900


FELIZ DIA DAS MÃES 
"Ser mãe é sentir todo o poder do universo dentro do ventre e como um grande arquiteto ela molda, constrói e edifica o bem mais precioso, a vida!" (Luís Alves)

Nas fotos, as primeiras parteiras de Cosmópolis, Artur Nogueira e Paulínia. Pioneiras que durante décadas exerceram o sagrado ofício de parteiras, atendendo toda região da antiga Carril Funilense. Nossa homenagem, nossa eterna gratidão!!

Texto Adriano da Rocha
Fotos acervo familiares Lange Miranda, Barboza, Kowalesky e Stein

Matéria disponível impressa no jornal O Cromo, edição deste mês de maio. Distribuída gratuitamente em Cosmópolis e Paulínia

sábado, 11 de maio de 2019

''ATÉ LOGO DO ASTRO REI''

PELOS OLHOS DOS MEUS FILHOS



 Quando a tarde declina, entre as matas do Serra Velha, o onipotente sol despede-se nos horizontes. Neste “desencontro” do sol com a lua, a natureza contrasta neste esplendido “até logo” do astro Rei.




   Eis o fim do dia no histórico bairro Serra Velha, ponto mais de Cosmópolis, e marco territorial com Limeira. A natureza contrasta em terras cosmopolenses, entres as nuances do céu, na despedida do sol nos horizontes do Morro Azul, em Limeira.

Até logo do Rei Sol, entrega do reino celestial a rainha da noite, a Majestade Lua.

Foto Conceição Tetzner 
Texto Adriano da Rocha

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