segunda-feira, 28 de setembro de 2020

OLHA A NOITE 🌕✨

Entre as luzes da Praça e Paróquia Santa Gertrudes, com suas portas abertas em noite de missa, a lua contrasta com seu brilho nos céus. Foto enviada por Rubiane Alves, registrado nos passeios pelo histórico Largo da Matriz.


Foto Rubiane Neves
Texto Adriano da Rocha

quinta-feira, 24 de setembro de 2020

AINDA ONTEM...

MEMÓRIA 

#TBT- há exatos 98 anos em Engenheiro Coelho 

Quem você reconhece na foto?



01/05/1922 - Grande “pic-nic” realizado em Engenheiro Coelho, destacando a participação da famosa "Corporação Musical da Usina Esther".  

Convescote e piquenique, como é falado na França e regiões germânicas, ou picnic, na sua origem inglesa, eram tradicionais no passado cosmopolense. Desde os tempos da Fazenda do Funil, aos primórdios das colonizações campineiras, nossas belezas ambientais eram rotas de piqueniques familiares. 

Passeios entre as matas e os frondosos rios cosmopolenses, registrados para a posteridade em livros de histórias regionais  e diários. Preciosidades raras como o “Diário de Paulo de Almeida Nogueira”, um dos fundadores da Usina Ester, e a enciclopédia “História de Campinas”, escrito pelo historiador  Jolumá Brito, nos anos 1950. 

Muitos destes “piqueniques cosmopolenses”, eram organizados pela diretoria da Usina Ester e “Cia Sorocabana ”, sempre realizados em recantos ambientais, como a Gruta Carrapicho, Saltinho e matas da região. 

Olhar na foto !!

Em 1922,  a região escolhida  pelo grupo em destaque, foram as matas do então bairro de Engenheiro Coelho, pertencente à "Villa de Arthur Nogueira".  

Antigas terras da família  Ferraz, ancestrais dos Nogueira Ferraz, Coronel José Paulino e Major Arthur Nogueira, e o capitalista e político Manuel Ferraz de Campos Salles, presidente e governador de São Paulo. 

Neste registro em Engenheiro Coelho,  estão reunidos moradores das  "Villas" de Cosmópolis e Artur Nogueira, então um mesmo distrito,  pertencente em partes para Campinas e Mogi Mirim. A viagem até o destino, conhecido Guaiquica,  foi realizada pelos trens da Sorocaba, antiga ramal da Carril Agrícola Funilense. 

 Os   "pic-nic " , com escritos na foto, muitas vezes  eram confraternizações das famílias dos trabalhadores,  marcados por grandes banquetes comunitários,  onde cada grupo trazia um prato e bebidas. Inspirados nos piqueniques realizados pela nobreza no passado, recriados ao gosto e condições populares. 

Os eventos ao ar livre, marca dos piqueniques, eram  animados com músicas ao vivo, participação de músicos ou bandas (as várias corporações musicais cosmopolenses), concursos de danças e melhores pratos, e os  momentos religiosos, celebrados por representantes da comunidade. 

 O registro em destaque, foi perpetuado pelas lentes do  mestre Guilherme Hasse, entre os percursores da fotografia profissional em Cosmópolis,  realçado por suas demarcações diretamente na foto.

Texto Adriano da Rocha

Foto Guilherme Hasse / acervo Grupo Filhos da Terra

#acervo13anos #tbt #memória #engenheirocoelho #arturnogueira #usinaester #Cosmópolis #Acervocosmopolense

quarta-feira, 23 de setembro de 2020

MEMÓRIA ESPORTIVA ⚽️

Nossa semanal peleja de quarta-feira, em campo, a memória esportiva cosmopolense

1974 - Saltinho Futebol Clube

Em pé: Uge, Servílio, Toninho Viramundo,Atílio, Chico e Tidinho.
Agachados: Serginho, César Socó, João Pedro, Calvi e Darcio.
Escalados por Valber Kowalesky
Foto acervo Grupo Filhos da Terra

terça-feira, 22 de setembro de 2020

Bem-vinda primavera !!

 Um dos mais edificantes prenúncios da estação das flores em Cosmópolis. Última piúva rosa, ipê bolinha, da projetada Rua Ramos de Azevedo. 


Sua florada tem início nos últimos dias de agosto, intensificando na proximidade da primavera. Um dos termômetros paulistas de dias calorosos, estiagem e chuvas. Quando mais intensas as floradas das piúvas, cachos e cores, mais longos serão os dias de calor e estiagem. 

Símbolo de beleza e imponência, mas sobretudo, marco da resistência da natureza na região central. Há mais de 40 anos, suas intensas floradas contrastam na paisagem do movimentado cruzamento de ruas, antiga Estrada Campinas e Ramos de Azevedo. 

Testemunha do progresso comercial e urbano, como da ignorância ambiental municipal, entre os principais “responsáveis" pela extinção dos corredores de ipês das vias centrais, como outras espécies, sibipirunas, flamboyants, e alecrins de campinas (uma das árvores símbolos de Cosmópolis).

Foto Lana Freitas

Texto Adriano da Rocha

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#Acervo13anos #MuitoMaisCosmópolis  #Primavera #ipês #Piúvas #Cosmópolis #AcervoCosmopolense

segunda-feira, 21 de setembro de 2020

DIA DA ÁRVORE

CONSCIÊNCIA 

 A preocupação com o meio ambiente é tanta, os projetos para o meio ambiente  cosmopolense são tantos, que mesmo com esse “tantão” de pré-candidatos aos cargos de vereador e prefeito, “NENHUMA” árvore foi plantada pelos grupos políticos neste “Dia da Árvore”. 

Ipê rosa, piúva na linguagem paulista, localizado na Rua Ramos de Azevedo - Foto Lana Freitas

“É somente  uma data, as ações reais serão em 2021, os projetos serão realizados “quando assumirmos”, aguardem”. Podem até declarar alguns marqueteiros, “defensores pagos”, ou  candidatos em campanha.

São mais de 300 pré-candidatos aos 12 cargos de vereadores, outros milhares de filiados partidários, SE CADA UM plantasse uma árvore, “teríamos” um reflorestamento há cada eleição municipal.  

Mas, não existe UNIÃO política pela cidade, somente,   união pela campanha  política pelo poder da cidade. Um fato, incontestável. Infelizmente. 

Lembrando, como esquecer, o ano de 2020 está marcado pelas maiores queimadas da nossa história, nacional e municipal. 

Centenas de árvores foram destruídas pelos incêndios criminosos em Cosmópolis, matas foram ceifadas com o avanço das chamas. 

Nenhuma ação de reflorestamento, seja da atual administração, ou dos grupos que disputam o futuro administrativo municipal. 

Caminhada em área particular sem autorização,  muito menos fiscalização e acompanhamento ambiental, não é ação de preservação. É politicagem eleitoral, ainda mais em tempos de pandemia mundial. 

Os recentes incêndios criminosos em  pontos ambientais particulares, acionados por detritos de lixos deixados por “turistas”, é uma das razões do planejamento e autorização das caminhadas. 

Preservação é educação, preservação é consciência política sobre o nosso meio ambiente, o maior recurso natural de Cosmópolis. Singular na região, até mesmo no Estado. 

No presente, o político que  não tem  nenhum  comprometimento com o meio ambiente (nosso maior patrimônio cosmopolense), JAMAIS terá compromisso público e administrativo, “eleito” no futuro. 

P.E.N.S.E   N.I.S.S.O !!!

Texto Adriano da Rocha
Foto Lana Freitas

sexta-feira, 18 de setembro de 2020

Há exatos 88 anos em Cosmópolis...

GUERRA PAULISTA 

Domingo, dia 18 de setembro de 1932

 Cosmópolis despertava apavorada na madruga de 18 de setembro de 1932.  Os sinos do campanário da igreja Matriz de Santa Gertrudes redobravam descompassados, mas, não era o chamado para a tradicional missa de domingo.  

Impaciente e trêmulo, o chefe da estação subia a caixa d’água de abastecimento dos trens da Sorocabana, conhecida “caixa preta”, localizada na atual Cooperativa Agrícola. No alto do reservatório, onde estava hasteada a bandeira paulista, ele incansavelmente girava a manivela da sirene. 

 Estridentes sirenes repetiam o chamado na Usina Ester, instaladas na gigantesca chaminé da indústria, o som acordava apavoradas as famílias dos colonos. Outras sirenes vibravam na mansidão, sons que ecoavam entre os imensos mares de canaviais e cafezais da região, eram as Villas de Arthur Nogueira, José Paulino e Americana. O santificado dia de domingo ficava marcado por sangue e pânico. 

Somente eram acionadas as sirenes, instaladas em pontos estratégicos, para alerta de perigo iminente aos moradores. O estado de São Paulo estava em guerra pela nova Constituição, a cidade de Campinas acabava de ser bombardeada.

Aviões inimigos sobrevoam as áreas relacionadas como centrais das tropas paulistas. Cosmópolis abrigava uma das maiores centrais de comando e inteligência, instalada no Sobrado da Usina Ester. 

O casarão foi cedido pela família Nogueira ( entre os principais responsáveis pela Revolução), aos comandantes paulistas, assim como o complexo industrial da Usina Ester, utilizado até nas produções de munições. 

As esquadrilhas de aviões do ditador Getúlio Vargas sobrevoavam os céus cosmopolenses, como de outras vilas campineiras. Para mostrar o poder do Ditador, as máquinas de guerra faziam rasantes na pequena “Villa”. O barulho dos motores aterrorizava a população.  

Uma bomba de impacto, fabricada com destroços  e ferros, atingia uma plantação no bairro Santo Antônio, abrindo uma clareira na plantação de algodão. Comandados pelo major-aviador Eduardo Gomes, chefe das forças armadas getulistas, os aviões voltavam de Campinas. Depois de espalhar o pânico nas populações das vilas, temendo o incerto, ataque aéreo, ou a invasão por terra.  


Bombardeiro em Campinas 

A Estação Central da Paulista, onde saiam e chegavam as tropas Constitucionalistas, foi o alvo principal dos aviões, os impopulares e temidos vermelhinhos. Estrategicamente, granadas eram arremessadas e gigantescas bombas “caíam”  dos aviões vermelhos de Getúlio. Casas e comércios foram devastados, inúmeros feridos, morria uma criança de nove anos, fatalmente vitimada pelas bombas. 

Era o jovem Aldo Chioratto, da Cruzada Escoteira Pró Constituição, atingido por treze estilhaços das granadas lançadas dos aviões. A tragédia somente não foi maior, centenas residiam na região central, porque os soldados paulistas revidaram bravamente, atirando contra os aviões. 

Das torres da Estação, os soldados disparavam as poucas munições que possuíam. Era noite, a escuridão dos céus camuflavam os aviões, os soldados paulistas “mirravam” seguindo os sons dos motores. Depois da operação feita, bombardeado o alvo campineiro, os aviões voavam  rumo à Minas Gerais. Em seu caminho, até a base getulista mineira, os barulhos dos motores traziam o pânico  nos céus das cidades que voavam.

Texto  Adriano da Rocha

Foto: Destaque do famoso mapa criado pelo mestre José Wasth Rodrigues, na foto a importância estratégica da cidade de Campinas e sua região na Revolução Constitucionalista de 1932.

#Acervo13anos #muitomaiscosmópolis #memóriade1932 #orgulhopaulista #cosmópolis #AcervoCosmopolense

quinta-feira, 17 de setembro de 2020

105 ANOS DA IGREJA MATRIZ DE SANTA GERTRUDES

MEMÓRIA



   Marco histórico e religioso, estrema central de regiões, ponto de localização e cartão postal. Referências da Igreja Matriz de Santa Gertrudes, uma das mais importantes identidades urbanas de Cosmópolis. Oficialmente inaugurada em 17 de setembro de 1915, completa seus 105 anos de fundação, divididos em fases da sua história. No caso do templo religioso, em marcantes fases históricas, disjuntos com a construção e desconstrução da “Matriz velha”, e a reconstrução e construção da “nova Matriz”, atual Paróquia de Santa Gertrudes. 

Viajemos no tempo juntos,  através destes 105 anos de histórias, recordando e redescobrindo nosso passado, ao som da pianista Elizabeth Strazzacappa Rech, excepcional musicista cosmopolense (com muito orgulho). 

Obra musical que relembra a história musical da família de Elizabeth, destacando Mariana Rangel e Maria Aparecida de Toledo Strazzacappa, professora Mariazinha, entre as primeiras musicistas de Cosmópolis, sobretudo do secular coral de Santa Gertrudes. 
Seja católico, evangélico, religioso ou não, a Igreja Matriz é marcante nas histórias de incontáveis gerações. Sempre memorável, nossa saudação aos cosmopolenses nesta data, orgulhosos da sua história.

MATRIZ VELHA 
 17 de setembro de 1915, uma sexta-feira na Villa de Cosmópolis, há exatos 105 anos, após mais de uma década de obras, oficialmente era inaugurada a Igreja Matriz de Santa Gertrudes.
A primeira edificação, popular “Matriz velha”, foi uma homenagem a matriarca da família Nogueira Ferraz, proprietários da Usina Ester, Gertrudes Eufrosina Nogueira Ferraz, Dona Tudinha. Toda construída com materiais nobres e projetados, telhas importadas da França, cimento da Inglaterra, madeiramento em pinho de riga europeu, ornamentos em madeira, cimento e vitrais, criados no “Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo”.

Obra encomendada pelos irmãos Nogueira Ferraz, projetado pelo renomado arquiteto Ramos de Azevedo, com a supervisão das construções do engenheiro Dumont Villares, sobrinho do inventor Santos Dumont. O projeto ressaltava traços de dois grandes templos campineiros, a Igreja de São Benedito (um dos primeiros projetos de Ramos na cidade), e a Basílica Nossa Senhora do Carmo (primeira igreja católica de Campinas). Exigências do Major Arthur Nogueira, simbolizando as raízes religiosas com a cidade, marcos históricos, notabilizando Cosmópolis como a “Nova Campinas”. 

A edificação do templo, iniciada em 1900, era construída em conjunto com outras obras da família Nogueira, como o complexo industrial da Usina Ester, Palacete Irmãos Nogueira (Sobrado), e o armazém central da Carril Agrícola Funilense, futuro Mercadão de Campinas. Todas as obras foram  projetadas pelo “Escritório de Arquitetura e Engenharia Ramos de Azevedo”, familiar e grande amigo dos Nogueira Ferraz.

CICLONE E TEMPESTADES
As obras da Matriz foram interrompidas e reiniciadas muitas vezes, devido as sucessivas intempéries climáticas. Históricas tempestades relatadas em diversas publicações da época, noticiadas como aterrorizantes e devastadoras, assim como um ciclone que destruiu parte da “Villa de Cosmópolis” e complexo industrial e colonial da Usina Ester. Na passagem do ciclone, em 1908, a força dos ventos derrubou as paredes do templo, destruindo o madeiramento e telhados. 

INAUGURAÇÃO E DEMOLIÇÃO
Na inauguração oficial, noticiada em jornais como o “Correio Paulistano” e “Estado de São Paulo”, compareceram importantes nomes da política, industriais, fazendeiros e grandes capitalistas. 
Compareciam na missa de inauguração e consagração do templo, celebrada pelo Monsenhor Joaquim Mamede da Silva Leite, o então  prefeito de Campinas, prefeito Heitor Teixeira Penteado, engenheiro Dumont Villares e familiares como as irmãs de Santos Dumont,  o jornalista Júlio de Mesquita, fundador do jornal Estado de São Paulo, Senador Francisco Glicério, Coronel Silva Telles, Delegado chefe Antônio Carlos Nogueira,  representando os presidentes Campos Salles e Prudentes de Moraes, primos dos fundadores da Usina Ester, as famílias  Ferraz  de Campos Salles e Moraes Barros, entre a numerosa família Nogueira e populares da “Villa de Cosmópolis”.

O Coronel José Paulino Nogueira Ferraz estava gravemente debilitado, recuperando-se das várias sequelas causadas pela febre amarela, contraída duas vezes nas grandes epidemias que dizimaram Campinas e região. Representando o Coronel José Paulino, estavam sua filha Esther Nogueira e irmãos, o esposo Paulo de Almeida Nogueira e filhos.  Meses depois da inauguração, José Paulino falecia em São Paulo. 

A primeira Matriz de Santa Gertrudes iniciou seu processo de demolição em 1956, sendo construída a nova Matriz sobre as bases da velha igreja.
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Texto Adriano da Rocha 
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segunda-feira, 14 de setembro de 2020

BOM DIA COSMÓPOLIS

 CARTÃO POSTAL

105 anos de fundação oficial e muitas histórias
Foto Lana Freitas - setembro / 2020

  Nesta semana, dia 17 de setembro, a Paróquia de Santa Gertrudes completa 105 anos da sua fundação oficial. História iniciada em 1900, com as obras da primeira Igreja Matriz (igreja velha), encomendas pelos irmãos Nogueira Ferraz,  proprietários da Usina Ester, em homenagem a matriarca Gertrudes Eufrosina Nogueira Ferraz, a dona Tudinha.

As construções foram interrompidas  em diversas períodos, devido as constantes  tempestades, muitas devastadoras, e até mesmo um ciclone, o qual destruiu parcialmente o templo e a “Villa de Cosmópolis”.

Após as catástrofes climáticas, as obras somente foram totalmente reiniciadas em 1908, sendo oficialmente entregues em 15 de setembro de 1915. Projeto do famoso arquiteto Ramos de Azevedo, supervisionadas pelo sobrinho de Santos Dumont, o engenheiro Dumont Villares. 

Foto Conceição Tetzner

Em futura postagem, a história deste marco religioso e histórico de Cosmópolis. Aguardem!!


Fotos Lana Freitas / Conceição Tetzner

Texto Adriano da Rocha

#acervo13anos #muitomaisCosmópolis #santagertrudes #matriz105anos #cosmópolis #acervocosmopolense

sexta-feira, 11 de setembro de 2020

CONVENÇÕES PARTIDÁRIAS COSMOPOLENSES

 POLÍTICA

  27/08/1974 –Há exatos 46 anos - Convenção do MDB (Movimento Democrático Brasileiro) para as escolhas dos representantes do partido na disputa pela prefeitura de Cosmópolis. Em destaque depositando seu voto, o então prefeito Orlando Kiosia, popular "Russinho".

  
  Um detalhe importante, representantes do governo militar acompanhavam todas as convenções, autoridades instituídas federalmente, como “delegados de polícia” e juízes das comarcas regionais. As autoridades militares asseguravam aos filiados a livre escolha dos candidatos, impedindo as coações de votos e fraudes nas urnas. Nesta convenção, dentre as autoridades militares, estava o Monsenhor João Batista Maria Rigotti, figura presente em todas as reuniões públicas cosmopolenses. 

Na época, os sacerdotes católicos estavam entre as principais autoridades federais, sobretudo municipal, exercendo funções como conselheiro em todos os setores da cidade.

Desde os primórdios republicanos, somente são oficializados os nomes dos candidatos aos cargos de prefeito e vice-prefeito, após as convenções. Os filiados são os responsáveis pela escolhas, votando favorável ou contra determinados nomes. Eram os filiados dos partidos, na época,  quem realmente decidiam os nomes dos candidatos.

As convenções eram acirradas e decisivas para os candidatos, constituindo-se nas primeiras eleições enfrentadas pelos possíveis prefeitáveis dos partidos, na conquista interna dos votos dos correligionários.

CANDIDATOS ESCOLHIDOS 

Três chapas concorriam pelo MDB as eleições municipais, escolhendo seis candidatos, prefeito e vice-prefeito. Na época, o partido era considerado como esquerda constituída pelo Regime Militar, com ideais vanguardistas e populares.

Representando o MDB, os votos dos filiados  escolhiam os seguintes nomes para disputarem as eleições municipais:

Chapa 1: Oswaldo Heitor Nallin e Oscar Gallani / Chapa 2: José Honorato Fozzati e Albino Menon / Chapa 3: Ubirajara Bomtempo e Arlindo Bertazzo.

Até 1980, ficou estabelecido o sistema de bipartidarismo, existindo somente dois partidos, o MDB e ARENA (Aliança Renovadora Nacional).

A convenção do Arena constituía outras três chapadas, instituindo os seguintes candidatos: Chapa 1: Orlando Perucci e Alcides Ostanello / Chapa 2: Hermes Kiehl e João Fernandes / Chapa 3: José Pedroso da Silva e João Olavo Leite. 

O Arena era um partido de extrema direita, conservador e principal base do governo militar.


ELEIÇÕES ACIRRADAS E DECISIVAS 

Em 15 de novembro de 1976, as eleições municipais elegiam pela maioria dos votos os candidatos Oswaldo Heitor Nallin e Oscar Gallani.

Considerada uma das mais acirradas eleições de Cosmópolis, marcada pela campanha de reeleição do ex-prefeito Orlando Perucci, o Tirolês, como de conhecidas figuras da política municipal.


VEREADORES COM SALÁRIOS 

Nesta legislação (1976/ 1983), até o ano de 1988 (marcado pela redemocratização e fim do Regime Militar), a câmara municipal possuía 11 cargos de vereança. Antes sem salários e auxílios municipais, os cargos de vereadores começavam a receber remuneração, após lei federal decretada em 1976.

Em 1988, a “redemocratização brasileira’, estabelecida com as “Diretas Já”, aumentava para 15 cargos de vereadores na Câmara Municipal de Cosmópolis.

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Texto Adriano da Rocha

Foto Acervo Grupo Filhos da Terra

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quarta-feira, 9 de setembro de 2020

Memória Esportiva ⚽️


Nos gramados cosmopolenses, uma das seleções  dos canaviais. Eis a locomotiva da bola, a Funilense 🏆🚂⚽️

1979 - União Esportiva Funilense  - Usina Ester. 


Escalação dos craques, em pé: Prof. Brecha ( preparador físico), Valber, Ary, Jorge, Marinho, Rui, Odailson, Bill, Edinho, Costa Lino ( Diretor),   Roberto Alves ( Tesoureiro), Wanderlei Pereira( presidente) e Daniel Ignácio ( treinador). Agachados: Marcão, Bertinho, Maurinho, Nei Guisani, João Luiz, Tito, Carlão e Moisés. 

Escaldados por Valber Kowalesky 

Foto acervo Grupo Filhos da Terra

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